Translate

quarta-feira, 16 de maio de 2012

NÃO SE FAZ MAIS FAMÍLIAS CRISTÃS COMO ANTIGAMENTE

Tomei emprestado o velho e batido jargão e dei uma adaptada para chamar a atenção dos leitores a uma realidade cada vez mais assustadora (pelo menos pra mim!): A famílias cristãs estão gradualmente suscetíveis a assimilar dinâmicas, comportamentos, hábitos e costumes nada cristãos e até mesmo antibíblicos, diferentes daqueles modelos que herdados ou verificados em nossos antepassados.

Por favor, não se trata de querer impor regras ou modelos estereotipados mais ou menos no estilo “Amish”, ou dos “menonitas conservadores” ou dos crentes da “Igreja Deus é amor”, etc. Trata-se de abrir uma discussão em relação aos padrões demasiadamente tolerantes ou coniventes com aquilo que convencionamos chamar de “mundanismo” – padrões estes que vão se acomodando em nossos lares sem que ofereçamos maiores resistências.
O que me causa certa preocupação é que como consequência disto, já estamos verificando um quadro onde há desdobramentos compatíveis com lares onde a impiedade e a iniquidade imperam: lares quebrados, relacionamentos frios, presença de vícios, agressões e outras mazelas.

Culto doméstico, momento devocional, leitura bíblica em família e outras ações comuns outrora nas casas de cristãos confessos hoje em dia é coisa rara. Todas estas práticas perderam lugar e força diante dos implacáveis e atraentes aparelhos eletro eletrônicos.

Novelas, filmes, games, sites de relacionamentos, chats e outras atrações hipermodernas parecem ter chegado causando a impressão de que quaisquer práticas de cunho espiritual são “obsoletas”, “chatas”, “enfadonhas” e “nada atraentes”, portanto, facilmente dispensáveis.

Como se não bastassem os concorrentes tecnológicos e suas ofertas, hoje em dia é comum famílias cristãs se deixarem dominar pela tendência crescente de não darem mais destaque ou prioridade à vida de comunhão e serviço na igreja, enquanto comunidade imprescindível para a sustentação e manutenção da fé. Neste ponto se estabelece uma relação com a lei de causa e efeito: quanto menos envolvimento com/na igreja, menos expressividade e influências cristãs em suas casas.

Por fim, muitas famílias cristãs já não acham a igreja um lugar essencial ou importante para o bom andamento de suas relações domésticas e bem estar geral da família. Para estas, o cuidado pastoral, a convivência e a permanente troca de experiências com irmãos de fé podem ser facilmente substituídos por passeios, shows, cinemas, estádios ou qualquer atração que os mantenham “felizes”, nem que seja por um momento, nem que seja superficialmente.

Todavia, para que um lar cristão seja satisfatoriamente pleno e feliz em todos os aspectos (especialmente no âmbito espiritual), não deve abrir mão dos encontros devocionais em casa; da primazia da Palavra de Deus norteando suas dinâmicas e decisões; das orações em conjunto; do envolvimento, da comunhão e do serviço numa igreja local saudável.

Que o Senhor restaure os caminhos e práticas antigos nas famílias cristãs de nossa geração!

- pr Aécio -

Nenhum comentário:

Postar um comentário