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quinta-feira, 4 de abril de 2013

NÃO DESCANSE OS JOEHOS, NÃO DEIXE OS OLHOS SECAREM...

ATÉ QUE OS MISSIONÁRIOS JOSÉ DILSON E ZENEIDE SEJAM SOLTOS

LEIA UM PEQUENO TRECHO DE EXTENSA MATÉRIA PUBLICADA NO DIA 01/04 NO SITE DA ORGANIZAÇÃO RIO DE PAZ E IMPRESSIONE-SE



Na prisão, José Dilson e Zeneide, em depoimento ao Rio de Paz, afirmam ter se deparado com condição desumana de encarceramento, na verdade, cenário típico de um presídio brasileiro. Celas superlotadas, ratos e baratas, calor, falta de ventilação, mau cheiro, roupas e bagagens penduradas em todas as paredes. “Quando cheguei na cela, olhei e disse para mim mesma, mas onde vou ficar aqui? Não há espaço para mim. Logo me apresentaram um lugarzinho onde pude estender meu pequeno colchão", declarou Zeneide.

José Dilson vive o mesmo drama: “Eu passo todos os dias, das 17h às 9h, numa cela de quarenta metros quadrados, que abriga média de 45 presos. Durmo de lado com o rosto colado no rosto do companheiro de cela. Quando a posição me cansa, viro para o lado do pé. Somos forçados a viver tão próximos fisicamente uns dos outros, que muitas vezes é impossível dormir. Outro dia, um teve diarreia. Ele se levantou e passou entre nós sujando de fezes o meu colchão”. Os ratos, afirma José Dilson, são um grande tormento: “Esta noite acordei com um rato morto debaixo do meu colchonete. Às vezes sinto eles andando nas minhas pernas, e com eles tenho que dividir a comida. Frutas, biscoitos e o que tenho que guardar para os momentos entre as refeições. Eu me alimento do que eles já roeram”.
 
Tudo isso ele diz se refletir na sua vida psicológica: “Não há um dia em que não chore. Já perdi uma obturação e quebrei dois dentes por passar a noite rangendo. Só consigo me recompor após orar”. A situação só não é mais grave por causa do esforço incansável da esposa, da dedicação dos médicos, da atuação da Embaixada Brasileira, do apoio de agencias missionárias através dos seus representantes e da incrível resistência do brasileiro nascido na Bahia.

Por: Antonio C. Costa
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