Queridos irmãos,
Todo o esforço dos ministros no mês da família (Maio) terá
sido em vão se os membros - me refiro principalmente os adultos - não fizerem o
mínimo esforço para participarem dos cultos, encontros, palestras e outros
eventos. Maridos, esposas, avós, tios, crianças, jovens e adultos, etc., devem
se interessar e se engajar nesse propósito de ver famílias restauradas, sadias,
propositivas e vivendo em plena comunhão com Deus e entre si, com os parentes e
irmãos na fé.
Causa-me estranheza quando fazemos a pergunta "quem
deseja uma família abençoada?" e todos levantam as mãos ou gritam amém,
mas permanecem ocupados demais por um lado ou acomodados demais por outro, sem
a disposição de envidar o mínimo esforço para ouvir o que Deus está ministrando
através dos louvores, das mensagens pregadas e de outras manifestações do Espírito.
É intrigante quando vamos a uma reunião de oração dedicada à
família e encontramos "meia dúzia de gatos pingados", como diz o
velho e surrado chavão. É estranho que famílias inteiras se esforcem tanto para
o lazer, porém, na contrapartida, não apliquem o devido esforço conjunto em dedicar
tempo de joelhos com outros irmãos na fé.
É frustrante ver uma exposição exagerada e extravagante de
fotos nas mídias ou redes sociais "cheias de felicidade" que muitas
vezes não retratam nem explicam o que de fato acontece entre as paredes de um
lar, inclusive na intimidade. Ainda nesse ponto, é nítido e perceptível a apatia
e demais deficiências nas relações cotidianas de muitas famílias que querem “vender
um peixe” que não é seu, que mostram imagens que não lhes retratam fielmente – isso
pode sinalizar que muita gente transita entre duas famílias e nem percebeu
ainda: uma real e outra virtual, na qual a única realizada ou a mais feliz é a
segunda.
É lamentável que se priorizem banalidades, frivolidades ou
futilidades envoltas naquele discurso bonito de se ouvir tipo "preciso gastar
tempo com a família", enquanto a espiritualidade dessa mesma família se
esvai. Oras, que discurso mais confuso é esse de "gastar tempo com a
família", que deixa a impressão de que igreja é estorvo e não resposta; de
que igreja é impedimento e não bênção; de que igreja é perca de tempo e não
ganho espiritual? Etc.?
Na verdade, atualmente dedico a maior das minhas
preocupações com os mais jovens mesmo – isso não significa desprezo aos da velha
guarda. Mais especificamente ainda, preocupam-me as crianças, nossos filhos e
filhas que em grande parte dependem de referências espirituais confiáveis, de cristãos,
de crentes dignos de serem imitados. Então, os questionamentos que deveríamos
fazer a nós mesmos, adultos que representam o Evangelho nos lares, é esta: A
julgar pelo que eles veem, interpretam e imitam de nós (pais, mães ou
responsáveis) quanto ao desempenho da fé e sua relação com a igreja, com o culto,
com a Bíblia e com quaisquer correlatos, qual será o futuro da fé delas?
Um abraço.
- pr Aécio -
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