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quarta-feira, 6 de maio de 2015

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O MÊS DA FAMÍLIA



 
 Queridos irmãos,

Todo o esforço dos ministros no mês da família (Maio) terá sido em vão se os membros - me refiro principalmente os adultos - não fizerem o mínimo esforço para participarem dos cultos, encontros, palestras e outros eventos. Maridos, esposas, avós, tios, crianças, jovens e adultos, etc., devem se interessar e se engajar nesse propósito de ver famílias restauradas, sadias, propositivas e vivendo em plena comunhão com Deus e entre si, com os parentes e irmãos na fé.

Causa-me estranheza quando fazemos a pergunta "quem deseja uma família abençoada?" e todos levantam as mãos ou gritam amém, mas permanecem ocupados demais por um lado ou acomodados demais por outro, sem a disposição de envidar o mínimo esforço para ouvir o que Deus está ministrando através dos louvores, das mensagens pregadas e de outras manifestações do Espírito.
É intrigante quando vamos a uma reunião de oração dedicada à família e encontramos "meia dúzia de gatos pingados", como diz o velho e surrado chavão. É estranho que famílias inteiras se esforcem tanto para o lazer, porém, na contrapartida, não apliquem o devido esforço conjunto em dedicar tempo de joelhos com outros irmãos na fé.

É frustrante ver uma exposição exagerada e extravagante de fotos nas mídias ou redes sociais "cheias de felicidade" que muitas vezes não retratam nem explicam o que de fato acontece entre as paredes de um lar, inclusive na intimidade. Ainda nesse ponto, é nítido e perceptível a apatia e demais deficiências nas relações cotidianas de muitas famílias que querem “vender um peixe” que não é seu, que mostram imagens que não lhes retratam fielmente – isso pode sinalizar que muita gente transita entre duas famílias e nem percebeu ainda: uma real e outra virtual, na qual a única realizada ou a mais feliz é a segunda.

É lamentável que se priorizem banalidades, frivolidades ou futilidades envoltas naquele discurso bonito de se ouvir tipo "preciso gastar tempo com a família", enquanto a espiritualidade dessa mesma família se esvai. Oras, que discurso mais confuso é esse de "gastar tempo com a família", que deixa a impressão de que igreja é estorvo e não resposta; de que igreja é impedimento e não bênção; de que igreja é perca de tempo e não ganho espiritual? Etc.?

Na verdade, atualmente dedico a maior das minhas preocupações com os mais jovens mesmo – isso não significa desprezo aos da velha guarda. Mais especificamente ainda, preocupam-me as crianças, nossos filhos e filhas que em grande parte dependem de referências espirituais confiáveis, de cristãos, de crentes dignos de serem imitados. Então, os questionamentos que deveríamos fazer a nós mesmos, adultos que representam o Evangelho nos lares, é esta: A julgar pelo que eles veem, interpretam e imitam de nós (pais, mães ou responsáveis) quanto ao desempenho da fé e sua relação com a igreja, com o culto, com a Bíblia e com quaisquer correlatos, qual será o futuro da fé delas?

Um abraço.

- pr Aécio -

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