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segunda-feira, 31 de maio de 2010

A GENTE VÊ CADA COISA NA IGREJA...


Das coisas que menos gosto quando estou pregando ou ministrando em cultos, é a falta de respeito (pode-se entender numa linguagem mais religiosa “falta de reverência”, ou falta de educação também) das pessoas.
É muito difícil suportar passivamente desde aqueles que simplesmente deixam escapar pelas caras e bocas que estão ali como quem “amarrou o jegue” em lugar errado, até os que ficam passando de mão em mão os terríveis bilhetinhos ou, então, a distração medíocre mais nova: comunicação via SMS em pleno culto!
Lembro-me de várias pessoas que só faltavam me engolir com os olhos quando as pregações mexiam com seus pecados ou vaidades. Em especial, me recordo de uma mulher que certa vez disse que preguei toda a mensagem “nas costas dela”. Não tive dúvidas em responder que era muita prepotência da parte dela pensar que eu passaria várias horas preparando uma mensagem só para ela, além de ser estranho uma pessoa carregar um púlpito nas costas – nada mais burro!

Mas não são só aqueles que quase nos “engolem” com olhares de reprovação durante o período que estamos ministrando, ou os críticos que partem para o ataque pós-culto achando que estamos mandando indiretas (esta dedico para um ex-membro [e ex-tudo] que usou este argumento para me atacar recentemente) me incomodam. Há muitos outros comportamentos e atitudes que não só evidenciam a falta de respeito ao ambiente de culto, mas a falta de educação como já disse e de bom senso – alguns chegam a ser extremamente inconvenientes, perturbando o culto das pessoas que estão próximas a eles.
Há quem consiga negociar e marcar encontros em pleno culto! São freqüente os episódios em que o louvor está rolando solto e um irmãozinho cabeça-de-jaca ficar tentando se livrar do carro que está lhe dando dor de cabeça, dizendo para outro: “Ô irmão, compra meu carro! Só quero te abençoar com esta beleza que só perde pro carro de fogo de Elias, e faço em 12 vezes!”. É possível flagrar outro mané que nem finge ao ser visto digitando no celular “e aí, blz? vamu cume pizza dpois do culto” (usando a linguagem dos viciados em teclas).

Mas têm muitos outros que vão para os cultos no espírito do “tô num tô”. Exemplos:

• Os “mano” que vão atrás das “mina”;
• As “mina” que vão atrás dos “mano”;
• Os fofoqueiros que vão atualizar o repertório;
• Os dorminhocos que vão “sonhar com os anjos”;
• Os que só vão pra cumprir escala;
• Os quem não tem outro compromisso;
• Os críticos analistas de sermões; 
• Outros...

Sinceramente, todas as pessoas que procedem assim prestam um grande desserviço ao culto. Acho que nem deveriam estar ali. Seria bem melhor pra todo mundo (em especial para os ministros) que ficassem em suas casas, ou que fossem para outro lugar até que mudassem de atitude! - pr Aécio

sexta-feira, 28 de maio de 2010

CORAÇÃO DE PASTOR


O texto que lerá abaixo foi escrito há quatro anos. Entretanto, de lá pra cá as coisa não mudaram muito no que diz respeito à relação pastor-ovelha. Por este motivo achamos oportuno postá-lo para a apreciação e comentários de quem visita nosso blog. Boa leitura!
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Neste fim de semana estarei em Lídice, sul do Rio de Janeiro, na igreja que pastoreio interinamente. Terei um encontro com a liderança daquela igreja para avaliarmos o desempenho de nosso seminarista que vem trabalhando lá desde julho deste ano, e definiremos se haverá convite oficial para a sua ordenação ao ministério ou não.
Vejo-me pensando hoje sobre a relação pastor-ovelha. Tenho meditado bastante por este ângulo desde que resolvi pregar em João 10 e Lucas 15. A ovelha é um animal extremamente dependente de seu pastor, e sua sorte depende diretamente do caráter de seu dono. A ovelha é tão frágil que, por ela mesma, não consegue nem sequer beber água... por isso o Salmo 23 diz: “leva-me às águas tranqüilas”. Além disso, Philipp Keller, um escritor que trabalhou como pastor de ovelhas no Oriente, disse em seu excelente livro Nada me faltará: “durante os anos em que fui criador de ovelhas, talvez as lembranças mais pungentes estejam ligadas à ansiedade da contagem dos animais, associada ao trabalho de salvar e resgatar as ovelhas viradas”.

Eu desejo que o seminarista em Lídice tenha essa preocupação como futuro pastor! Contar e recontar ovelhas é tarefa árdua de um pastor que, de fato, preocupa-se com suas ovelhas, não as tendo apenas como número sem rosto em seu rol de membros, mas sobretudo enxergando-lhes a alma, em toda a sua fragilidade e dependência. Há de fato ovelhas que já não são mais ovelhas - costumo dizer que elas foram modificadas geneticamente, e agora são “lobelhas”. Isso me faz lembrar algo que li recentemente: lobos comendo ovelhas, aí até se compreende pelas leis da natureza, agora... ovelhas comendo ovelhas é monstruoso e contra a própria natureza!!!

O ministério pastoral hoje precisa ser revisitado como um serviço de alta responsabilidade. Quando olho para Lucas 15.4-7, percebo um homem que, possuindo cem ovelhas, logo ele delega a responsabilidade de cuidar dessas ovelhas a funcionários de sua confiança, que eu chamaria de sub pastores, e um deles simplesmente “perde uma delas...”. O texto fala de uma perda, uma perda irreparável não apenas para o sub pastor que estava cuidando dela, mas de toda uma comunidade que contabilizava ao fim do dia o seu rebanho e havia chegado à triste conclusão que faltava uma... Na lógica capitalista e utilitarista que impera (até mesmo em nossas igrejas) aquele homem poderia pensar “... ah... mas ainda temos 99... não vale a pena correr o risco de perder o que temos em busca da que já não temos...”.

Agora, encanta-me o retrato de um coração pastoral que não fica reduzido ao conforto da contemplação do número de ovelhas que já possui em seu rebanho, mas se expõe à sequidão e aos perigos do deserto para buscar a que está perdida... E a procura deveria ser de uma firme atenção porque, caso a ovelha tivesse tropeçado em algum buraco e se virado, ela permaneceria virada, imóvel, esperando ser retirada desse estado de morbidez anunciada, afinal de contas, uma ovelha jamais se vira sozinha... Os balidos daquela ovelha perdida já não estavam em um som inteligível. Cabia ao pastor ter sensibilidade à flor da pele... Não posso deixar de encerrar aqui uma sentença: triste é o pastor que já perdeu o coração de pastor!!!

É lamentável ter de concordar com o professor Lourenço Stelia Rega em um artigo intitulado “Crente porco espinho” que “no segmento cristão, parece que estamos caminhando para um grande vazio, ainda que com os bolsos repletos de tecnologia e sofisticações. Cada crente é estimulado a voltar-se para si mesmo e buscar a sua própria significação da vida. Caímos numa ausência de solidariedade, um vazio de perspectivas, um marasmo de conteúdos. Corremos atrás de uma vida eclesiástica ocupada, sem tempo para reflexão sobre o próprio sentido do cristianismo. Perdemos a percepção de como podemos ser úteis para a construção de um mundo habitável.”
Cabe a nós, os subpastores do Supremo Pastor Jesus, não nos deixarmos levar pelo “espírito de nosso tempo” que tem nos impulsionado ao isolamento, à indiferença e ao distanciamento uns dos outros. Sei que é difícil, mas o coração de pastor precisa continuar sendo o da acolhida, preocupação com os perdidos e amor incondicional, sobretudo àqueles que nos fazem mal. É aquilo que eu recebi de Deus esta semana a respeito de uma pessoa que insiste em me chatear: “não espere que ele venha reconhecendo seus erros, perdoa-o apenas”. É por aí... perdoar é estar disposto a doar-se novamente, mesmo sem um reconhecimento por parte do ofensor de seus próprios erros e estratagemas para o mal.

Que Deus injete em cada coração de pastor um coração ainda mais pastoral!

Maranata. Ora vem, Senhor Jesus!!!

POR EZEQUIAS AMANCIO MARINS
EM 27/10/2006

quarta-feira, 26 de maio de 2010

A FALÁCIA DAS MEGA IGREJAS – MAIS PIMENTA


Crentes no mundo todo abandonam as pequenas congregações em busca do “Eldorado”, fascinados cada vez mais com o cristianismo das grandes concentrações (leia-se amontoados de gentes) – tendência nefasta em nossos dias. Mal sabem eles que em mega congregações na maioria das vezes não desenvolverão suficientes comunhão ou amizades (me refiro a amizades reais, não eventuais); não serão devidamente discipulados (e disciplinados quando necessário); não terão um pastoreio de qualidade e muito menos a devida assistência para suas famílias – a única exceção recai sobre a possibilidade de haver um sistema de grupos efetivamente bem elaborado e executado por ministros vocacionados para o ministério pastoral, caso contrário, congregar em igrejas enormes é uma enorme falácia mesmo.

Sei que nas grandes igrejas estão as melhores e mais aparelhadas bandas; que é onde há melhor tratamento acústico; que é onde se encontram os pregadores mais bem preparados teologicamente (embora muitos não valham o que comem); que é lá onde há melhores acomodações, estacionamentos; etc. Mas, nada disto substitui ou compensa o aconchego dos pequenos rebanhos, onde todo mundo cuida de todo mundo e conhece todo mundo, etc.
Na vaidade de se sentir parte de um grande rebanho, muitos irmãos jamais terão a oportunidade de sequer conversar com aquele que pensam ser seu pastor, por exemplo – diga-se de passagem, é até um pouco estranho chamar alguém de “meu pastor” numa igreja de milhares, correndo o risco de nunca sequer receber a visita daquele sujeito em sua casa e que, possivelmente, não o terá por perto nos momentos de maior necessidade – pela lógica aquele nunca nem saberá o nome da esmagadora maioria dos membros, o que dirá de seus sofrimentos.
Aliás, muitos destes pastores de multidões se tornam até arrogantes. Alguns deles entram e saem das igrejas acessando “entradas secretas” que vão do púlpito ao gabinete e vice-versa. Quando muito, eles atendem os maiores dizimistas, os famosos, os empresários, os políticos e os puxa-sacos – é triste escrever ou ler isto, mas é a mais pura realidade. A inacessibilidade destes homens é terrível!

Quer um teste: Você que congrega em uma igreja de 1.000 membros ou mais e não se enquadra no rol das pessoas mais influentes da igreja, que é um ilustre desconhecido ligue na casa ou no celular do pastor titular neste exato momento e diga-lhe que deseja conversar com ele urgentemente, que necessita de oração, que precisa desabafar ou de aconselhamento. Algumas questões prováveis:

1. Você tem os números de seus telefones?
2. Ele o atenderá ou outra pessoa dirá para ligar depois, para encontrá-lo na igreja, etc.?
3. Será que ele dirá para você procurar alguém responsável “por esta área”?
4. Se ele atender, mesmo que já esteja há pelo menos um ano nesta igreja na condição de “não influente”, ele sequer conhecerá seu nome? Lembrará de seu rosto?
5. Ele o receberia em sua casa, para que você pudesse ter comunhão com sua família num almoço de final de semana?
Sei que isto pode provocar uma série de debates, mas a única coisa que quero mostrar aqui é este contra senso de se deixar levar pelo tamanho da igreja, sem levar em conta que as pessoas correrão o risco de não serem devidamente cuidadas, pastoreadas. Que, em matéria de cuidado pastoral e comunhão não existe nada melhor que as pequenas igrejas – salvo na hipótese dos pequenos grupos extremamente bem elaborados, como já disse antes (não aqueles dos modismos tipo gedozianos ou afins, que mais servem para causar divisões e confusões). Neste caso, duas coisas parecem redundantes e as quero reforcar: a primeira é que os pequenos ajuntamentos são os mais eficazes mesmo; a segunda é que pastoreio que se preza mesmo é o de pequenos rebanhos – o resto é fascinação; é falácia.

Há outros efeitos próprios das mega igrejas. Citaria a facilidade com que as pessoas podem manter-se na prática de pecados, tirando proveito do anonimato; ou o convite a manterem-se alheias à necessidade de testemunho de vida mais comprometido com a realidade do Evangelho, além de outros comportamentos do gênero. Afinal, são muitos rostos anônimos perdidos na multidão, sentindo-se satisfeitos tão somente em assistir cultos, onde buscam amenidades e bênçãos – “pastores” de milhares satisfeitos de um lado, “rebanho” na sua grande maioria supostamente bem cuidados, doutrinados e treinados de outro.
Quer um conselho? Procure uma pequena igreja, ou faça parte de um pequeno grupo devidamente bem assistido por alguma denominação séria (cuidado com movimentos estranhos) próximos de sua casa e inicie uma jornada cristã sem a afetação perigosa do modismo das multidões. – pr Aécio

terça-feira, 25 de maio de 2010

QUANDO DEUS TE REANIMA



Sabemos que a vida humana é marcada pela inconstância do coração. Há dias em que somos tomados pela esperança e outros marcados pela melancolia da alma. Há dias de encorajamento e dias de inquietante desmotivação. Há dias de paz e dias de angústia. Dias de alegria e dias de amargura. Dias bons e dias maus.
Perante esta inconstância da vida somos confrontados com um Deus totalmente constante, estável, firme e inabalável.
A Bíblia nos apresenta Deus como o sol do meio dia, as inabaláveis montanhas de Sião, o forte cedro do Líbano e as altas muralhas de Jerusalém. C.S. Lewis nos lembra que o Senhor não se abala, e esta é a certeza que temos de que seremos salvos.
Davi é um exemplo de inscontância humana como talvez nenhum outro personagem na Palavra. Foi guerreiro implacável e na força de Deus derrotou o gigante Filisteu. Por outro lado adulterou com Bate-Seba e traiu Urias, um de seus leais soldados. Reconstruiu Jerusalém que passou a ser chamada cidade de Davi. Mas também magoou seus filhos e foi um desastre como pai. Era temente ao Senhor e foi chamado homem segundo o coração de Deus. Entretanto, em sua família houve incesto, assassinato, mentiras e traição. Talvez um dos momentos de maior melancolia e desespero tenha acontecido quando, voltando de uma batalha, exausto, encontra Ziclague, sua cidade, saqueada e destruída. E todas as mulheres e crianças levadas cativas. Seus homens, amargurados, falam em apedreja-lo. E ali se encontra Davi, caído, sem consolo e esperança. Mas algo inesperado acontece, e este é o texto que tem sido usado por Deus muitas e muitas vezes para me reanimar: “E Davi se reanimou no Senhor seu Deus”.  Esta frase, encontrada no primeiro livro de Samuel, capítulo 30, verso 6, revela-nos uma das mais poderosas obras de Deus na vida de seus filhos. Levantar-nos quando tudo parece perdido. Abrir o caminho quando não sabemos para onde ir. Fazer romper o sol quando estamos presos na neblina da vida. Dar-nos perseverança quando a vontade é parar.
O que mais me intriga é que este reânimo veio absolutamente do Senhor pois não havia ali elementos de esperança. Caiu destruído, levantou reanimado.

Tenho pensado e orado para que Deus nos reanime especialmente em três áreas: casamento, ministério e emoções.
Casamento. O hedonismo é talvez o maior elemento da nossa atualidade que contribui para a inconstância conjugal. Ele nos ensina que nós nascemos para nós mesmos, não para Deus, não para o outro. Não para a esposa ou o marido. E se eu me torno o centro inquestionável de minha relação com minha esposa e marido, esta relação só durará enquanto eu estiver feliz.
Ministério. Perante as tribulações, angústias, questionamentos e críticas, o que nos alimenta, em nossos ministérios, não é nossa capacidade humana ou o companheirismo do que está ao lado, mas sim Deus. A maior certeza que um ministro tem em seu ministério é que ele precisa desesperadamente de Deus. Se esta certeza um dia faltar perderemos o rumo e o ânimo. Estaremos caídos sem haver quem nos levante. 
Emoções. A ansiedade humana é um dos aspectos mais corrosivos da alma. Conheço inúmeros irmãos e irmãs que, tomados pela ansiedade crônica, que não passa, pela insastifação constante do coração, tornaram-se secos, perderam a brandura, não gargalham. Vivem sempre a espera que amanhã seja melhor, menos triste. Que algo novo aconteça.
Se olharmos para Davi naquele dia, ele estava acabado. Sem família, sem cidade, sem liderança, sem futuro. Mas a reação de Davi, mesmo que forjada por Deus, indicou uma atitude necessária para cada um de nós: Obediência. Ele se levantou!
Davi se reanimou em Deus. Levantou-se e perseguiu os Amalequitas, com alguns de seus homens. Tomou de volta as mulheres e crianças, e o despojo. Reconstruiu a cidade e habitou nela. Recuperou o respeito de seus homens com o brilho de quem um dia iria reinar sobre toda Israel.
E serviu a Deus. Pois se levantou quando Deus disse: levanta-te. - Ronaldo Lidório

segunda-feira, 24 de maio de 2010

PARE DE SOFRER...


Muita gente recorre aos lugares onde se concentram multidões em busca de milagres, motivados por promessas estupidamente mal intencionadas, produtos de homens e mulheres que se engrandecem tirando proveito do sofrimento alheio.

A moda agora é esta: Grande concentrações – disputas entre as gigantes do ramos que aponta para uma nova tendência do mercado de “emprejas” brasileiras. Quem pode mais, amontoa mais (gente)! Na última concentração da IURD não só pessoas leigas se “concentraram”. Lá estavam “concentrados” o prefeito e sua comitiva (está aberta a temporada de caça aos votos, né?); artistas outrora decadentes “concentrando” suas novas investidas no segmento gospel e tal... “Güenta” concentrações daqui pra frente!

É impossível assistir isto e ficar quieto. É lastimável ver como as pessoas têm uma propensão a gostar deste tipo de movimento que mais provoca barulho que qualquer outra coisa.

A proposta “Pare de sofrer”, por exemplo, pode representar uma promessa vazia, que não diz nada com coisa nenhuma. É um jargão atraente com o intuito de ludibriar os desgraçados e miseráveis. É uma mera frase de efeito elaborada pelos marqueteiros de faixas e fachadas... É uma cola “pega-rato” que oferece o alimento, mas prende e escraviza na velha religiosidade fantasiada de nova onda.

Sim, seria muito bom se todas as pessoas que entrassem para estes lugares parassem realmente de sofrer de suas doenças e de tudo o mais que lhes causam dores. Mas elas também têm que parar de sofrer de outras coisas que são tão ou mais preocupantes que as doenças físicas ou quaisquer outros dilemas. Elaborei abaixo uma pequena lista de coisas que as pessoas precisam parar de sofrer:

1. Pare de sofrer de infantilismo espiritual – Cristãos imaturos são levados e arrastados por todo vento (e movimentos) de doutrina. Esta volúpia por eventos recheados de atrações é coisa de gente que não possui maturidade espiritual, meninos na fé – pessoas não regeneradas. Quem não cresce na fé vive brincando neste supostos eventos gospels promovidos para mera diversão e entretenimento.

2. Pare de sofrer de ignorância (às vezes burrice) espiritual – A Bíblia diz que o povo de Deus estava sendo destruído por falta de conhecimento (Os 4.6). Quem lê e examina as Escrituras jamais cairá nestas teias engendradas pelos mercenários auto-intitulados apóstolos, bispos, missionários, pastores, etc. Quem não estuda a Bíblia é tapado, analfabeto espiritual, incapaz de julgar entre verdade e mentira adequadamente.

3. Pare de sofrer de vícios espirituais – O efeito vicioso que os movimentos distorcidos, supostamente cristãos atuais provocam, é tão absurdo que até muitos cristãos honestos entram e outros continuam misturados neles! É como o fumante que diz “sei que faz mal, mas não consigo largar”. Muitos irmãos estão tão fascinados por atrações evangélicas do gênero, mesmo sabendo que muitas delas são prejudiciais para sua vida, mas não conseguem parar com a dependência de shows, baladas e eventos gospel que provocam um tremendo mal estar para as igrejas locais e seus respectivos pastores.

4. Pare de sofrer de engano – Correntes, campanhas, acessórios tipo “ponto de contato” em forma de objetos supostamente copiados da Bíblia são como “drogas” para a alma. Tendo uma vez acreditado que só será curado ou abençoado através de uma toalhinha suada, uma rosinha ou qualquer outra “inha” que os vendilhões apresentam como sendo úteis para alcançar a benção, ficará tremendamente difícil se libertar depois.

- pr Aécio -

AGENDA IBERO - 23/05/2010

SEMPRE ESPECIAL!
Assim é a agenda na Igreja Cristã Ibero-Americana. Aqui você encontra um variedade de atividades que fogem do "marketing de fachada" e do ativismo tão comuns em nossos dias!

sexta-feira, 21 de maio de 2010

OS DIAS DOS "CAFETÕES DA PROSPERIDADE" ESTÃO CONTADOS

Pesquei este vídeo do Youtube no Blog de meu amigo Valdemir (mandou bem brother!). Aos poucos os 7.000 profetas que não dobraram os joelhos à Baal vão surgindo... Uhuuuu! Yes! Yes! Yes! Quero ver se aparece alguns dos tais "cafetões da prosperidade" pra refutar isto aqui... VÃO TER QUE ENGOLIR esta e muitas outras, porque a hora da virada está chegando! Se aproxima a hora em que o povo de Deus vai bradar contra as falcatruas pregadas nas tribunas da falsidade; em que aqueles que são sinceros irão sair das pequenas "babilônias" supostamente evangélicas, espalhadas por todo o mundo.

Aumenta o som:

É HOJE... E EU VOU!


Quem mora na Grande São Paulo ainda consegue se programar para assistir a brilhante palestra do Dr Paulo Romeiro sobre Chico Xavier.
Para maiores informações entre no site da Igreja Cristã da Trindade ou clique no cartaz para ampliar e ver mais detalhes.
Considero um evento imperdível, principalmente para aqueles que ainda não se deram a oportunidade de ver "o outro lado da moeda", algo que possa oferecer uma maneira diferente de entender -  sob um olhar bíblico -  a vida e a obra deste homem que ainda influencia milhões de pessoas. No passado li alguns livros "psicografados" de Chico Xavier e os considerei sobremodo confusos, nebulosos e cheios de reticências.
Com a grande comoção provocada pelo filme e outras iniciativas da mídia ainda resta uma pergunta: Merece confiança o que Chico Xavier dizia, escrevia e "sentia"? - pr Aécio

quinta-feira, 20 de maio de 2010

¿POR QUÉ NO TE CALLAS?

Todo mundo lembra do carão que o rei da Espanha (Juan Carlos) deu no falastrão medieval (Hugo Chávez), presidente da Venezuela. Virou piada em tempo real e vexame mundial em manchetes de jornais; engrossou a má fama do fulano bolivariano; fomentou comentários já não muito simpáticos sobre sua pessoa nas mídias e até se transformou em toque para celular – tudo isto porque aquele sujeito não conteve sua bocarra.
No livro de Provérbio, na Bíblia, encontramos uma coletânea de versículos que chamam a atenção dos linguarudos, bocudos e falastrões sem noção. Gosto destes: “O que guarda a sua boca e a sua língua guarda a sua alma das angústias” (21.23).

Em Eclesiastes 3 diz que há tempo de falar e de ficar “de bico fechado” (v. 7).
Jesus disse que seremos julgados pelas palavras frívolas, fúteis que saírem de nossas boca: “Mas eu vos digo que de toda a palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no dia do juízo.” (12.36).
Pelo código penal brasileiro aqueles que falam demais, atacando outras pessoas comprometendo sua moral ou levantando falso testemunho, cometem crimes contra a honra e correm o risco de serem levadas aos tribunais por calúnia, difamação ou injúria.
Enfim, quem fala demais tem que assumir o risco de sofrer as conseqüências, resultantes de palavras muitas vezes grosseiras, inadequadas, de duplo sentido, oportunistas ou simplesmente desnecessárias.

Nós temos o hábito de denunciar e julgar os pecados mais gritantes, escandalosos e classificá-los como horrendos, nojentos, etc. Mas, será que o fofoqueiro é menos pecador que o adúltero? O caluniador é menos culpado que o ladrão? A gula é mais pecado do que a acusação infundada?
Muita gente pode até se defender dizendo que não fuma, não bebe, não mata e não trai, mas será que estes mesmos poderiam dizer não murmuro, não blasfemo, não amaldiçôo e não falo mal de ninguém?!

Tiago diz que das nossas bocas podem proceder bênçãos e maldições (3.10), então, daqui pra frente prestemos mais atenção no que falamos. Lembremo-nos da “bronca” do rei da Espanha sempre que der aquela coceirinha na língua: ¿Por qué no te callas? - pr Aécio

quarta-feira, 19 de maio de 2010

NEM SÓ DE PÃO... MAS DE CIRCO TAMBÉM

A Bíblia diz “que o homem não viverá só de pão, mas de tudo o que sai da boca do Senhor” (Dt 8.3). Jesus repetiu isso ao diabo ao ser tentado em Mateus 4.4 e, em muitas passagens, tanto no Antigo, como no Novo testamento, podemos verificar que a Palavra de Deus é suficiente para a garantia da vida vitoriosa em todos os aspectos, sem a necessidade de qualquer outro componente.
O Salmo 119, por exemplo – não por acaso o maior capítulo da Bíblia – faz uma celebração e a devida apologia no sentido de mostrar a grandeza e a suficiência da Palavra de Deus.
Reiteradas vezes Jesus publica a necessidade de crer, examinar e praticar as Escrituras.
Paulo, o apóstolo aos gentios não deixaria por menos. Em I Timóteo 3.16 ele também procura mostrar o que muitos pregadores (talvez movidos pelo diabo) tentam esconder em nossos dias: “Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça”.

Diz a história que foi no antigo Império Romano que, para driblar problemas de ordem social, o imperador mantinha as pessoas distraídas em espetáculos para depois lhes oferecer alimentos – nasce daí a famosa frase “política de pão e circo”.
Inevitavelmente tenho que comentar que muitas igrejas atuais querem viver assim, à base de “pão e circo”. Como se não bastasse esse “pão” não ser o genuíno Pão, que é a Palavra de Deus, oferecem inúmeras atrações que transformam essa geração de cristãos em pessoas ávidas por performances, espetáculos e shows que podem até transformar homens e mulheres em celebridades, mas não são suficientes para engrandecer o Reino.

Crentes e não crentes em todo o mundo estão sendo ludibriados por essa miserável estratégia de atrair multidões com pregações milimetricamente calculadas, elaboradas para persuadir multidões com técnicas de marketing, retóricas positivistas e promessas fundamentadas nas expectativas óbvias de todo ser humano de ter dinheiro, ser feliz e desfrutar de vida regalada.
Igrejas em todo mundo travestem-se de casas de espetáculos para atrair público. Grandes cultos do passado viram grandes shows para multidões, montados para exibir instrumentos e tecnologias de última geração, que deixam os antigos cabarés e casas de espetáculos no chinelo (desculpem a comparação, mas vou mantê-la). Tal fascínio me preocupa, pois milhares e milhares de pessoas que se deixam seduzir por esta onda crescente de exibicionismo e demonstração de grandeza, continuarão engodados, achando que podem alcançar o favor de Deus nos eventos e igrejas que vivem de pão e circo – o que é uma grande estupidez! - pr Aécio

TWITTANDO... 3


Toda a Internet oscila entre o lixo e o luxo; entre a estupidez absoluta e a cada vez mais rara inteligência. Garimpando bem a gente acha algumas coisas úteis e aproveitáveis. No Twitter, por exemplo, a gente vê tanta bobagem quanto nas demais redes sociais, mas se garimpar consegue algumas coisas legais:

CACP1 O CACP repudia a posição do programa “super pop” (da Luciana Gimenez) que defendeu a prática homossexual nessa terça-feira.flavioffilho


Flávio F Filho São Paulo, BR "Aprendi a procurar a felicidade limitando os desejos, em vez de tentar satisfazê-los" Stuart

 juliosevero Estudo da Universidade Fordham fornece ‘evidência empírica’ das iniciativas de mudança da orientação sexual: Estud... http://bit.ly/ak81J6

WalterNeto Estado da Paraíba Acabei de atualizar meu blog com o tema "NAMORO ENTRE BRASIL E IRÃ EXIGE CAUTELA" Confiram: http://walterneto2010.blogspot.com/

terça-feira, 18 de maio de 2010

DISCIPULADO: PRIORIDADE PARA O CRESCIMENTO DA IGREJA

Jesus estabeleceu para a Igreja algumas prioridades, que fluíram a partir do derramamento do Espírito (At. 2). Vemos que os primeiros cristãos consideraram a comunhão dos santos (At. 2.42,46), a adoração ao Senhor (At. 2.47a), a evangelização (At. 2.47b), a ação social (At. 2.44,45) e o discipulado dos recém convertidos (At. 2. 40,41) como prioridades de sua marcha terrestre.

Quero destacar a prioridade do discipulado como modelo para o crescimento da Igreja, cumprindo a determinação do Senhor: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as cousas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até a consumação do século. (Mt. 28.19-20).

Por discipulado entenda-se o processo em que o novo convertido recebe todas as instruções indispensáveis para sua formação e crescimento de sua fé, até que esteja apto a fazer outros discípulos, reproduzindo assim o modelo do caráter cristão descrito em 2 Tm. 2.2: “E o que de minha parte ouviste através de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a homens fiéis e também idôneos para instruir a outros.”

Vemos que o crescimento explosivo da Igreja no Século I se deu por meio do discipulado. Jesus formou o seu grupo de discípulos, inicialmente com os 12 (Mt. 10.1-4), depois com 70 (Lc. 10.1) e, finalmente, com mais de 500 discípulos (1 Co. 15.6). Logo após o Pentecostes, os discípulos começaram a multiplicar, ensinando e batizando aqueles que iam sendo salvos. Jesus optou pelo discipulado como meio de alcançar todas as nações (Mt. 28.19-20), pois este modelo de crescimento supera as barreiras temporais, isto é, funcionou no passado, funciona hoje e funcionará até o arrebatamento da Igreja.
Quando Jesus estava na Terra muitos quiseram segui-lo, mas não pagaram o preço do discipulado (Mt. 19.16-24). O chamado de Cristo inclui renúncia, abnegação e compromisso com o Mestre. Podemos ver a diferença entre os seguidores e os discípulos na “Primeira Multiplicação de Pães” (Jo. 6.5-13). Jesus fez o milagre, mas deu aos discípulos a incumbência de alimentar as multidões. Note que os seguidores vivem atrás dos sinais, mas são os discípulos quem operam sinais (Mc. 16.17-18). Um dia depois de saciar a multidão, o discurso de Cristo foi mais veemente, e, por conta disto, os seguidores deixaram-no, ficando com o Mestre apenas os verdadeiros discípulos (Jo. 6.60-68). O seguidor está apenas envolvido com Cristo, enquanto o discípulo está totalmente comprometido com Ele.

A Igreja atual deve investir maciçamente no discipulado, pois trata-se da formação do caráter de Cristo (Ef. 4.13) nas pessoas que aceitam a Jesus como Salvador, e também do melhor meio para que os crentes se tornem frutíferos na obra e sadios na fé. A falta de discipulado na Igreja produz crentes fracos espiritualmente e descomprometidos com a cruz de Cristo (Mt. 16.24). Sem falar no grande número de seitas e heresias que enganam diariamente muitos cristãos sinceros, que desconhecem as doutrinas cardeais da fé cristã (2 Pe 3.18). Além disso, a Igreja sem discipulado estagna seu crescimento e compromete o seu futuro, gerando com isso muitos desviados, que não permanecem servindo a Deus pela falta de estrutura de fé (Mt. 7.26,27).
Amado irmão, não se contente em apenas fazer com que o pecador aceite a Jesus como Salvador, ensine-o a identificar-se com Cristo, desde seus primeiros passos de caminhada de fé por meio de um método sério de discipulado. Você verá que quando este crente amadurecer, será um verdadeiro discípulo do Senhor, o Mestre por excelência.  -  por Sérgio Melfior


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O CURSO PARA DISCIPULADORES ACONTECERÁ NA IGREJA CRISTÃO IBERO-AMERICANA. INFORMAÇÕES PELOs E-MAILs: igiberoamericana@hotmail.com ou igiberoamericana@bol.com.br

segunda-feira, 17 de maio de 2010

COBATENDO O BOM COMBATE... CUSTE O QUE CUSTAR!



Nunca fui com a “cara” do evangelhosinho fajuta movido pela teologia da prosperidade – prosperidade esta que contempla em larga escala apenas os donos dos grandes currais evangélicos das mega “emprejas” e seus asseclas.
Jamais aprovei ou aprovarei campanhas, correntes ou os malditos penduricalhos inventados para ludibriar pessoas desesperadas por se livrarem de suas doenças ou demônios.
Não me permito ser comparado com aqueles que “nunções de nada”, mas que alegam possuir unções suficientes para mandar no céu e no inferno; aqueles que posam de pastores, missionários e apóstolos com a única intenção de serem servidos, ao invés de servirem como escravos de Deus. Muitos destes outrora foram honestos, humildes e sinceros, entretanto, se deixaram levar por esta onda de glamourização do ministério e da vida fácil que o enriquecimento em nome da fé proporciona.
Peço e digo a Deus em minhas orações para que Ele me guarde de ser motivo de escândalo ou tropeço para aqueles que n’Ele crêem; que se preciso for me leve para junto de Si, antes que minha alma se encha do orgulho ou da ambição que continuam arrastando um sem número de obreiros fraudulentos para o inferno.
Enoja-me a cara-de-pau com que os comerciantes da fé negociam a graça de Deus, chafurdam a Bíblia e dissimulam sob o falso manto de poder sobrenatural sem nenhuma compaixão ou constrangimento, sabendo eles mesmos que o que fazem é reprovável aos olhos de Deus – penso que já ultrapassaram todos os limites e que Ele os julgará sem demora na base de Mateus 7.22.

Discordo absolutamente em número, grau e gênero de qualquer pregação que não exalte o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê única e exclusivamente na cruz de Cristo – não precisa ser muito inteligente, basta prestar atenção e todos podem perceber que o que eles falam ou pregam orbitam em torno deles mesmos, de seus próprios impérios denominacionais e respectivas lideranças.
Igualmente, pregadores de certas denominações atuais se ocupam em promover teologias frívolas, poluídas (ou possuídas) pelo espírito do erro que impera nestes dias – quando muito Deus, Jesus ou o Espírito Santo estão nas placas, nos banners e nas fachadas de igrejas ou na entradas de eventos totalmente dispensáveis.
Rechaço as preleções que não chamem os pecadores ao arrependimento e à conversão; que não lhes mostre o grande perigo de serem condenados por seus vícios, idolatrias e prostituições. Os pregadores que ocupam púlpitos e tribunas sem denunciar a podridão que a natureza humana decaída pode produzir, presta um grande desserviço para o Reino e um grande favor para o inferno!
Desprezo os cantores, bandas, duplas, etc., que tenham se tornado meros vendedores de CDs e DVDs, os quais inundam as igrejas com suas músicas de cunho estritamente mercadológicas, louvores-mantras que causam catarses coletivas sem o mínimo poder de promover o quebrantamento do Espírito e a adoração, próprios de quem adora em espírito e em verdade – muitas destas "coisas" até podem tocar ou provocar emoções, adoração NÃO! Protesto veementemente contra tudo isto!
Combato e continuarei combatendo contra tudo e contra todos, que intentarem transformar a Graça de Deus em desgraça para si mesmos e para aqueles que possam vir a crer em suas mentiras ou cair em suas ciladas!
Tenho consciência de que não posso evitar, impedir ou corrigir todos os erros que corrompem a igreja contemporânea. Não quero e nem almejo reconhecimento, fama ou elogios, todavia, minha parte vou continuar fazendo... Vou combater o bom combate, custe o que custar! - pr Aécio

domingo, 16 de maio de 2010

AGENDA DA IBERO - DE 17 A 23/05/2010

Se você ainda não conhece a Ibero e mora na região de São Mateus (Zona Leste), veja nossa agenda e venha nos conhecer!
Nosso Endereço é: Rua Sol, 88 - Jd. Santa Bárbara


sexta-feira, 14 de maio de 2010

EM TEMPOS DE SODOMA E GOMORRA QUEM CHORA MAIS PODE MENOS!

CRISTÃOS, JURISTAS, E ONGS GAYS DIVERGEM SOBRE UNIÃO CIVIL GAY NA CÂMARA DOS DEPUTADOS

Um debate bastante polarizado dominou o clima da audiência pública sobre o Estatuto das Famílias na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) nesta quarta-feira. O Estatuto engloba diversos projetos de lei (PL 674/07 e 2285/07, entre outros) e, em alguns deles, existe a regulamentação da união entre pessoas do mesmo sexo e da adoção feita por esses casais.
Críticos e defensores da união civil de homossexuais colocaram seus argumentos diante do plenário lotado, onde evangélicos contrários à união de pessoas do mesmo sexo estavam em maioria.
Para tentar chegar a um acordo, o presidente da CCJ e relator do Estatuto das Famílias, deputado Eliseu Padilha (PMDB-RS), disse que diante de tantas diferenças e dúvidas, vai tentar encontrar um meio termo.

Para o presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais, Toni Reis, não se trata de casamento, mas sim de garantir direitos civis. “Envolve essa questão da herança, de planos de saúde, de adoção. Nós queremos nem menos nem mais, queremos direitos iguais. Nós não queremos é o casamento, nesse momento não é a nossa pretensão. O que nós queremos são os direitos civis”, diz Toni.

Toni Reis citou declarações das organizações das Nações Unidas (ONU) e dos Estados Americanos (OEA) para defender o direito ao reconhecimento da união civil e da adoção entre pessoas do mesmo sexo. Ele destacou que o Governo Lula também apoia a reivindicação e mencionou o programa Brasil sem Homofobia, coordenado pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República. “O Brasil é um Estado laico e queremos o que a Constituição preconiza, direitos civis”, argumentou.

O pastor da Assembleia de Deus Silas Malafaia afirmou que conceder os diretos civis é a porta para depois aprovarem o casamento. Ele defendeu que a família é o homem, a mulher e a prole, sendo que a própria Constituição defende esse desenho familiar. Malafaia trouxe o debate para o contexto político das eleições presidenciais.

“Eu ouvi os homossexuais fazerem aqui pronunciamentos dizendo que o presidente os indicou para a ONU, que o presidente os apoia totalmente, então nós evangélicos, que representamos 25% da população, temos que pensar muito bem em quem vamos votar para presidente da República”, avisou.
Malafaia questionou se outros comportamentos poderiam, futuramente, virar lei. “Então vamos liberar relações com cachorro, vamos liberar com cadáveres, isso também não é um comportamento?” O pastor foi muito aplaudido durante sua exposição.

Na mesma linha crítica, o pastor da Igreja Assembleia de Deus Abner Ferreira afirmou que o Estatuto das Famílias seria, na verdade, o Estatuto da Desconstrução da Família. Segundo ele, ao admitir a união de pessoas do mesmo sexo, a proposta pretende destruir o padrão da família natural, em vez de protegê-la. Ele disse que todas as outras formas de família são incompletas e que toda manobra contrária à família natural deve ser rejeitada.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

VALE A PENA LER DE NOVO

LIXO, LIXO E MAIS LIXO... (Mensagem postada em 31/03/2010)

As águas que trazem os últimos avivamentos e movimentos evangélicos em nosso país estão mais para águas de enxurrada, só vem lixo, lixo e mais lixo...

Quem tem acompanhado as mensagens que publico no Blog sabe que não poucas vezes reclamo e confronto as infâmias que se promovem em nome do Evangelho pelos pregadores das igrejas new wave. Pode ser que isto dê a entender aos leitores que não me conhecem que sou uma espécie de "do contra" ou rebelde sem causa, mas não é bem assim. Outro dia soube que alguns fofoqueiros desocupados disseram que gosto de falar mal de outras denominações, e que só a igreja que pastoreiro está certa... Bom, depois escrevo uma matéria exclusiva para fofoqueiros!

A questão é que considero simplesmente impossível ficar de braços cruzados e calado diante de tanta tranqueira que está sendo produzida, utilizando-se a Bíblia. Às vezes sinto-me como se estivesse numa encruzilhada entre a mídia que detona os crentes como se todos nós, evangélicos, fossêmos da mesma laia e o silêncio conivente das denominações sérias que deveriam dar um chá de "calaboca" neste homens e mulheres que estão podres de ricos às custas da fé alheia, construindo suas "pirâmides" - que chamam de catedrais e templos - magnifícas e engordando seus patrimônios pessoais e de seus familiares com jatinhos, helicópteros, fazendas e outros mimos.

Não, não pense que acho que pastores e demais líderes evangélicos devem ser pobres ou miseráveis. Mas também não sou idiota para me conformar com a ganância daqueles que enriqueceram ilicitamente com os dízimos, ofertas e contribuições que deveriam ser destinadas para finalidades mais dignas do Reino. Não posso e não devo me calar diante das empresas de fachada que se ergueram para lavar dinheiro suado de gente pobre. Escolhi ser o profeta odiado por não concordar com os burgueses que lavam o dinheiro da viúva pobre em paraísos fiscais. É mais difícil, mas é melhor ser odiado aqui do que estar na lista daqueles que serão lançados no fogo do inferno por praticar a iniqüidade (Mt 7.23).

"Digno é o obreiros de seu salário...", acredito nisto. Mas, indigno é o obreiro salafrário! A gente não pára de ver estes tipo de liderança surgindo e posando de representantes dos demais ministros evangélicos! Isto complica e confunde tudo... Socorro, não quero ser confundido com estes que estão surrupiando a dignidade do Evangelho e deturpando a fé genuína!
Não, também não pense que sou adepto da teoria de que não podemos usar os meios de comunicação em massa, com todos os seus requintes e recursos tecnológicos em prol da Causa, etc. O que acho é que eles (aqueles obreiros desprezíveis) estão chafurdando, brincando, tirando vantagens destes meios para se enriquecer e projetar igrejolas imperialistas, repletas de ensinos pervertidos que não vão ficar intactas nem uma década quando eles morrerem!

Vejam o lixo que as igrejas neopentecostais e correlatas (pode-se ler dissidentes também) produzem, por exemplo. Do ponto de vista das variedades dos patuás e talismãs evangélicos dá pra encher vários contâineres só de quinquilharia que vão da aparentemente inofensiva "rosa ungida", aos grandes cenários repletos de réplicas e artefatos judaizantes dos programas "iurdianos"! Bota contâineres nisto se for juntar todo o lixo das outras (igrejas) do mesmo ramo de comércio religioso... Iríamos precisar de um "aterro sanitário gospel" só para se livrar dos saquitéis abençoados; dos carnêzinhos espúrios; das trombetas ungidas; das réplicas do altar; dos cajados do poder; dos pulseiras milagrosas; dos lenços e das toalhinhas sujas de suor e de tantas outras patifarias não menos dejetas.

Ainda falando sobre o "calaboca", fico pasmo por duas posturas básicas em relação ao que se vê do lixo teológico e litúrgico que está sendo jogado na praça - Gente! Isto já está virando um problema de meio ambiente também! Uma delas é o silêncio, que podemos chamar também de omissão (ou medo de mexer com os coronéis neopentecostais) como já falei anteriormente, outra é a demagogia (leia-se puxa-saquismo)non sense de líderes de expressão das denominações históricas, que vão no rabo do cometa destes fanfarrões só para comerem um pouco das migalhas que eles vão deixando pelo caminho.

O trabalhão que vai dar para limpar a sujeira que os ditos "avivamentos" estão produzindo no Brasil (e no mundo atual) só vai ser possível se um batalhão de ministros (teólogos, pastores, missonários, professores, evangelistas e outros) realmente consagrados começarem a empunhar a Palavra da verdade e começar a faxina agora mesmo! Afinal, o povão precisa saber de uma vez por todas que quase tudo o que vem sendo ensinado em matéria de milagres, curas, etc., não passa de estratégia para ganhar seguidores de homens que ficarão cada vez mais ricos, famosos e poderosos. As pessoas precisam ver desmascarados os criadores dos ensinos insanos, embutidos em pregações supostamente baseados na Bíblia. Vamos parar com a hipocrisia do tipo "vamos orar pastor, porque a obra é de Deus e Ele vai tratar"... Já basta! Se eles são ungidos, todos nós o somos! Então, o que precisamos mesmo é desmentir suas pregações nos púlpitos onde ainda se encontram homens e mulheres tementes à Deus; onde a Bíblia é honrada. Precisamos das prateleiras das livrarias evangélicas cheias de publicações que refutem ponto a ponto os enganos escabrosos constantes nas falas dos auto intitulados "apóstolos", "bispos" e outros "gurus" gospel. Precisamos esclarecer para as multidões que o milagre, a cura e as benção são resultantes do clamor sincero e comum na vida de gente acostumada a caminhar com Deus em fidelidade à Sua Palavra. Precisamos mostrar que as grandes concentrações nas grandes catedrais em avenidas famosas podem até produzir mais barulho, mas que não têm mais ou maior poder que as reuniões de oração nas igrejinhas lá do bairro da periferia ou dos cultos nos lares com dois ou três irmãos reunidos em nome de Jesus! - pr Aécio

quarta-feira, 12 de maio de 2010

IGREJA S/A


Pensando nas igrejas de mercado, já imaginou se um dia tivéssemos ações nos pregões das bolsas de valores, correspondentes à crescente e rentável indústria da fé?
Criadas por mega empresários do segmento evangélico, as denominações modernas transformaram o Evangelho da graça em produto de mercado. O resto já tem tudo: negociantes ávidos pelos rendimentos advindos dos dízimos, ofertas e penduricalhos ungidos; herdeiros dos “negócios” (da fé) do papai que vão dar continuidade nas "emprejas"; marqueteiros “ungidos” vendedores de quinquilharias maxi-sacrossantas e um público consumidor dos produtos que eles inventam, fabricam e põem no mercado com a única intenção de obter lucros às custas da ignorância destes que não compreendem a Palavra de Deus, nem têm discernimento espiritual. Estes são os mesmos consumidores de teologia decadentes, de músicas supostamente gospel horrorosas e de liturgias carregadas de paganismo – tudo de acordo com a lei da oferta e da procura.

A igreja evangélica brasileira está se tornando tão mercadológica que a concorrência chega a asustar. Os exemplos mais evidentes são os seguintes:

• A Igreja Mundial chegou para avacalhar o que já estava ruim, iniciando novos trabalhos em salões cara a cara com outras igrejas, quando não alugando espaços parede e meia com elas.
• A Igreja Internacional da Graça disputando acirradamente horários em emissoras de TV aberta pagando preços exorbitantes só para não dar o braço a torcer aos seus concorrentes e não perder a carteira de associados.
• A Igreja Universal nem se fala, negociando com Deus e com o diabo se for necessário, só pra se manter nos píncaros da glória.
• A Igreja Renascer promovendo a Marcha (à ré) Pra Jesus vendendo camisetas com sua marca e outras mercadorias superfaturadas, com a intenção de promover seu pequeno império familiar.
• A novidade vem da ala dos assembleianos que parecem querer morder um pedaço do bolo, descambando da rigidez comportamental à liberação geral; migrando da teologia conservadora para a intoxicante teologia da prosperidade; além de despertarem para o exibicionismo de mimos típicos dos ministros megalomaníacos (aviões particulares, templos luxuosos e faraônicos, etc.).
• Há também os menos expressivos, porém não menos empreendedores do ramo que aumentariam substancialmente o rol, mas como têm menos influência me pouparei de citar seus nomes, crendo que a lista acima seja suficiente para causar ojeriza em qualquer ministro sensato.

Levantando a questão dos artistas gospel (bandas e cantores), dos pregadores pop e dos conferencistas “estrelinhas” (estes que gostam mesmo é de conferir dinheiro), se fossem colocar seus papéis para negociar nos supostos pregões aí é que iria ferver o mercado financeiro! Todo mundo sabe que a cada lançamento de CD ou DVD; a cada “nova unção” e a cada novidade supostamente teológica que inventam fazem com que seus contratos sejam negociados a preço de ouro – o que acho um grande absurdo!

Na prática, pode ser que ninguém jamais vá encontrar ações da igreja fulano ou beltrano em bolsas de valores – foi só uma ilustração. Entretanto, já podemos ver, ouvir e sentir a realidade de um a geração cristã subjugada ao mercantilismo cada vez mais comum, praticado por aqueles que transformaram a Igreja de Deus em um imenso balcão de negócios; negociando a fé, o Evangelho, a Bíblia, os milagres e a Graça de Deus. – pr Aécio

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Que me perdoem aqueles que ficam ofendidos por citar nomes, etc., mas de hipocrisia, heresia e burrice espiritual já estou cheio.

terça-feira, 11 de maio de 2010

ALGUMAS LEMBRANÇAS E EXPERIÊNCIAS DE UM TUPINIQUIM CEARENCE...

...QUE SÓ QUER SER FELIZ NO NÃO TÃO MARAVILHOSO, MAS MESMO ASSIM ADORÁVEL UNIVERSO EVANGÉLICO! - QUINTO CAPÍTULO

A pior solidão de todas é aquela que a gente sofre no meio da multidão. Milhões de cristãos são pessoas extremamente solitárias, mesmo quando estão em meio a pequenas multidões de cultuadores.
Somos programados a ir, permanecer e voltar dos nossos cultos como se fôssemos robôzinhos cheios sensores que respondem a comandos com reações do tipo “paz do senhor”, “aleluia”, “misericórdia”, “sangue-de-Jesus-tem-poder” e outras falas não menos impessoais. Tudo muito distante, sem pulso, sem interesse ou empatia.
Até mesmo fora do ambiente dos templos, muitos crentes se encontram para falar das coisas dos cultos, dos ministérios que exercem, dos acontecimentos entre na irmandade, do que “Deus fez ou está fazendo”, do “milagre que aconteceu com filho do cunhado do vizinho da parente da mãe da sogra da prima dele”, do mais novo louvor hit da praça, etc. Parece que ninguém quer que os outros se “intrometam” nas suas vidas, então, todos nós levantamos uma barreira, um muro de amenidades, um bunker de superficialidades e de religiosidade rebuscada.

A impressão que tenho desde sempre é que nós, crentes nos proibimos de falar do trivial, do corriqueiro, do que realmente interessa. Parece que todo mundo desconfia de todo mundo. Em nossas igrejas as pessoas não se sentem à vontade para falar de seus sofrimentos, de seus medos, de suas dúvidas, de suas vontades, de suas paixões, de suas desilusões, de suas mágoas, de seus rancores e até de seus pecados.
Entre irmandade e amizade, hoje em dia fico com a segunda opção. Irmãos a gente encontra feito capim – muitas vezes parecem que são só capim mesmo. Aliás, encontrar amizade no meio da irmandade que a gente está acostumado a ver em nossas igrejas, restrita tão somente ao ambiente religioso chega a ser desanimador, dependendo da ocasião até atrapalha.
Achar amigos entre nós é uma missão quase impossível! Refiro-me a pessoas que se interessam por outras pessoas de verdade. Falo com certa reserva, mas inúmeras vezes tive a sensação de ter sido ludibriado, sugado até o último por pessoas que após se aproveitarem o bastante “sentiram de Deus” de “chutar a amizade pra cima” e nunca voltarem ao menos pra dizer obrigado – este tipo de atitude truculenta, maquiavélica e interesseira deixa marcas indeléveis, traumas difíceis de serem curados.

Das experiências mais amargas que tive o desprazer de vivenciar nestes anos de cristão, algumas delas residem exatamente na falta de delicadeza de quatro sujeitos com os quais teria continuado amizade sem nenhum problema (mesmo com suas falhas de conduta, afinal ninguém é perfeito!). Vou procurar relatar as experiências e dar um “retrato” dos sujeitos de forma fictícia, apenas para não causar nenhum furor, mas o que vou relatar é verdadeiro e acontece com certa freqüência entre nós.

Um desses sujeitos era extremamente autoritário, senhor da razão, cujo caráter dominador ditava uma amizade polarizada do tipo "eu mando, eu sei, eu faço, eu sou, eu tenho mais experiência”.
Outro deles defino como o cúmulo do indivíduo dissimulado e aproveitador, o clássico sangue-suga; aquele tipo que vê nos amigos “um grande investimento”, alguém em quem se pode encostar.
Mais um era especial... especialmente melindroso, escorregadio feito quiabo; o típico sujeito sempre “meio” (meio cheio de razão, meio comprometido, meio mentiroso, meio insensato, meio enrustido, meio amargurado, meio invejoso, meio fiel, meio disposto e meio vingativo).
O último desta pequena lista é o “Mr. M” (o mascarado); gentleman de quem ninguém desconfia; aquele que se ufana em tripudiar enquanto revela os truques dos outros só pra fazer média, pra tirar vantagens pessoais... Até que sua máscara caia, até que sua identidade seja revelada e agente possa dizer: “Muy amigo”! - pr Aécio

segunda-feira, 10 de maio de 2010

A IGREJA FLUTUANTE


por Mathias Quintela de Souza

Ao longo da história e à luz da Bíblia, a Igreja do Senhor Jesus tem sido identificada através de figuras significativas.

Referimo-nos à igreja militante quando consideramos a presença do Povo de Deus num mundo hostil aos valores do Reino. Essa figura também nos faz lembrar que não lutamos contra os “seres humanos, mas contra as forças espirituais do mal que vivem no mundo celestial” (Efésios 6:12).

Em contraste, afirmamos que a Igreja Triunfante é sempre vitoriosa pela fé em Cristo, mas a vitória final é ainda uma esperança. Chegará o momento em que nos uniremos às vozes celestiais para proclamarmos que “o reino deste mundo tornou-se de nosso Senhor e do seu Cristo, e Ele reinará para sempre”. (Apocalipse 11:15). E reinaremos com Ele. (Mateus 25:34)

Em nossos dias, no entanto, constatamos a existência de uma outra Igreja que poderia ser chamada de a Igreja Flutuante. Ela se rege pelas leis do mercado da globalização e da sociedade de consumo. Seus membros são cristãos professos, mas imaturos, improdutivos, sem compromissos, sem raízes e consumistas. Os votos que fazem na profissão de fé e batismo são formais e vazios. Migram com facilidade de uma igreja para outra. Estão sempre à procura de benção.

Para eles, a igreja evangélica de hoje é como “super-mercado” com opções variadas de consumo. Vão sempre onde recebem mais. Jamais entendem o culto como oferta a Deus. (I Pedro 2:5), mas como oportunidade de receber benefícios. Se gerarem filhos espirituais, não assumem a paternidade, mas transferem essa responsabilidade. São chorões e murmuradores.
Essas reflexões não visam ferir ninguém, mas são uma advertência. Um aviso. Como diz Tiago, “não sejamos como ondas do mar, que o vento leva de um lado para outro. Quem é assim, não pense que vai receber alguma coisa do Senhor, pois não tem firmeza e nunca sabe o que deve fazer”. (Tiago 1: 6b -8).

Neste mesmo sentido, Paulo também adverte: “Porque virá o tempo em que as pessoas não escutarão o verdadeiro ensinamento, mas seguirão os seus próprios desejos. E juntarão para si mesmos muitos mestres, que vão dizer a elas o que querem ouvir. Essas pessoas deixarão de ouvir a verdade escutarão as lendas” (II Timóteo 4:3-5).

Para que o mundo seja tocado pelo poder do Evangelho que liberta e transforma, precisamos ser crentes comprometidos uns com os outros, nos laços do Calvário!
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sábado, 8 de maio de 2010

O PREÇO DA LIDERANÇA

Quanto custa ser um líder evangélico em nossos dias hoje, em especial nos países livres do Ocidente? Nada! É uma verdadeira barbada ser ministro e obreiro cristão em nossos dias, em especial na referida localização geográfica mencionada. Talvez, nos países fechados, nossos colegas de ministério tenham uma noção muito mais precisa do que é realmente pagar o preço para a liderança, biblicamente falando.
Hoje em dia, aqui no Brasil, por exemplo, qualquer “comedor de feijão” pode tornar-se pastor, bispo e até apóstolo (a bola da vez) do dia para a noite. Se o sujeito vai fazer sucesso ou não, este é um detalhe que deve ser discutido à parte, entretanto, o fato é que estamos rodeados de mercenários que efetivamente não sabem o que significa sacrificar-se em favor do Evangelho e por causa de um chamado expresso de Deus para Sua obra. Nossos púlpitos estão sendo invadidos por um monte de gente gananciosa, desejosa de fama e vida fácil!

Quanto custa ser um líder aos moldes de Deus, como aqueles da Bíblia? Tudo! O Preço é o conforto, a família, os sonhos, as ambições e até a própria vida!
Se o apóstolo Paulo vivesse em nossos dias, possivelmente morreria não decapitado, mas de tanta vergonha ao ver este bando de almofadinhas que disputam as melhores tomadas diante das câmeras, naqueles ridículos programas de TV – é claro que de alguns programas dá para se aproveitar algumas coisas e raríssimas vezes aproveita-se tudo. Falando de Paulo, vamos dar uma lida em Atos 9.13-16, para, então, encontrarmos o preço de seu ministério: MUITO SOFRIMENTO!
“E respondeu Ananias: Senhor, a muitos ouvi acerca deste homem, quantos males tem feito aos teus santos em Jerusalém; E aqui tem poder dos principais dos sacerdotes para prender a todos os que invocam o teu nome. Disse-lhe, porém, o Senhor: Vai, porque este é para mim um vaso escolhido, para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel. E eu lhe mostrarei quanto deve padecer pelo meu nome.” – grifo meu.

Somos a geração do prazer. Isto tem afetado grandemente o surgimento de uma liderança comprometida com Senhor, mas também consciente do alto preço que deve ser pago por uma liderança acima de qualquer suspeita. Muitos já sucumbiram por causa do pecado; outros já se corromperam por causa do dinheiro e outros já desistiram no meio do caminho pelos motivos mais fúteis. Estes não quiseram pagar o preço da santificação, da oração e da abnegação.
Somos uma geração sem as marcas de Jesus. Temos a marca da indolência e da superficialidade. O tempo que gastamos em oração diz isto. A qualidade de nossos serviços prestados ao Senhor, às nossas igrejas e aos nossos irmãos denunciam isto. Deixemos de ser hipócritas e assumamos que oferecemos bem menos do que podemos e que muitas coisas fazemos por mera obrigação. Nossa mensagem não é convincente, pois não queremos morrer por ela.
Somos uma geração com os corações de gelo. Não choramos as dores de nosso próximo. Não lamentamos as misérias de nosso país e do mundo que nos cerca. Preferimos o oásis de nossas casas confortáveis aos riscos do mundo revolto, onde almas famintas e sedentas por salvação morrem à míngua todos os dias. Muitos de nós pensamos: Estou de barriga cheia, e isto basta! Fazemos nossos planos achando que somos o centro do universo. Falta-nos pagar o preço da misericórdia. - pr Aécio

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Consulta para este comentário: livro de Oswald Sanders “LIDERANÇA ESPIRITUAL”.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

TRIBUTO AOS COVARDES & CIA.


Ontem estava pensando nos vários “naipes” de pessoas que conheci ao longo dos meus últimos vinte e poucos anos de vida. Pensei nas pessoas generosas, amorosas, carinhosas, atenciosas e muitas outras que causaram grande impacto positivo na minha vida e favoreceram minha caminhada com Jesus. Como são importantes pessoas assim – e como sou grato por elas existirem!
A propósito, pensei também nas outras pessoas que da mesma forma, mas pelo avesso, ao longo da jornada contribuíram para que pudesse discernir entre quem presta e quem não presta. Tais pessoas também são, ao menos para mim, paradoxalmente importantes. Por isso dedico-lhes este “estranho” tributo.
No meu caso, muita gente incorreta contribuiu para que formasse uma opinião correta sobre o próprio Evangelho. Isto mesmo, para que minha fé sobrepujasse o limite do mero religioso e avançasse pelo campo do racional, ético e moral. Refiro-me àqueles que conheci (ou conheço), que estão em nosso meio, mas não são dos nossos. Falam como crentes, vestem-se como crentes, cantam como crentes e até pregam como crentes... Mas, não prestam – com licença ao verbo “rasgado”! Se a questão é por que não foram transformados, etc., é outro assunto, o que não vem ao caso neste momento.

Se o que está lendo lhe causar algum sentimento desconfortável, saiba que é muito mais complicado lidar com os sentimentos quando se escreve do que quando se lê – imagina o que sinto agora?!
Então, começando pelos sentimentos, creio que as várias pessoas para às quais ofereço esta pequena homenagem me ensinaram a lidar com os sentimentos ruins, próprios da natureza humana. Ensinaram-me a compreendê-las com o incompreensível e desconcertante amor de Deus, sob uma perspectiva que antes não conhecia, que é a de um coração que luta para não odiar, desejar vingança ou querer revanche.

Aprendi também a ser cada vez mais verdadeiro, mesmo sabendo que isto demanda um preço altíssimo nestes dias em que a mentira é argumento útil para quem não tem caráter, quando tive que lidar com mentirosos dissimulados, que inventam fatos e distorcem a verdade para tirar vantagens ou se safar de responsabilidades. Por isto, reconheço a importância dos mentirosos.

Cresci na dependência e confiança em Deus (e só n’Ele), quando fui diversas vezes traído e deixado para trás por pessoas que tinha em alta conta, nos quais investi parte dos melhores anos da minha vida. Como foram importantes os episódios de traição para me ensinarem que só Ele é 100% fiel!

Sofri pelos egoístas que não pensaram duas vezes quando quiseram salvar seu próprio lado, livrando sua cara, desertando e cuspindo no prato que comeram. Entretanto, todos estes foram igualmente importantes para mim, pois me ensinara a nunca fazer isto com as pessoas que dependem ou confiam em mim, mesmo quando meus caprichos e vontades disserem “Aécio, vai embora!”.

Acheguei-me mais aos pés do Senhor, confiando que Ele é o fiel ajudador, o Emanuel, quando me vi sonhando sozinho, na solidão das madrugadas, escondendo minhas fraquezas e driblando meus medos – quantos medos! Antes não entendia muito bem, mas hoje reconheço a importância daquelas pessoas que estão ao nosso lado, porém, abissalmente distantes daquilo que desejamos fazer ou empreender.

Frustrei-me em muitos dos projetos que tinha porque dependia de parceiros, de gente que poria a mão na massa, que tomaria o mesmo jugo, mas não encontrei. Na maioria das vezes não os encontrei mesmo demonstrando minha necessidade – há uma escassez enorme de parceiros e amigos de jugo hoje em dia.

Com mos carnais, satisfeitos em viver na dubiedade, divididos entre o santo e o profano, percebi a importância de ter um coração puro, uma vida reta. Aprendi que santidade é uma conquista diária, não uma experiência cúltica sazonal.

Tornei-me mais corajoso quando entendi que a covardia é a tática dos insensatos, além de ser uma deformação de caráter das mais horrendas. Conhece algum covarde vitorioso?! Eu também não! Hoje, quanto mais covardes surgem em meu caminho (e não são poucos), mais tenho a certeza de que a maior de todas as armas e estratégias de que podemos lançar mão é a própria coragem, a vontade de chegar lá, custe o que custar. Com eles aprendi a tirar força da fraqueza, a usar os pequenos recursos, a me “virar” em pequenos espaços e esperar grandes resultados das mais humildes e aparentemente pequenas coisas. Aprendi a me alegrar com as mais insignificantes realizações, e sentir a mesma alegria daqueles que conquistam grandes impérios!

Por estas e muitas outras razões e experiências, a todos os covardes e companhia limitada: Meu muito obrigado! - pr Aécio

quinta-feira, 6 de maio de 2010

RARIDADE NO CENÁRIO DA LIDERANÇA EVANGÉLICA BRASILEIRA


Veterano da fé

Aos 80 anos de vida, o doutor Russell Shedd mantém-se como referência de integridade, conhecimento bíblico e vida cristã  -  Por Carlos Fernandes

Não é muito comum um líder religioso chegar aos 80 anos em plena atividade. Mais raro ainda é ter atravessado todo este tempo mantendo um ministério de visibilidade internacional. Agora, privilégio mesmo é poder ostentar uma reputação inabalada e manter-se como referência de conhecimento bíblico e saber teológico em idade tão avançada. Pois Russell Philip Shedd entrou para o rol dos octogenários em 10 de novembro passado com todas essas características. Missionário de origem americana, ele está radicado no Brasil desde 1962. Neste quase meio século, tem prestado decisiva colaboração à Igreja nacional, seja através de seus livros e trabalhos de cunho teológico, seja com suas pregações, conferências e palestras.

Shedd é um teólogo com grande preparo. Com apenas 20 anos, graduou-se no Wheaton College, nos Estados Unidos. Ali, especializou-se em hebraico e grego – línguas bíblicas cujo conhecimento considera fundamental para uma correta interpretação das Escrituras. Em seguida, tornou-se mestre em teologia e, mais tarde, doutor em filosofia e Novo Testamento pela Universidade de Edimburgo, na Escócia. Mas o saber não fez dele um acadêmico arrogante, desses que enxergam a divindade com a frieza dos livros. “O conhecimento não enfraquece a fé; pelo contrário, auxilia o nosso relacionamento com Deus”, afirma. “E ainda produz muita dependência dele também”. Para manter a comunhão com Deus, a receita desse veterano da fé é simples: “Acordo todo dia antes das cinco da manhã. Assim, é possível dedicar uma hora ou mais à leitura bíblica e à oração.”

Com vinte livros publicados, Russell Shedd é muito conhecido no Brasil como fundador de Edições Vida Nova, casa publicadora especializada em obras teológicas pela qual lançou a Bíblia Vida Nova em 1977, abrindo o mercado para a popularização das versões de estudo das Escrituras Sagradas. Foi também professor na Faculdade Teológica Batista de São Paulo durante 30 anos e pastor da Metropolitan Chapel, congregação fundada por ele na capital paulista, onde vive e permanece ligado à denominação Batista. Missionário jubilado, Shedd tem um padrão de vida simples, razão pela qual não aceita que o líder evangélico ostente riquezas. “Não creio que o ensinamento do Novo Testamento favoreça em algum momento o ato de esbanjar ou gastar somas grandes para provar que Deus nos tem abençoado”, comenta. O “senhor Bíblia” – como muitos o chamam, à sua própria revelia – concedeu esta entrevista a CRISTIANISMO HOJE (leia a matéria e entrevista na íntegra).

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Em meio ao caos que tipifica o atual cenário da liderança evangélica brasileira, causado pelos ministros caricatos, mambembes, mercenários, sem noção e pelos que "voam (de jatinho) na maionese", surge um dos 7.000 que não dobraram os joelhos a Baal!
O Dr. Russell Shedd é um dos poucos líderes evangélicos no Brasil que mostra a mim e a todos os que não concordam com a vergonhosa "ministrorréia" que inunda a mídia gospel e as igrejas "em nome de Jesus" que nem tudo está perdido! - pr Aécio

CADÊ O PASTOR?

No dia 15 de Maio de o pastor ministra na OBPC Brás Cubas - Mogi das Cruzes. É uma Conferência Missionária e todos são bem vindos!
A igreja fica na Rua Capitão Francisco de Almeida, 185 (Mapa).
  
Dia 16 de Maio o pastor Aécio ministrará para casais na Igreja Unida do Jardim Santa Adélia.
O endereço é: Rua Ribeiro Duarte, 817 (o local é muito próximo do Terminal de Ônibus São Mateus).
O evento terá início às 8:30 e a entrada é franca!
Todos os casais que acessam o Blog são convidados especiais! Venham!

E no dia 30 de Maio é a vez da Igreja Batista Missionária do Areião (SBC) receber o pastor ministrando também para famílias! Aguardem novas informações!

quarta-feira, 5 de maio de 2010

MISSÕES EM FOCO… SERÁ?!


O título da postagem propositadamente imitando a chamada de um destes quase inúteis programas evangélicos de televisão, é para chamar a atenção sobre algumas realidades no que diz respeito a missões que os leigos desconhecem.
Quando um televangelista, avivalista ou conferencista destes que a gente está acostumado (ou será enjoado) a ver inunda as igrejas com informações do campo missionário em revistas e jornais de seus ministérios, chamadas de televisão ou vídeos em seus sites, blog ou Youtube, é preciso desconfiar e buscar informações com quem realmente entende do assunto – para não correr o risco em cair em mais um “conto do pastor”.
Grande parte das vezes os ajuntamentos que se promovem para “pregar o Evangelho” em certos países da África ou Ásia, por exemplo, mais ajuda do que atrapalha. Recomendo um livro de alguém que serviu no campo e pode falar com mais propriedade sobre o assunto. Trata-se de “TROPEÇOS NA AÇÃO MISSIONÁRIA – TOLICE HUMANA OU CILADA DE SATANÁS?” (1), onde o autor conta, dentre outras coisas, as peripécias e desastres causados por este pessoal que vai a um país miserável, culturalmente dominado por crenças milenares e cheio das mazelas próprias de um lugar onde se desconhece Jesus, aprontam com aqueles shows que a gente conhece muito bem, fazem um montão de fotos e filmes, e depois saem pelo mundo dizendo que ganharam milhões de vidas para Jesus... Será?!

Há várias juntas missionárias, agências e órgãos especializados em estatísticas, pesquisas e informações fidedignas(2), frutos de trabalho árduo e sério que podem dar um panorama fiel do que realmente acontece mundo afora.
Pode parecer incredulidade ou mera “pegação”de pé, mas o fato é que não existe nenhum trabalho de continuidade, que justifique a grande maioria dos chamados impactos evangelísticos – o que os tornam altamente desnecessários e insignificantes, diante dos trabalhos locais em andamento, cujos pequenos, porém, sólidos avanços conquistados por missionários transculturais ou obreiros locais têm muito mais sentido.
Na prática, que realmente dá resultado no trabalho missionário – e que acontece na imensa maioria das vezes a longo prazo – é a conquista paulatina, lenta e gradual que se inicia com um longo tempo de preparo e treinamento dos candidatos ao campo (futuros missionários). Que vem após anos da chegada de missionários, depois se estarem aculturados (domínio da língua, contextualização, etc.), de terem estabelecido trabalhos junto às comunidades, de iniciarem um processo de discipulado terem adquirido respeito e confianças dos nativos.
Quem entende o mínimo de missões sabe que o que vale no campo é o trabalho de formiguinha. É no mínimo inconseqüente pensar que em uma semana, ou duas, que seja, será implantada uma igreja ou trabalho qualquer. Afirmar que foi até o país A ou B e milhares de pessoas aceitaram a Jesus como salvador, ou que se converteram é algo extremamente malicioso e sem noção.

Em uma conferência missionária, estive conversando com um obreiro que atuava na Índia e o indaguei propositadamente sobre estes movimentos que acontecem por lá “de vez em sempre”. Ele me respondeu dando o exemplo de um indiano que participou de uma cruzada evangelística havia pouco tempo e, ao ser questionado se havia recebido a Cristo, disse sem pestanejar que sim. “Se Ele [Jesus] faz bem, posso colocá-lo em meu altar, junto com meus outros deuses!” – completou o homem – Precisa dizer mais alguma coisa?! - pr Aécio

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(1) Livro Tropeços na Ação Missionária - Tolice Humana ou Cilada de Satanás?
Autor Jarbas Ferreira da Silva - EDITORA VIDA NOVA

terça-feira, 4 de maio de 2010

VALE A PENA LER DE NOVO - "POLÍTICOS NOS PÚLPITOS: A INSUPORTÁVEL INVASÃO"


Não é de hoje que a igreja brasileira vem se “prostituindo” com a política.

Como uma prostituta de beira de estrada (desculpe a grosseria) muitas denominações se entregam a partidos políticos em troca de dinheiro para reformar seus templos, financiar congressos, conferências ou outro evento qualquer. Isto é uma relação tão promíscua e absurda que certos pastores não têm nenhum pudor em entregar seus púlpitos (e seu rebanho) a homens e mulheres muitas vezes ímpios – alguns até ateus – interessados em favores e regalias que contemplem suas denominações (que é o que lhes basta!).

Na época que antecede as eleições por aqui começa a “farra do boi”. A casa de Deus em muitos lugares vira a casa da mãe Joana! Centenas de púlpitos se transformam em palanque e tribunas eleitoreiras, onde a demagogia partidária toma o lugar e a honra que deveriam ser dadas somente ao Senhor Jesus.

Sempre achei o fim da picada, políticos invadirem os cultos e demais eventos evangélicos com aquelas máscaras de falsa simpatia e falsa generosidade, quando em seus corações o que eles vêem nem são pessoas, enxergam apenas mais eleitores, mais votos. Com uma mão, eles pedem a benção de Deus e com outra, recebem a ajuda do capeta!

Mais horroroso ainda é a atitude patética dos pastores que lhes entregam os microfones em pleno culto, permitindo que tais homens ou mulheres cheios de segundas intenções ensaiem rápidos discursos em tom religioso, citem certos chavões bíblicos ou imitem os crentes com cumprimentos no bom, batido e besta evangeliquês do tipo “a paz do senhor irmãos” – haja paciência para aguentar tanta teatralidade, tanta estupidez.

Outra coisa que acho o fim do fim da picada são os pastores que dividem o tempo entre o ministério pastoral e cargos políticos. Isto sim é um dos maiores disparates. Não adianta quererem dar exemplos de estadistas bíblicos, ou de Calvino, Martin Luther King, etc., porque isto não cola pra mim! Na minha humilde opinião se o sujeito quer ser político, que dê adeus ao púlpito! Quer púlpito, dê adeus à política!... O quê, deputado e pastor? Senador e bispo? Vereador e apóstolo? Uma vírgula... Coração dividido, isto sim! Isto não rola e nem cola! Pra mim não! Jesus disse que não se pode servir a dois senhores e ponto final!

Entendo que é preciso que homens e mulheres tementes a Deus estejam em posições estratégicas, mas entendo também que há muitos líderes evangélicos que se corrompem e causam escândalos de proporções gigantescas, que mais atrasam do que adiantam para a causa do Evangelho. Atualmente há pastores, missionários, apóstolos, evangelistas, etc., que são analfabetos políticos, não entendem quase nada dos cargos que ocupam e que são colocados lá pelos membros de suas denominações, para obterem vantagens e favores para si mesmos e, quando muito, legislando em prol de suas igrejas ou criando projetos para batizar ruas com nomes de antepassados crentes ou praças da Bíblia – desculpe a ironia de novo. No geral vários políticos crentes são ilustres desconhecidos para as comunidades às quais deveriam servir. São celebridades anônimas para as pessoas de seus bairros e cidades, conhecidos tão somente nos quintais de suas igrejas.

Homens e mulheres honestos sabem que não conseguem conciliar estes dois jugos (dividir tempo entre púlpito e cargo político). Mas, justiça seja feita, atualmente há meia dúzia no Brasil que sabem, entendem e se afastam das suas funções do ministério cristão para se dedicarem ao ofício e exercício políticos – entenda meia dúzia como uma simples ironia pelo fato de que muitos líderes evangélicos atualmente no cenário político não cheiram nem fedem.

Quero terminar contando uma situação em que fui convidado a falar numa igreja onde havia um pastor candidato a vereador. Antes de ministrar fui questionado sobre o que achava do envolvimento da Igreja com a política, respondi o que já escrevi em uma matéria anterior: "Água e óleo, irmão, não se misturam!"
Não satisfeito com minha resposta perguntou se eu votaria nele, caso morasse naquela cidade. Respondi um grande “NÃO”, afirmando que não o conhecia suficientemente, muito menos seus projetos; que não voto em quem não conheço, e que para mim o que interessa é que os políticos sejam bons profissionais da política, não necessariamente crentes*.

Antes de terminar a conversa perguntou se eu oraria por ele no final do culto, ao que concordei com uma ressalva: Que não fosse no púlpito – e assim sucedeu. Minha oração foi bem objetiva, porém, fiz questão de pedir ao Senhor que, se fosse para ele ser só mais um político (porque de político safado o Brasil e o inferno já estão cheios), que não fosse eleito, pois seria muito mais útil na igreja onde servia do que na câmara dos vereadores. Ele perdeu a disputa – pode não ter sido só por causa da minha oração, mas glórias a Deus por não corrermos o risco de termos mais um político crente medíocre na área, sem nenhuma relevância nem para a Igreja, nem para a sociedade e muito menos para a história de sua comunidade. – pr Aécio

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*Mais uma vez apelo: NÃO VOTEM EM POLÍTICOS SÓ PORQUE SÃO CRENTES! Lamentavelmente há muitos “crentes” sacanas no cenário político brasileiro! Analisem cada candidato; pesquisem seus históricos; seus projetos; julguem seus partidos e, sobretudo, não se deixem levar pela indução de seus pastores e líderes sem os devidos questionamentos e críticas. Lembre-se que o voto é livre e cada um deve votar de acordo com sua consciência. Não vote nem mesmo em seus pastores ou líderes locais, caso eles não tenham projetos com abrangência social e comunitária – denominacionalismo e “igrejismo” só não bastam.