FELICIDADE EM TODO O ANO NOVO
Demorei em escrever a mensagem de Ano Novo porque não sabia mesmo o que dizer.
Esbocei um monte de coisas e depois achei tudo sem graça e repetitivo. Não pensava que seria tão difícil fugir dos chavões próprios da época e do “evangeliquês” chato que a gente pratica como vício de linguagem.
Por um lado foi bom encontrar estas dificuldades, porque fui compelido a refletir de maneira mais profunda sobre os conceitos e expectativas a respeito da vida que a maioria de nós possui. Leia algumas das conclusões:
Concluí que não devemos atribuir às coisas (objetos) o poder de nos dar, trazer ou nos proporcionar felicidade – coisas se quebram; se acabam; roubam-nos ou se deterioram. É preciso prestar atenção ao fato de cada vez mais deixamos nos dominar pelas coisas, ao invés de dominá-las. Dias atrás ouvi uma moça dizendo que seu celular “faz-tudo” é sua vida, e que sem ele não viveria!
Concluí que pessoas (amigos, parentes, cônjuges, etc.) nos proporcionam prazer e alegria, mas as mesmas pessoas também podem nos deixar, nos frustrar e nos decepcionar, logo, se a felicidade depender tão somente delas, corremos o risco de nos tornar infelizes se ou assim que se ausentarem do nosso convívio.
Concluí que eventos e circunstâncias (aniversários, festas, passar no vestibular, nascimento de filhos, etc.) ocasionais podem, quando muito, causar um efeito imediato de bem estar e satisfação que desaparecem da mesma maneira como surgem.
Concluí que nenhuma conquista é suficiente para nos tornar completamente felizes, a ponto de não precisarmos ter mais experiências, conhecer mais pessoas, lugares, etc.
Concluí que se engana aquele que pensa em realização pessoal e posição social (status) como se fossem sinônimos de felicidade. Pode ser o contrário, pois muita gente se torna intolerante, arrogante e pedante quando chega a determinado patamar, então, são infelizes por si só.
Concluí que estado de humor alterado não tem muita relação com ser ou não feliz – o humor varia, felicidade não.
Concluí que doenças e tragédias podem, quando muito, suprimir temporariamente o sentimento da felicidade, jamais exterminá-la.
Concluí que felicidade é uma decisão! É a decisão pela satisfação além e acima dos verbos “ter”, “ser” ou “possuir”: é querer! Sim parece estranho, mas para mim felicidade é uma decisão interior, através da qual podemos optar consciente e racionalmente por não atribuir a nenhum fator externo e passageiro o direito que temos de desfrutar intensamente da vida, apesar de tudo!
Para mim, daqui pra frente, felicidade também é vontade alienada de “acessórios”; é vida além da vida (real); é plenitude além do tempo (passado, presente e futuro); é a coragem pra vencer os medos; é o ânimo necessário para superar tantos quantos forem os fracassos; é a luz do começo ao fim do túnel... Felicidade é o combustível que gera e move a vida!
Felicidade para todos!
De alguém cheio de felicidade,
- pr Aécio -
Demorei em escrever a mensagem de Ano Novo porque não sabia mesmo o que dizer.
Esbocei um monte de coisas e depois achei tudo sem graça e repetitivo. Não pensava que seria tão difícil fugir dos chavões próprios da época e do “evangeliquês” chato que a gente pratica como vício de linguagem.
Por um lado foi bom encontrar estas dificuldades, porque fui compelido a refletir de maneira mais profunda sobre os conceitos e expectativas a respeito da vida que a maioria de nós possui. Leia algumas das conclusões:
Concluí que não devemos atribuir às coisas (objetos) o poder de nos dar, trazer ou nos proporcionar felicidade – coisas se quebram; se acabam; roubam-nos ou se deterioram. É preciso prestar atenção ao fato de cada vez mais deixamos nos dominar pelas coisas, ao invés de dominá-las. Dias atrás ouvi uma moça dizendo que seu celular “faz-tudo” é sua vida, e que sem ele não viveria!
Concluí que pessoas (amigos, parentes, cônjuges, etc.) nos proporcionam prazer e alegria, mas as mesmas pessoas também podem nos deixar, nos frustrar e nos decepcionar, logo, se a felicidade depender tão somente delas, corremos o risco de nos tornar infelizes se ou assim que se ausentarem do nosso convívio.
Concluí que eventos e circunstâncias (aniversários, festas, passar no vestibular, nascimento de filhos, etc.) ocasionais podem, quando muito, causar um efeito imediato de bem estar e satisfação que desaparecem da mesma maneira como surgem.
Concluí que nenhuma conquista é suficiente para nos tornar completamente felizes, a ponto de não precisarmos ter mais experiências, conhecer mais pessoas, lugares, etc.
Concluí que se engana aquele que pensa em realização pessoal e posição social (status) como se fossem sinônimos de felicidade. Pode ser o contrário, pois muita gente se torna intolerante, arrogante e pedante quando chega a determinado patamar, então, são infelizes por si só.
Concluí que estado de humor alterado não tem muita relação com ser ou não feliz – o humor varia, felicidade não.
Concluí que doenças e tragédias podem, quando muito, suprimir temporariamente o sentimento da felicidade, jamais exterminá-la.
Concluí que felicidade é uma decisão! É a decisão pela satisfação além e acima dos verbos “ter”, “ser” ou “possuir”: é querer! Sim parece estranho, mas para mim felicidade é uma decisão interior, através da qual podemos optar consciente e racionalmente por não atribuir a nenhum fator externo e passageiro o direito que temos de desfrutar intensamente da vida, apesar de tudo!
Para mim, daqui pra frente, felicidade também é vontade alienada de “acessórios”; é vida além da vida (real); é plenitude além do tempo (passado, presente e futuro); é a coragem pra vencer os medos; é o ânimo necessário para superar tantos quantos forem os fracassos; é a luz do começo ao fim do túnel... Felicidade é o combustível que gera e move a vida!
Felicidade para todos!
De alguém cheio de felicidade,
- pr Aécio -