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quarta-feira, 12 de maio de 2010

IGREJA S/A


Pensando nas igrejas de mercado, já imaginou se um dia tivéssemos ações nos pregões das bolsas de valores, correspondentes à crescente e rentável indústria da fé?
Criadas por mega empresários do segmento evangélico, as denominações modernas transformaram o Evangelho da graça em produto de mercado. O resto já tem tudo: negociantes ávidos pelos rendimentos advindos dos dízimos, ofertas e penduricalhos ungidos; herdeiros dos “negócios” (da fé) do papai que vão dar continuidade nas "emprejas"; marqueteiros “ungidos” vendedores de quinquilharias maxi-sacrossantas e um público consumidor dos produtos que eles inventam, fabricam e põem no mercado com a única intenção de obter lucros às custas da ignorância destes que não compreendem a Palavra de Deus, nem têm discernimento espiritual. Estes são os mesmos consumidores de teologia decadentes, de músicas supostamente gospel horrorosas e de liturgias carregadas de paganismo – tudo de acordo com a lei da oferta e da procura.

A igreja evangélica brasileira está se tornando tão mercadológica que a concorrência chega a asustar. Os exemplos mais evidentes são os seguintes:

• A Igreja Mundial chegou para avacalhar o que já estava ruim, iniciando novos trabalhos em salões cara a cara com outras igrejas, quando não alugando espaços parede e meia com elas.
• A Igreja Internacional da Graça disputando acirradamente horários em emissoras de TV aberta pagando preços exorbitantes só para não dar o braço a torcer aos seus concorrentes e não perder a carteira de associados.
• A Igreja Universal nem se fala, negociando com Deus e com o diabo se for necessário, só pra se manter nos píncaros da glória.
• A Igreja Renascer promovendo a Marcha (à ré) Pra Jesus vendendo camisetas com sua marca e outras mercadorias superfaturadas, com a intenção de promover seu pequeno império familiar.
• A novidade vem da ala dos assembleianos que parecem querer morder um pedaço do bolo, descambando da rigidez comportamental à liberação geral; migrando da teologia conservadora para a intoxicante teologia da prosperidade; além de despertarem para o exibicionismo de mimos típicos dos ministros megalomaníacos (aviões particulares, templos luxuosos e faraônicos, etc.).
• Há também os menos expressivos, porém não menos empreendedores do ramo que aumentariam substancialmente o rol, mas como têm menos influência me pouparei de citar seus nomes, crendo que a lista acima seja suficiente para causar ojeriza em qualquer ministro sensato.

Levantando a questão dos artistas gospel (bandas e cantores), dos pregadores pop e dos conferencistas “estrelinhas” (estes que gostam mesmo é de conferir dinheiro), se fossem colocar seus papéis para negociar nos supostos pregões aí é que iria ferver o mercado financeiro! Todo mundo sabe que a cada lançamento de CD ou DVD; a cada “nova unção” e a cada novidade supostamente teológica que inventam fazem com que seus contratos sejam negociados a preço de ouro – o que acho um grande absurdo!

Na prática, pode ser que ninguém jamais vá encontrar ações da igreja fulano ou beltrano em bolsas de valores – foi só uma ilustração. Entretanto, já podemos ver, ouvir e sentir a realidade de um a geração cristã subjugada ao mercantilismo cada vez mais comum, praticado por aqueles que transformaram a Igreja de Deus em um imenso balcão de negócios; negociando a fé, o Evangelho, a Bíblia, os milagres e a Graça de Deus. – pr Aécio

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Que me perdoem aqueles que ficam ofendidos por citar nomes, etc., mas de hipocrisia, heresia e burrice espiritual já estou cheio.

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