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segunda-feira, 10 de maio de 2010

A IGREJA FLUTUANTE


por Mathias Quintela de Souza

Ao longo da história e à luz da Bíblia, a Igreja do Senhor Jesus tem sido identificada através de figuras significativas.

Referimo-nos à igreja militante quando consideramos a presença do Povo de Deus num mundo hostil aos valores do Reino. Essa figura também nos faz lembrar que não lutamos contra os “seres humanos, mas contra as forças espirituais do mal que vivem no mundo celestial” (Efésios 6:12).

Em contraste, afirmamos que a Igreja Triunfante é sempre vitoriosa pela fé em Cristo, mas a vitória final é ainda uma esperança. Chegará o momento em que nos uniremos às vozes celestiais para proclamarmos que “o reino deste mundo tornou-se de nosso Senhor e do seu Cristo, e Ele reinará para sempre”. (Apocalipse 11:15). E reinaremos com Ele. (Mateus 25:34)

Em nossos dias, no entanto, constatamos a existência de uma outra Igreja que poderia ser chamada de a Igreja Flutuante. Ela se rege pelas leis do mercado da globalização e da sociedade de consumo. Seus membros são cristãos professos, mas imaturos, improdutivos, sem compromissos, sem raízes e consumistas. Os votos que fazem na profissão de fé e batismo são formais e vazios. Migram com facilidade de uma igreja para outra. Estão sempre à procura de benção.

Para eles, a igreja evangélica de hoje é como “super-mercado” com opções variadas de consumo. Vão sempre onde recebem mais. Jamais entendem o culto como oferta a Deus. (I Pedro 2:5), mas como oportunidade de receber benefícios. Se gerarem filhos espirituais, não assumem a paternidade, mas transferem essa responsabilidade. São chorões e murmuradores.
Essas reflexões não visam ferir ninguém, mas são uma advertência. Um aviso. Como diz Tiago, “não sejamos como ondas do mar, que o vento leva de um lado para outro. Quem é assim, não pense que vai receber alguma coisa do Senhor, pois não tem firmeza e nunca sabe o que deve fazer”. (Tiago 1: 6b -8).

Neste mesmo sentido, Paulo também adverte: “Porque virá o tempo em que as pessoas não escutarão o verdadeiro ensinamento, mas seguirão os seus próprios desejos. E juntarão para si mesmos muitos mestres, que vão dizer a elas o que querem ouvir. Essas pessoas deixarão de ouvir a verdade escutarão as lendas” (II Timóteo 4:3-5).

Para que o mundo seja tocado pelo poder do Evangelho que liberta e transforma, precisamos ser crentes comprometidos uns com os outros, nos laços do Calvário!
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