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quinta-feira, 2 de julho de 2015

PROCURANDO O QUÊ NA BÍBLIA?


O que você procura quando abre a Bíblia? Bênçãos? Promessas? Alívio ou algo parecido? Não há nada errado em buscar essas coisas, mas não são apenas essas coisas que se encontram na Bíblia. Na Palavra de Deus podemos encontrar repreensões, conselhos, alertas, retaliações, punições e outras coisas não menos “desagradáveis”, tão necessárias quando nos encontramos desviado ou se desviando do caminho, dos propósitos do Senhor. Em toda a Bíblia é possível encontrar princípios norteadores de conduta; confrontações quanto ao caráter e outras formas de “tratar” a natureza humana corrupta que só não enxerga, ou não encontra quem é muito desligado ou mal intencionado:

“Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.” - 2 Timóteo 3.16,17

Considerando que toda a Bíblia é inspirada por Deus (gr. theopneustos = “soprada por Deus”), não fica difícil o cristão reconhecer que a mesma se constitui autoridade primeira e última nas tratativas relacionadas a quaisquer que sejam as experiências humanas. Vamos destrinchar os quatro verbos (vertidos aqui do antigo Grego “koiné” para o Português) principais que aparecem no v. 16, os quais mostram a atividade dinâmica da Palavra de Deus nas vidas daqueles que se permitem serem tratados por ela.

- O primeiro verbo “ensinar”, originalmente tem a conotação de prover instrução tanto nas questões doutrinárias, quanto nas questões práticas da vida. Numa era em que cada um tem a sua verdade e faz oi que quer e o que bem entende, faz todo o sentido o crente prestar cada vez mais atenção no que diz a Bíblia.

- O segundo, “redargüir” (o mesmo que repreender), diz respeito aos aspectos condenatórios e (até, se necessário) punitivos dos desvios morais. Para aqueles que pensam que Deus é como se fosse um bom velhinho estilo Papai Noel e disposto a tolerar pecados de forma passiva, acho bom começarem a repensar o conceito à Luz das Escrituras, não dos próprios “achismos”.

- No terceiro verbo, que é “corrigir”, está presente a ideia de correção mesmo, mas no sentido de aprimorar, de pôr ordem ou de reparar. A maturidade cristã se alcança na medida em que permitimos que o Senhor Jesus coloque em ordem nossa “casa bagunçada” (nossa vida), sempre que alguma coisa estiver fora do lugar. 

Por último, o verbo “instruir” é educar, treinar e disciplinar. Aqui é uma chamada para a prática daquilo que é justo e reto. Andar em retidão, que é o mesmo que andar em justiça, deve ser o ideal almejado por cada cristão – é um grande desafio viver numa época de extrema tolerância com o erro, mas esse é o estilo de vida ideal para quem pretende viver para Deus.

A passagem citada conclui o pensamento incitando o cristão à “perfeição, que é o mesmo que maturidade ou completude, associada a uma dinâmica de vida relevante e significativa através das boas obras, que é nada mais nada menos que a fé em movimento, na prática ou nas vivências cotidianas.

Um abraço!

- pr Aécio -

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