O que você procura quando abre a Bíblia? Bênçãos? Promessas? Alívio
ou algo parecido? Não há nada errado em buscar essas coisas, mas não são
apenas essas coisas que se encontram na Bíblia. Na Palavra de Deus
podemos encontrar repreensões, conselhos, alertas, retaliações, punições
e outras coisas não menos “desagradáveis”, tão necessárias quando nos
encontramos desviado ou se desviando do caminho, dos propósitos do
Senhor. Em toda a Bíblia é possível encontrar princípios norteadores de
conduta; confrontações quanto ao caráter e outras formas de “tratar” a
natureza humana corrupta que só não enxerga, ou não encontra quem é muito desligado ou
mal intencionado:
“Toda a Escritura é divinamente inspirada, e
proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em
justiça; Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente
instruído para toda a boa obra.” - 2 Timóteo 3.16,17
Considerando que toda a Bíblia é inspirada por Deus (gr. theopneustos =
“soprada por Deus”), não fica difícil o cristão reconhecer que a mesma
se constitui autoridade primeira e última nas tratativas relacionadas a
quaisquer que sejam as experiências humanas. Vamos destrinchar os quatro
verbos (vertidos aqui do antigo Grego “koiné” para o Português)
principais que aparecem no v. 16, os quais mostram a atividade dinâmica
da Palavra de Deus nas vidas daqueles que se permitem serem tratados por
ela.
- O primeiro verbo “ensinar”, originalmente tem a conotação
de prover instrução tanto nas questões doutrinárias, quanto nas
questões práticas da vida. Numa era em que cada um tem a sua verdade e
faz oi que quer e o que bem entende, faz todo o sentido o crente prestar
cada vez mais atenção no que diz a Bíblia.
- O segundo,
“redargüir” (o mesmo que repreender), diz respeito aos aspectos
condenatórios e (até, se necessário) punitivos dos desvios morais. Para
aqueles que pensam que Deus é como se fosse um bom velhinho estilo Papai
Noel e disposto a tolerar pecados de forma passiva, acho bom começarem a
repensar o conceito à Luz das Escrituras, não dos próprios “achismos”.
- No terceiro verbo, que é “corrigir”, está presente a ideia de
correção mesmo, mas no sentido de aprimorar, de pôr ordem ou de reparar.
A maturidade cristã se alcança na medida em que permitimos que o Senhor
Jesus coloque em ordem nossa “casa bagunçada” (nossa vida), sempre que
alguma coisa estiver fora do lugar.
Por último, o verbo
“instruir” é educar, treinar e disciplinar. Aqui é uma chamada para a
prática daquilo que é justo e reto. Andar em retidão, que é o mesmo que
andar em justiça, deve ser o ideal almejado por cada cristão – é um
grande desafio viver numa época de extrema tolerância com o erro, mas
esse é o estilo de vida ideal para quem pretende viver para Deus.
A passagem citada conclui o pensamento incitando o cristão à
“perfeição, que é o mesmo que maturidade ou completude, associada a uma
dinâmica de vida relevante e significativa através das boas obras, que é
nada mais nada menos que a fé em movimento, na prática ou nas vivências
cotidianas.
Um abraço!
- pr Aécio -
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