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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

ELES ESTÃO DECEPCIONADOS COM A GRAÇA MESMO? – O OUTRO LADO DA MOEDA (PARTE 2)


Não tenho nenhuma dúvida de que a maior parcela de culpa pela insatisfação daqueles que rejeitam as igrejas recai sobre elas mesmas. No entanto, nada justifica a rebeldia. Nada justifica a maneira como muitas pessoas que saem das igrejas passam a interpretar o próprio cristianismo baseando-se em suas experiências pessoais frustrantes ou traumáticas – o que é um enorme equívoco.
Talvez isto explique o surgimento de uma gama de igrejas personalizadas, preocupadas em atrair estes o aquele tipo de pessoa ou grupo, os quais repelem e já não querem tanto compromisso com as verdades do Evangelho, senão, uma religião self service, ao gosto do freguês.

Outro comportamento típico digno de ser ressaltado é aquele em que a pessoas passa a ser um espécie de “crente não praticante” – onde o indivíduo não se junta a grupo, igreja ou movimento algum; não migra para outra religião, porém, torna-se um crítico sagaz do Evangelho, igrejas, etc.

Ao longo de minha carreira ministerial tenho visto as maiores burrices cometidas por irmãos que, desprovidos até dos conhecimentos teológicos básicos, passam a censurar, criticar, discordar e até provocar situações de desconforto para pastores e congregações inteiras (como a maioria dos líderes de congregações já fui [e ainda sou] vítima destes comportamentos) que podem culminar, inclusive, em rachas e até mesmo no surgimento de novos grupos e/ou movimento, criando um círculo vicioso terrível, o qual ilustro assim: Pessoas insatisfeitas iniciam processos de divisão em igrejas locais, então, passam a fomentar rebeliões que arrebatam e agregam partidários que deixam estas igrejas. Para reafirmar suas ilações iniciam ou se juntam a grupos ou movimentos (muitas vezes) de outros rebelados insatisfeitos, num infindável redemoinho de rachas. Quase todas as denominações no Brasil, por exemplo, têm em suas histórias episódios como estes, até mesmo as mais recentes.

Há uma verdadeira “epidemia” de insatisfação na igreja brasileira que se origina apenas pelas flagrantes incoerências presentes em nossos arraiais, mas que também revela motivações ainda mais perversas – a igreja brasileira está vivendo um dos piores momentos de sua curta história, muito pior do que as perseguições do início. Nos primórdios, o maior problema era o que vinha de fora, a perseguição católica, etc., mas agora a maior inimiga da igreja tupiniquim é ela mesma. – pr Aécio

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