“Igrejeiro", "rato de congregação", “viciado em igreja”, “ovelhas
desgarrada”, "sem igreja", desigrejado" e outros adjetivos parecidos são
bem manjados entre nós, os evangélicos, quando nos referimos àquelas
pessoas que não param em lugar nenhum – me refiro aos lugares que
abrigam grupos organizados de crentes (igreja local, comunidade,
denominação, etc.).
Embora tenha que reconhecer que nem todos
merecem os rótulos acima, todos os anos, em quase todas as igrejas é um
entra e sai de gente que não quer compromisso ou não sabe viver em
coletividade. Gente que geralmente não cria vínculos mais profundos com a
maioria, que restringe-se a poucos contatos. Seria medo de se expor, de
que se descubra quem realmente são? Talvez.
Aqueles que se
enquadram no perfil de quem perambula sem rumo de um lado para outro são
muito seletivos. Agem com certos interesses que só o tempo vai dizer
quais são. Pensando em minhas experiências, já tive o desprazer de
conhecer alguns com interesses supostamente “ministeriais” (obreiros de
testemunhos ruins ou insubmissos, por exemplo); outros (pasmem!) com
interesses comerciais e até uns mais “assanhadinhos” interessados em
relacionamentos com meninos, meninas, homens ou mulheres. Na verdade,
são inumeráveis as motivações de quem só tem compromisso com seus
devaneios. Eles, geralmente, se instalam em lugares onde imaginam poder
tirar algum proveito – o pior é que as igrejas pequenas, supostamente
mais vulneráveis, são as que mais sofrem com isso.
Quando os
tais “igrejeiros”, etc., permanecem nos lugares onde conseguem se
inserir, logo tentam se embrenhar nos círculos de lideranças –
estratégia que quase sempre dá certo, infelizmente. Na primeira
oportunidade, buscam atrair a atenção e confiança depreciando ou
denegrindo os próprios líderes anteriores falando mal da antiga casa;
contando histórias de decepções; apontando erros doutrinários ou
teológicos e/ou litúrgicos; fazendo comparações demagógicas entre a
antiga e nova casa; etc. (como se tivessem capacidade para tal). Mas,
atenção: Tudo que fazem tem um objetivo imediato: Despertar empatia,
ganhar simpatia e confiança – uma armadilha! Outra observação que
acredito ser válida – ainda no âmbito das minhas experiências – é aquela
na qual no início observa-se nos tais uma solicitude assombrosa. Assim
que chegam participam de tudo, se oferecem a ajudar em tudo, demonstram
disposição em contribuir com tudo... Até o capítulo dois! Até que nas
primeiras falhas sejam cobrados, corrigidos ou algo semelhante. No
capítulo três alguns ensaiam algumas confusões ao serem confrontados; no
capítulo quatro fazem alguma semeadura (fofocas, dissensões, dúvidas,
críticas) os irmãos que conseguiram capturar para seu círculo de
amizades e, por fim, vão embora. Depois saem em busca de outro lugar, onde
vão reescrever o mesmo enredo perverso.
Bom, como deduzo que a
maioria dos pastores já caiu em alguma cilada protagonizada por alguma
dessas figurinhas que tiram a paz do rebanho e paz da igreja local, fica
a dica aos ministros (1) e um aviso a esses cuja missão é perturbar os
rebanhos (2):
1 – Redobrem a atenção, pois o número desse tipo de desviado cresce a cada dia.
2 – Cuidado! Uma hora a casa cai! Quanto a mim, estou de olho em vocês.
Para os demais, fica a dica encontrada na epistola de Judas:
“Estes são manchas em vossas festas de amor, banqueteando-se convosco, e
apascentando-se a si mesmos sem temor; são nuvens sem água, levadas
pelos ventos de uma para outra parte; são como árvores murchas,
infrutíferas, duas vezes mortas, desarraigadas; ondas impetuosas do mar,
que escumam as suas mesmas abominações; estrelas errantes, para os
quais está eternamente reservada a negrura das trevas.” - Judas
1.12,13.
Um abraço,
pr Aécio
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