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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

PASTORES X PASTORES: O FIM DA PICADA OU A PICADA DO FIM?



A celeuma está pronta... A panela está fervendo e o diabo contentíssimo com alguns de nossos “indigníssimos” ministros (ou sinistros) evangeliquistas midiáticos. Aliás, o tinhoso pode até tirar uns dias de folga, pois dentro de muitas das atuais denominações o que não faltam são obreiros que lhe prestem elevadíssimos serviços.
Na verdade, está se tornando cada vez mais comum entre os evangélicos no Brasil este tipo de embate protagonizado por pessoas que, movidos por avareza e vaidades pessoais, usam e abusam do poder financeiro (ou será poder de fogo?) para ameaçar, coibir e desafiar a todos quantos discordam de seus devaneios.
Acredito que todo pastor deve defender a fé que professa com unhas e dentes todas as vezes que se fizer necessário. Como pastor, não me canso de proteger o rebanho a mim confiado dos constantes ataques e perigos comuns (heresias, escândalos, etc.).
Acredito que o que não devo é concordar passivamente com a selvageria, o vale-tudo entre ministros que nem sempre estão defendendo a fé ou seus rebanhos. Estão, sim, interessados exclusivamente em salvaguardar suas imagens, seus impérios e demais interesses pessoais.

No exato momento em que escrevo este artigo, assisto aos ridículos vídeos do Youtube - (1)(2) -, onde um pastor de renome usa o precioso (leia-se caríssimo) espaço de seu programa televisivo para achacar um bispo – este o provocou, ou melhor, o atacou em seu blog chamando-o de “profeta velho”, deflagrando, então, a presente e vergonhosa batalha pública.
Entre respostas iradas, ofensas, acusações, insinuações e deselegâncias, o pastor até que tenta fazer a inserção de algumas passagens bíblicas em seu ofegante discurso. Ao usar se utilizar deste expediente para reforçar sua defesa, dá um belo tiro no próprio pé, esquecendo-se de que tem em mãos uma espada de dois gumes (Hb 4.12): Ambos são reprováveis diante de todas as passagens bíblicas que usam como munição para atacarem-se mutuamente!

As argumentações que originam o “rame-rame” entre os beligerantes ministros orbitam em torno das atuais eleições; dos assuntos pertinentes às questões partidárias e suas políticas; e de interesses pra lá de escusos que se entrelaçam num emaranhado que envolve a opção do pastor em mudar seu voto na última hora, a rede de televisão e a mega “empreja” de propriedade do bispo bilionário.

Lembrei-me do conhecido adágio que diz “quando dois elefantes brigam quem perde é a grama”. Parafraseando: “Quando ‘profeta velho’ e ‘profeta falso mentiroso’ brigam todo mundo perde”.
Não me preocupo nem com o pastor, nem com o bispo – eles vão acertar as contas com Aquele que irá julgá-los no devido tempo (Leia toda a Epístola de Judas). Lamento pelo povo, pelas pessoas que involuntariamente se tornam vítimas do fogo cruzado protagonizado por homens que deveriam lhes oferecer segurança e confiança, no entanto, proporcionam vergonhosas e decepcionantes cenas de ódio e vingança, regadas à hipocrisia de proporções farisaicas.

O que me resta, é concluir com uma inquietante reflexão pessoal, que aos poucos vai deixando de ser uma indagação, assumindo a forma de certeza: Diante do fato aqui exposto e das demais controvérsias que têm marcado a igreja brasileira nas últimas décadas, estaríamos assistindo ao fim de uma era? – pr Aécio

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