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quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

IGREJAS “LEGAIS”, COMUNIDADES “DA HORA” E OUTROS LUGARES “AGRADÁVEIS” AO PÚBLICO CONSUMIDOR DA RELIGIÃO SELF SERVICE



Nos últimos anos cresce no Brasil (e no mundo) uma ala de igrejas e comunidades que pretendem atingir públicos diferenciados, tribos e determinados segmentos sociais que possuem características peculiares – seria mais uma onda? Com templos estilizados, linguagens sui generis e demais artifícios, esta ala fideliza públicos bem específicos. À primeira vista nenhum problema, tudo bem, mas... E quando a mensagem do Evangelho se dilui na tentativa desenfreada de arrebanhar fiéis para formar nichos de crentes estereotipados? E quando as liturgias destes redutos se resumem em encontros temáticos destinados exclusivamente aos grupos, aos seus gostos e preferências, excluindo os demais? E quando a espiritualidade demonstrada por eles se torna algo extremamente individualista, baseadas na antropocêntrica filosofia “adoro Jesus do meu jeito e ninguém tem nada a ver com isso”?

Sei que este assunto causa furor – principalmente entre os mais liberais, integrantes da tal ala – mas, acho que o debate precisa ser levado em consideração com aprofundamento (e sem paixões), visto haver em nossos dias inúmeros grupos que pretende refundar ou reinventar a Igreja de Cristo, com propostas extremas que rechaçam tudo aquilo que classificam como “careta, ultrapassado, e antiquado”. Alguns grupos chegam a ser extremamente agressivos quando se referem às denominações mais tradicionais e conservadoras, além de hostilizarem todos aqueles que não concordam com eles. Pode parecer precipitação, mas as vezes penso que pretendem refundar a Igreja, ou reinventar o Corpo de Cristo!

É bem verdade que muitos líderes que investem neste segmento são pessoas bem intencionadas, que usam de alguns artifícios para se aproximar de tribos que talvez não seriam alcançadas com tanta facilidade. Porém, muitos que formam a cabeça pensante desta ala são frustrados, amargurados ou simplesmente revoltados por algum motivo ou por experiências não muito saudáveis em alguma denominação. Levantam-se entre eles verdadeiros “xiitas”, empunhando bandeiras terroristas contra todo tipo de estrutura e instituição; armados até os dentes com seus discursos piegas e ingênuos de que “igreja não é organização, mas organismo”, blá, blá, blá... – alguém põe fé em organismo desorganizado?... Nem eu!

Sei que as igrejas modernas estão grandemente comprometidas e afetadas de todas as formas. Politicagem, picaretagem, malandragem e sacanagem até. Todavia, isto não expressa a maioria; não representa a maioria, logo, julgar o todo pelas exceções pode parecer pretexto para o surgimento de movimentos esquisitos do tipo “os sem igreja”, “igreja emergente”, “igreja alternativa” e outros mais complicados e complexos que qualquer organização e estrutura... Quem aguenta?! – pr Aécio

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