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terça-feira, 7 de dezembro de 2010

VALE A PENA LER DE NOVO

O EVANGELHO DA SUPERSTIÇÃO


Tenho escrito diversas matérias que vão de encontro a muitas coisas absurdas que estão sendo pregadas em nossos dias. Não só as pregações, também muitos pregadores mais parecem vendedores de artigos utilitários do qualquer coisa.

Mas, de todas as baboseiras que se vêem em vários púlpitos e propaladas pela mídia evangélica, uma coisa deve nos chamar a atenção: a superstição que está sendo gerada nos corações das pessoas que são levadas a depositar a fé em objetos, esconjurações e ritos. Isto está gerando um problema tão grave que posso afirmar com convicção que temos mais um “evangelho genérico” instalado e atuante dentro de quase todas as denominações, o da superstição.

Milhões de cristãos passam a acreditar em objetos supostamente miraculosos (ou “ungidos” como eles dizem), sob a alegação maliciosa dos deturpadores da fé de que estes objetos são “pontos de contato” – este argumento até parece bonitinho, mas é de duplo sentido, se é de duplo sentido não é bíblico, se não é bíblico é diabólico! Absurdos como a “trombeta de Josué” (será que depois da Copa vão inventar a “vuvuzela de Josué”?) e miniaturas da arca da aliança e outras quinquilharias já estão sacramentadas. Mas são os lenços, frascos de óleos (alguns com direito a aromas) que esquentam o comércio supersticioso.

Em matéria de esconjurações (palavras ou frases com suposto poder de abençoar, amaldiçoar, proteger, etc.) a coisa está ficando feia. Livros publicados sobre o assunto é o que não faltam. Pastores escrevem sobre o assunto usando trechos isolados da Bíblias, os quais interpretam com a profundidade de uma poça de lama.
Não bastasse o estúpido bordão “Tá amarrado!”, dói nos ouvidos frase como: “Eu determino!”, “Tomo posse da benção!”, “Está quebrada esta maldição!”, “Sai inveja!” e outras não menos duvidosas.

Os rituais oferecidos para prosperidade, bênçãos e libertação são um capítulo à parte. De sessão de do descarrego” a “sessão do desencapetamento total” tem pra todo (mal) gosto. A concorrência aí fica tão evidente que as faixas parecem querer oferecer o melhor “produto” – aí o que vale mesmo é o “quanto pior melhor”.
Verdadeiros cenários se montam nos templos para induzir (leia-se ludibriar) as pessoas. Portais, sal grosso espalhado pelo chão, recipientes com água, jogo de luzes, música ambiente e outras técnicas de sugestão são exploradas ao último.
 
Desta forma, o evangelho da superstição vai crescendo e se perpetuando. Resta a quem ainda não se rendeu a estas práticas resistir, confrontar e combater. - pr Aécio

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