Guilherme Ávilla Gimenez
Publicado em 04.10.2011
Publicado em 04.10.2011
FONTE: INSTITUTO JETRO     
Há várias histórias de líderes que arruinaram  muita gente porque foram dominados pela vaidade. A vaidade é um problema  social. Muitas pessoas, em nome da vaidade, já fizeram verdadeiras  loucuras apenas para manter a aparência ou fingir algo que não são.  Outras comprometeram seu orçamento em nome da realização de um sonho ou  aquisição de um bem que, segundo elas, lhes traria grande alegria.  Algumas chegam ao ponto de comprometer sua própria saúde apenas para  mostrar que podem fazer algo sem a ajuda de terceiros.
Há muitos  líderes vaidosos. Em geral, fazem de um cargo ou uma posição a  oportunidade para exercitarem sua vaidade, ainda que isso tenha um alto  custo para seus liderados e até para a organização. Há várias histórias  de líderes que arruinaram muita gente porque foram dominados pela  vaidade e perderam a noção da realidade, da honestidade e até mesmo da  própria dignidade. Mesmo diante da impossibilidade de exercerem a  liderança, continuaram porque não queriam admitir sua fraqueza,  incapacidade ou despreparo. Conheço um deles que dizia publicamente:  "Não darei o braço a torcer. Não vou dar esse gosto de deixar meu  cargo..." Com certeza ele não é o único. Há muitos que apenas se mantêm  na liderança por uma questão de vaidade, de serem chamados de ‘líderes' e  de terem acesso a informações que liderados não têm. 
O problema  principal de líderes vaidosos é que raramente admitem seus erros. A  vaidade os cega de tal forma, que se tornam donos da verdade e começam a  criticar tudo e todos sem, no entanto, perceberem suas próprias falhas.  Esses líderes, com o tempo, vão se tornando arrogantes e  autossuficientes. A arrogância lhes serve como escudo diante de seu  fracasso, e a autossuficência é sua fuga diante de cursos, capacitação,  prestação de contas e outras iniciativas que lhes trazem confronto e  possível desconforto diante da realidade de sua fraca liderança.
Para manterem sua vaidade, esses líderes comprometem valores, ética, moral, verdade e outros elementos indispensáveis na liderança. E, quando menos percebem, incorporam o que tem sido chamado de "síndrome de lúcifer". Samuel Vieira, articulista do Jornal Contexto (Anápolis/GO), resumiu a síndrome dessa forma: "é uma obsessiva tendência narcisista. Pessoas assim não aceitam senão a primazia; gostam de holofotes, bajulação e se alimentam da glória que o fausto lhe concede. Lúcifer é show off, adora aparecer, apesar de ser um ser de sombras e penumbras, e talvez aí resida seu grande erro estratégico. Seu narcisismo é tão exacerbado que não suporta o anonimato e se revela, sendo assim desmascarado quando vem para a luz."
Para manterem sua vaidade, esses líderes comprometem valores, ética, moral, verdade e outros elementos indispensáveis na liderança. E, quando menos percebem, incorporam o que tem sido chamado de "síndrome de lúcifer". Samuel Vieira, articulista do Jornal Contexto (Anápolis/GO), resumiu a síndrome dessa forma: "é uma obsessiva tendência narcisista. Pessoas assim não aceitam senão a primazia; gostam de holofotes, bajulação e se alimentam da glória que o fausto lhe concede. Lúcifer é show off, adora aparecer, apesar de ser um ser de sombras e penumbras, e talvez aí resida seu grande erro estratégico. Seu narcisismo é tão exacerbado que não suporta o anonimato e se revela, sendo assim desmascarado quando vem para a luz."
Síndrome de Lúcifer
Líderes  vaidosos, à semelhança de Lúcifer, são narcisistas. Seu desejo de  primazia é tão intenso que acabam cometendo vários erros que determinam  seu fracasso e consequente juízo. Que perigo é ser vaidoso! Talvez seja  por isso que a Bíblia recomende com grande clareza: "Nada façam por  ambição egoísta ou por vaidade..." (Filipenses 2.3a). O texto é  enfático: nada! Qualquer ação movida por vaidade é perigosíssima.  Líderes inteligentes fogem da vaidade. E líderes comprometidos com os  valores bíblicos simplesmente a abominam. Sabem que da mesma forma que  Lúcifer foi vencido pela vaidade e se transformou em inimigo de Deus, um  líder vaidoso também pode se transformar em refém de sua própria  vaidade e colocar a perder vidas e até ministérios inteiros.
Você é  vaidoso? Tem exercido sua liderança em meio a narcisismo, obsessão,  bajulação e outros sentimentos destrutivos? É hora de abandonar a  vaidade, reconhecendo seus erros e confessando-os, bem como  corrigindo-os com um coração manso e disposto a ouvir aqueles que podem  ajudar. Em vez de manter-se em um cargo ou uma posição apenas para ser  reconhecido como ‘líder' é mais sábio ser humilde, deixar a liderança,  se necessário, e crescer em conhecimento, sabedoria, instrução, para  então, mais tarde, com humildade, poder assumir novamente a liderança.
Em  vez de "síndrome de lúcifer" precisamos seguir o exemplo de Jesus  Cristo que em humildade desenvolveu uma liderança servidora que abençoou  vidas e foi marcante o bastante para servir de exemplo a todos nós. Que  essa seja a marca de nossa liderança. Nada de vaidade e tudo de  humildade!
 

 
 
Nenhum comentário:
Postar um comentário