Translate

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

BRINCANDO DE FAZ-DE-CONTA

DE LONGE LEMBRA UMA OVELHA... MAS BEM DE LONGE

Dizem que Ghandi foi um simpatizante do Cristianismo, e que um dia pronunciou essa frase que deveria incomodar os pretensos cristãos: "Eu gosto de Cristo... Eu não gosto é de seus seguidores. Seus cristãos são tão diferentes de seu Cristo".
 A julgar pelo mau testemunho de muitas pessoas que se declaram cristãs ou crentes em nossos dias, a impressão que tenho é que há quem parece viver em uma sinistra e perigosa brincadeira, como aquela do faz-de-conta.

A propósito, como se não bastasse na vida real, temos com o advento da internet, nas suas quase indispensáveis redes sociais, a triste constatação de que o mau testemunho agora não tem só carne e osso, tem endereço eletrônico também.

Aqueles que se declaram adeptos do cristianismo, independente da linha teológica ou doutrinária que abraçam até, deveriam ter no mínimo o bom senso de querer demonstrar em suas vidas níveis de moral, ética e educação dignos da fé que alegam, ou professam ter. Porém, nem sempre é assim.

Não sei se há uma explicação simples para este “fenômeno”. Entretanto, arrisco em dizer sem querer cair no simplismo ou causar polêmicas que, o que mais prejudica o testemunho dos cristãos professos é a proliferação de igrejas e movimentos que, por mera conveniência ou oportunismo, alienam-se dos princípios bíblicos elementares, muitas vezes, transmitindo mensagens, adotando comportamentos e inventando encontros “sem compromisso”, que levam as pessoas a se sentirem confortáveis mesmo sem demonstrarem nenhum indício de transformação ou conversão.

Muitos pregadores estão tão concentrados nas pessoas que, no afã de não querer incomodá-las, manobram suas preleções de maneira que suas pífias mensagens interfiram o mínimo possível nas áreas críticas de seu público, ou então, que provoquem apenas algumas sensações ou emoções momentâneas – mexer na vida errática das pessoas, ou colocar o dedo no pecado delas jamais.

Pra engrossar o caldo, percebo que as agendas das igrejas vão excluindo os encontros de oração, de estudo bíblico e de fomento da comunhão, caindo na falácia da informalidade repleta de brincadeiras, de festas e de outras práticas informais que excluem a possibilidade das pessoas enxergarem o quanto estão comprometidas com o pecado. Isto posto, calculo que, talvez, por não se sentirem confrontadas, muitas destas pessoas continuarão circulando em igrejas e demais espaços ditos cristãos ou evangélicos tranquilamente, como se fossem cristãs mesmo, como se estivessem brincando de faz-de-conta.
               
O critério bíblico, porém, é bem diferente do que se vê hoje em dia. Nos ensinos do apóstolo Paulo, por exemplo, não há meios termos, nem brincadeiras:

“Não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbedos, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus.” – I Co 6.9, 10

Nenhum comentário:

Postar um comentário