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domingo, 22 de janeiro de 2012

CASA BAGUNÇADA


 Já notaram o desespero das pessoas quando a gente chega de surpresa em suas casas, bem naquela hora em que está tudo em desordem! De repente, surge aquela velha e batida frase: “Não repara porque tá tudo bagunçado!”. Mas, no fundo todos que já vivenciaram cena como esta sabem que nada vai passar incólume aos olhares mais observadores. Não há como não reparar, não há como negar aquilo que está bem diante dos olhos, mesmo que educadamente possamos responder com o também chavão “Imagina, não viemos aqui pra isso!”.

Bem, na verdade não quero escrever sobre casas bagunçadas.
Minha intenção é falar sobre vidas que interiormente estão em total desordem, tudo fora do lugar mesmo, e que só poderão reverter este processo quando tiverem a coragem de assumir, e a disposição de mudar tal condição.

Há casos em que a desordem exterior em certos ambientes é o exato reflexo do caos que se instalou na vida de quem os ocupa. Em outros, paradoxalmente, pode haver quem se ocupe demasiadamente com o que os outros veem, cuidando meticulosamente dos ambientes externos “pra inglês ver” *, enquanto interiormente, fora do alcance dos olhares mais aguçados, haja um coração onde tudo está fora do lugar.

Estranhamente nem todo mundo se incomoda com bagunça a sua volta, quer seja nos cômodos de sua casa ou escritório, etc.
Mais estranho ainda é saber que pode haver quem não se incomode tanto, e até consiga conviver com tudo revirado dentro de si. Porém, ninguém pode negar que nos lugares, e nos corações onde tudo está fora do lugar são inevitáveis as consequentes e frequentes sensações incômodas.
Enquanto tudo não for “arrumado”, enquanto não for colocada cada coisa em seu devido lugar, as sensações de desconforto, de inadequação, de insalubridade ali permanecerão.

Arrume sua casa! Ponha sua vida em ordem e viva bem!

- pr Aécio -
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*Não deve ter existido apenas uma origem para o surgimento dessa expressão, diz John Schimitz, professor de Lingüística Aplicada da Unicamp. Mas, segundo a maioria dos especialistas, a fonte mais provável data de 1831, quando o Governo Regencial do Brasil, atendendo as pressões da Inglaterra, promulgou, naquele ano, uma lei proibindo o tráfico negreiro declarando assim livres os escravos que chegassem aqui e punindo severamente os importadores. Mas, como o sentimento geral era de que a lei não seria cumprida, teria começado a circular na Câmara dos Deputados, nas casas e nas ruas, o comentário de que o ministro Feijó fizera uma lei só para inglês ver.

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