FONTE: Veja (Coluna Rodrigo Constantino)
A coluna
do filósofo Luiz Felipe Pondé na Folha hoje está excelente, para não
variar, e toca em um ponto fundamental da hipocrisia de nossa esquerda
caviar: o humor seletivo que toleram. São sempre adeptos do velho duplo
padrão moral, utilizam dois pesos e duas medidas.
Fazer humor com Maomé é “ofensivo” para os islâmicos, então é o
chargista dinamarquês que acaba condenado pela sanha dos “bonzinhos” –
aqueles ícones do politicamente correto. Já mexer com Jesus não tem
problema algum, pois é lugar-comum e não exige nem mesmo um pingo de
coragem – há a certeza de impunidade. Pondé diz: [...] por que alguns acham politicamente
incorreto fazer piadas com negros, índios, gays e nordestinos (e julgam
justificados processos legais contra quem faz tal tipo de piada), mas
julgam correto fazer piada com os ícones do cristianismo?
Claro, quem pratica esse tipo de
critério, com dois pesos e duas medidas, é gente boazinha e com opiniões
corretas. Defendem a própria liberdade, mas negam imediatamente a
liberdade de quem os aborrece. O nome disso é incoerência. A democracia
só vale para quem nos irrita, mas os bonzinhos não pensam assim.
Não me surpreende a incoerência dos
bonzinhos, porque o que faz alguém ser bonzinho hoje é a falta de
caráter. Ser do “partido dos bonzinhos” hoje dá dinheiro, ganha editais,
cargos no governo, fotos em colunas sociais, convites e prêmios
culturais. Identificar um bonzinho hoje em dia como resistente ao poder é
uma piada e tanto! Eles estão no poder até no RH das empresas e na
magistratura.
Atacar com o humor as religiões islâmicas, africanas, indígenas ou
budistas é indelicado, ofende as “almas sensíveis”. Atacar os cristãos é
aceitável. Pondé dá uma lista dos temas proibidos: “jornadas de junho”;
moçadinha que quer salvar o Ártico; gente que vive falando mal da
polícia, mas treme de medo e chama a polícia logo que sente sua
propriedade privada em risco; o movimento estudantil; intelectual que
glamoriza os “rolezinhos”; as feministas; ateus militantes; o exército
da salvação PSOL e PSTU; quem diz que bandidos são vítimas sociais.
Com esses grupos ninguém tem coragem de fazer humor. O time das
“minorias oprimidas” não deve ser alvo de piadas. Já o homem, branco,
ocidental, heterossexual e cristão, esse é o câncer da humanidade e
podem ridicularizá-los à vontade com piadas, de preferência bem pesadas!
PS: Justiça seja feita, já vi um vídeo ironizando as mulheres com burca, e um vídeo satirizando uma típica esquerdista caviar que descrevia o bandido como uma “vítima social”, da turma da Porta dos Fundos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário