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terça-feira, 3 de junho de 2014

CRENTE E FANÁTICO POR FUTEBOL: E DAÍ?!




 Quem me conhece sabe que não gosto de futebol.

No “país do futebol” isso soa como uma afronta – só que não. Minha postura não tem nada a ver com minha fé ou com intolerância, e quando me perguntam o “por que” respondo: Nem todo mundo gosta de jiló, ué!

Bom, mas o que quero falar mesmo é sobre o oposto do que penso e sinto sobre futebol. É sobre aquela postura exagerada de gostar tanto, mas tanto mesmo dessa modalidade esportiva, que há até quem declare de peito estufado que até “morreria pelo time do coração” - e há quem até mate também! Esses são os tais fanáticos, e eles não são poucos.

Eles protagonizam cenas ridículas sem cerimônias, gritam, pulam, falam palavrões, roem as unhas, choram, fazem caretas e podem até perder o controle se num final de campeonato seus times perderem para o arquirrival – entenda-se por perder o controle a possibilidade de alguns se tornarem violentos, depressivos, matarem e morrerem até!

A propósito, nenhuma espécie de fanatismo combina com a fé cristã, nem mesmo o fanatismo pela própria fé cristã – e acho até que quase tudo que escrevo aqui pode ser aplicado às questões da fé ou da religião. Porém, como o assunto é futebol, peço ao leitor que se concentre nisso.

Numa pesquisa rápida na internet*, encontrei o seguinte sobre fanatismo:

“A palavra fanatismo - do latim fanaticus -, que vem de fanum = templo, lugar consagrado, significa aquele que era o possuído pelo deus. Assim, fanatismo é a cega obediência a uma ideia, servida com zelo obstinado, até exercer violência para obrigar outros a segui-la e punir quem não está disposto a abraçá-la. É a intolerância extrema para com os diferentes. Caracteriza-se  como estado psicológico de fervor excessivo irracional e persistente por qualquer coisa ou tema, historicamente associado a motivações de natureza religiosa, política ou esportiva (times de futebol).

Os fanáticos possuem as seguintes características:

-  Agressividade;
-  Preconceitos vários;
-  Estreiteza mental;
-  Extrema credulidade quanto ao próprio sistema, e incredulidade quanto a sistemas contrários;
-  Ódio;
- Sistema subjetivo de valores;
- Intenso individualismo.” (1)

“De acordo com o Dicionário Aurélio, o fanático é o ser que segue de forma cega uma doutrina ou um partido, mas outros dicionários apresentam significados mais extensos, como o 'culto excessivo de alguém ou de alguma coisa; zelo religioso excessivo; paixão política; intolerância; sectarismo; exaltação exagerada; faccionismo; dedicação excessiva.' Estas conotações derivam de um ritual primitivo, durante o qual os sacerdotes que cultuavam certas divindades, como Cibele e Belona, entravam em êxtase e, neste estado, se cortavam, deixando fluir o sangue dos seus corpos.” (2)

Diante do exposto, qualquer crente fica mesmo é muito comprometido em todos os sentidos, visto que o fanatismo não tem NADA de bom em si, NÃO contribui e NÃO acrescenta algo positivo para o próprio fanático (a não ser prazeres imediatistas e egoístas) ou para os outros – em outras palavras: fanatismo é inútil, inconveniente e irritante.

Na hipótese de ser um cristão evangélico confesso/praticante, e que ao mesmo tempo se perceba fanático (para isso tem que ser muito honesto), aconselho-o a reconhecer isso como fruto da natureza carnal, típica de quem ainda não experimentou uma genuína conversão. Aconselho ainda a que seja humilde em reconhecer o quanto tem sido prejudicado e o quanto tem incomodado as pessoas ao seu redor com seus gritos, com seus palavrões, com sua irracionalidade, enfim, com seu comportamento errático, com sua falta de bom senso e com a total ausência de temperança.

Um abraço.

 - pr Aécio -

* (1) Mosaico da Psicologia (2) Info Escola

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