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sábado, 19 de novembro de 2011

MISSÕES – OS LUGARES MAIS DIFÍCEIS

DE SEREM ALCANÇADOS SÃO AS IGREJAS




Falar sobre Missões nas igrejas evangélicas de nossos dias é bater em ferro frio. É lidar com pastores indiferentes, rebanhos idem. É remar contra a maré (e as vezes contra a má fé).
Encontros, Conferências, Simpósios e outros movimentos sobre o tema geralmente se transformam numa espécie de desabafo coletivo de missiólogos, missionários, mobilizadores, líderes de juntas e agências e demais interessados pelo assunto. Independente dos temas abordados naqueles eventos, o que ouvimos são repetidas reclamações negativas, referentes à inércia das igrejas; ao clamor por mais verba; à falta de candidatos e à indiferença dos institutos bíblicos e seminários (estes, em sua maioria, são cada vez menos eficientes quanto as questões vocacionais) – já estou farto de tudo isto!

Vergonhosamente somos uma população que, segundo projeções do IBGE, já beira 50 milhões de crentes, com pouco mais de 3 mil missionários brasileiros transculturais ativos atualmente – não é escandaloso isto?! Digo vergonhosamente por não haver nada que justifique esta brecha gigantesca.

Dia destes um pastor amigo disse em sua preleção (em cerimônia de ordenação de novos pastores) que os pastores estão se tornando “um povo não alcançado”. Concordei! Muitos pastores têm corações extremamente duros para missões. Exemplo disto é que muitos deles são tremendamente benevolentes e altruístas quando o assunto é aumento de seus próprios salários, mas quando se fala em manter missionário...

Então, como vale a máxima “tal pastor, tal rebanho”, as igrejas acabam se tornando redutos de resistência a todo e qualquer expediente voltado para Missões. Há ocasiões em que os pastores nem sequer se dão ao luxo de se envolverem e participarem dos eventos missionários patrocinados por suas próprias igrejas, ficando totalmente indiferentes, se escondendo sob frases escapistas do tipo “deixa o povo trabalhar” (vale lembrar que os tais eventos missionários realizados nas igrejas são quase sempre um fardo jogado nos ombros de pequenos grupos, que enfrentam até mesmo fortes oposições de obreiros e demais lideranças locais). Outros pastores nem percebem o quanto são patéticos quanto arriscam a falar do tema, sem nenhum conhecimento ou paixão – tá na cara, tá na fala.

Não quero ser ingênuo, nem simplista, mas se quisesse explicar ou resumir a incompetência da igreja brasileira no que tange as questões em torno de Missões, diria que há um terrível tripé que compõe e sustenta a Igreja brasileira, e que dificilmente deixará de fazer parte de seu “DNA”:
1. A história de paternalismo, escrita pelos missionários estrangeiros que aqui aportaram – nos deram o peixe e não nos ensinaram a pescar.
2. A cultura “subespiritualizada”, na qual a compreensão de que somos apenas recipientes de benção, ao invés de instrumentos abençoadores, é a regra.
3. A herança católica de um cristianismo frouxo e sem expressão, que descarta o caráter sacerdotal e apostólico de cada crente.

Termino com um apelo aos pastores e crentes em geral:

"Convertam-se a Missões! Tornem vossa inércia em ação pelos povos sem Cristo! Arrependam-se dos pecados da omissão e da indiferença pelos perdidos! Chorem e pranteiem por vossos corações duros e insensatos! Parem de roubar o dinheiro que deveria ser investido para alcançar nações, o qual tem sido gasto em vaidosos templos e luxos pessoais insignificantes!"pr Aécio

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