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quarta-feira, 31 de março de 2010

LIXO, LIXO E MAIS LIXO...


As águas que trazem os últimos avivamentos e movimentos evangélicos em nosso país estão mais para águas de enxurrada, só vem lixo, lixo e mais lixo...
Quem tem acompanhado as mensagens que publico no Blog sabe que não poucas vezes reclamo e confronto as infâmias que se promovem em nome do Evangelho pelos pregadores das igrejas new wave. Pode ser que isto dê a entender aos leitores que não me conhecem que sou uma espécie de "do contra" ou rebelde sem causa, mas não é bem assim. Outro dia soube que alguns fofoqueiros desocupados disseram que gosto de falar mal de outras denominações, e que só a igreja que pastoreiro está certa... Bom, depois escrevo uma matéria exclusiva para fofoqueiros!
A questão é que considero simplesmente impossível ficar de braços cruzados e calado diante de tanta tranqueira que está sendo produzida, utilizando-se a Bíblia. Às vezes sinto-me como se estivesse numa encruzilhada entre a mídia que detona os crentes como se todos nós, evangélicos, fossêmos da mesma laia e o silêncio conivente das denominações sérias que deveriam dar um chá de "calaboca" neste homens e mulheres que estão podres de ricos às custas da fé alheia, construindo suas "pirâmides" - que chamam de catedrais e templos - magnifícas e engordando seus patrimônios pessoais e de seus familiares com jatinhos, helicópteros, fazendas e outros mimos.
Não, não pense que acho que pastores e demais líderes evangélicos devem ser pobres ou miseráveis. Mas também não sou idiota para me conformar com a ganância daqueles que enriqueceram ilicitamente com os dízimos, ofertas e contribuições que deveriam ser destinadas para finalidades mais dignas do Reino. Não posso e não devo me calar diante das empresas de fachada que se ergueram para lavar dinheiro suado de gente pobre. Escolhi ser o profeta odiado por não concordar com os burgueses que lavam o dinheiro da viúva pobre em paraísos fiscais. É mais difícil, mas é melhor ser odiado aqui do que estar na lista daqueles que serão lançados no fogo do inferno por praticar a iniqüidade (Mt 7.23).

"Digno é o obreiros de seu salário...", acredito nisto. Mas, indigno é o obreiro salafrário! A gente não pára de ver estes tipo de liderança surgindo e posando de representantes dos demais ministros evangélicos! Isto complica e confunde tudo... Socorro, não quero ser confundido com estes que estão surrupiando a dignidade do Evangelho e deturpando a fé genuína!
Não, também não pense que sou adepto da teoria de que não podemos usar os meios de comunicação em massa, com todos os seus requintes e recursos tecnológicos em prol da Causa, etc. O que acho é que eles (aqueles obreiros desprezíveis) estão chafurdando, brincando, tirando vantagens destes meios para se enriquecer e projetar igrejolas imperialistas, repletas de ensinos pervertidos que não vão ficar intactas nem uma década quando eles morrerem!
Vejam o lixo que as igrejas neopentecostais e correlatas (pode-se ler dissidentes também) produzem, por exemplo. Do ponto de vista das variedades dos patuás e talismãs evangélicos dá pra encher vários contâineres só de quinquilharia que vão da aparentemente inofensiva "rosa ungida", aos grandes cenários repletos de réplicas e artefatos judaizantes dos programas "iurdianos"! Bota contâineres nisto se for juntar todo o lixo das outras (igrejas) do mesmo ramo de comércio religioso... Iríamos precisar de um "aterro sanitário gospel" só para se livrar dos saquitéis abençoados; dos carnêzinhos espúrios; das trombetas ungidas; das réplicas do altar; dos cajados do poder; dos pulseiras milagrosas; dos lenços e das toalhinhas sujas de suor e de tantas outras patifarias não menos dejetas.
Ainda falando sobre o "calaboca", fico pasmo por duas posturas básicas em relação ao que se vê do lixo teológico e litúrgico que está sendo jogado na praça - Gente! Isto já está virando um problema de meio ambiente também! Uma delas é o silêncio, que podemos chamar também de omissão (ou medo de mexer com os coronéis neopentecostais) como já falei anteriormente, outra é a demagogia (leia-se puxa-saquismo)non sense de líderes de expressão das denominações históricas, que  vão no rabo do cometa destes fanfarrões só para comerem um pouco das migalhas que eles vão deixando pelo caminho.
O trabalhão que vai dar para limpar a sujeira que os ditos "avivamentos" estão produzindo no Brasil (e no mundo atual) só vai ser possível se um batalhão de ministros (teólogos, pastores, missonários, professores, evangelistas e outros) realmente consagrados começarem a empunhar a Palavra da verdade e começar a faxina agora mesmo! Afinal, o povão precisa saber de uma vez por todas que quase tudo o que vem sendo ensinado em matéria de milagres, curas, etc., não passa de estratégia para ganhar seguidores de homens que ficarão cada vez mais ricos, famosos e poderosos. As pessoas precisam ver desmascarados os criadores dos ensinos insanos, embutidos em pregações supostamente baseados na Bíblia. Vamos parar com a hipocrisia do tipo "vamos orar pastor, porque a obra é de Deus e Ele vai tratar"... Já basta! Se eles são ungidos, todos nós o somos! Então, o que precisamos mesmo é desmentir suas pregações nos púlpitos onde ainda se encontram homens e mulheres tementes à Deus; onde a Bíblia é honrada. Precisamos das prateleiras das livrarias evangélicas cheias de publicações que refutem ponto a ponto os enganos escabrosos constantes nas falas dos auto intitulados "apóstolos", "bispos" e outros "gurus" gospel. Precisamos esclarecer para as multidões que o milagre, a cura e as benção são resultantes do clamor sincero e comum na vida de gente acostumada a caminhar com Deus em fidelidade à Sua Palavra. Precisamos mostrar que as grandes concentrações nas grandes catedrais em avenidas famosas podem até produzir mais barulho, mas que não têm mais ou maior poder que as reuniões de oração nas igrejinhas lá do bairro da periferia ou dos cultos nos lares com dois ou três irmãos reunidos em nome de Jesus!  - pr Aécio

terça-feira, 30 de março de 2010

Mais que um Concurso: Um retorno à Palavra de Deus!
Acesse e inscreva-se: http://www.vamoslerabiblia.com.br/

VEJO MULTIDÕES COMO OVELHAS-MARIONETES NAS MÃOS DE OBREIROS FRAUDULENTOS E MANIPULADORES DE MULTIDÕES

Quando olho para as multidões que invadem os templos das igrejas dos movimentos evangélicos que mais crescem no Brasil, vejo cada uma daquelas pessoas como ovelhas-marionetes. Pessoas que estão ligadas às linhas invisíveis das maquinações de homens e mulheres que parecem tentar transformar a Igreja em um grande palco para suas bem sucedidas “emprejas”.
Creio em milagres, em manifestações sobrenaturais, em libertação e todas as outras evidências do poder de Deus. Não tenho problema nenhum com nada disto. Minha indignação é contra aqueles que usam e abusam destes temas para atrair os incautos, como se só em suas igrejas ou em suas concentrações, e sob seus comandos estas coisas acontecessem! “A mão de Deus está aqui!”, reza o jargão de um homem que está fazendo o maior sucesso entre os moribundos, desesperados ou simplesmente entre curiosos e caçadores de bençãos. Mas, a mão de Deus está em todo lugar onde invocarmos Seu nome – não necessariamente dentro de um templo, igreja ou numa multidão! Onde há fé a mão de Deus está ali!

Confesso que as maneiras como as pessoas são manipuladas chegam a me assustar e causar certa revolta. Há poucos dias, por exemplo, passei em frente a um salão onde funciona uma igreja e vi a imagem de um enorme pássaro com as asas abertas e disse ironicamente para minha esposa: “Olha um urubú em cima do púlpito!”. Ela me repreendeu dizendo: “Pára! É uma águia!”... Mas para mim, tanto faz urubú como águia, em cima de púlpito nenhum bicho diz nada com coisa nenhuma!
Nem a Bíblia mais escapa! Vender Bíblia com a promessa de vitória financeira é o fim da picada! Só falta o apresentador dizer no bom carioquês: “Aquele irmão que não adquirir esta Bíblia tá ralado!”.
Falar das promoções de livros (muitos deles de teologia dúbia) dizendo que a única intenção é “abençoar os irmãos” é estelionato, é 171! A gente sabe que no fundo tudo é muito lucrativo!

Outra coisa que vejo, e que acho uma grande covardia, é o prazer masoquista que certos fazedores de milagres têm de colocar velhinhos caquéticos para desfilarem bambeando perante seus públicos! Isto sim é cruel... E depois? E depois... Aqueles velhinhos possivelmente voltarão para suas casas de muletas, ou em cadeiras de rodas! Mas, o que vale mesmo é a autopromoção, não importa se os velhinhos foram curados ou usados como gancho para o IBOPE...
Vejo também com muita preocupação a concorrência mórbida na disputa do tipo “quem cura mais”. Penso que se vangloriar com resultados de exames médicos nas mãos e tripudiar sobre as igrejas concorrentes é mais que tosco: é obsceno!

Aborreço-me só de ouvir aquelas vozes macilentas, cheias de engano que os televangelistas manipuladores fazem-nos ouvir em seus ridículos e insuportáveis programas supostamente interessados em “pregar o Evangelho” – diga-se de passagem, quase todos os referidos programas a meu ver até contém alguma coisa do Evangelho, mas são altamente poluídos pelas induções humanas, pelas falácias das doutrinas carregadas de heresias; pelas indulgências em forma de rosa, sal e óleos; além dos indecentes carnêzinhos supostamente milagrosos e das malditas campanhas e correntes, que nos dão a nítida impressão de que o interesse é a fidelização da clientela ávida por curas, prosperidade, soluções relacionais e outras “bênçãos” – as aspas aparecem aqui por que o que muita gente pensa que é benção pode ser maldição, conforme Malaquias 2.1 e 2:

“Agora, ó sacerdotes, este mandamento é para vós. Se não ouvirdes e se não propuserdes, no vosso coração, dar honra ao meu nome, diz o SENHOR dos Exércitos, enviarei a maldição contra vós, e amaldiçoarei as vossas bênçãos; e também já as tenho amaldiçoado, porque não aplicais a isso o coração.”.

Por outro lado, me aborreço também em ver naqueles programas e conhecer pessoas que dão sinais de que gostam mesmo de ser manipuladas e enganadas, pois algumas práticas são tão medonhas que até o mais cego dos cegos pode perceber, usando apenas a inteligência e o raciocínio que algumas coisas não têm nada a ver com a mensagem de Cristo ou dos Apóstolos.
Como pode uma pessoa acreditar que é necessário tomar um copo com água supostamente abençoado por alguém que está apenas seguindo um roteiro de um programa muito bem projetado, seguindo apenas uma fórmula que “deu certo”? Aliás, aquilo é tão mecânico e tão estupidamente frio, que a gente percebe que os indivíduos já nem disfarçam mais a falsa comoção com a qual fazem o que vou chamar de “chantagem espiritual” – eles chamam de prece ou oração.

Enfim, vejo também que as pessoas não se esforçam para buscar conhecimento nas Escrituras. Aí sim, elas entenderiam que sal grosso é muito útil em um bom churrasco, mas é totalmente inútil para possibilitar a benção de Deus?
Por enquanto, vou continuar com meu inconformismo e indignação, vendo multidões de pessoas como marionetes, brinquedos fáceis de manejar sob as hábeis mãos dos empresários e marqueteiros da fé, os quais se multiplicam como uma praga em nossos dias! – pr Aécio

TREMENDO VÍDEO COM UM APELO MISSIONÁRIO

Assista até o fim e repense sua fé no que tange a sua contribução para o alcance dos povos que ainda não conhecem ao Senhor Jesus!

segunda-feira, 29 de março de 2010

VOCÊ SABE O QUE É O DIP?



O DIP é o Domingo da Igreja Perseguida, evento que acontece há 20 anos e foi criado pelo Irmão André, fundador da Portas Abertas. Esse dia tem o objetivo de unir as igrejas brasileiras a passar momentos voltados à lembrança dos cristãos perseguidos, já que estes enfrentam muitas dificuldades em nome de sua fé em Cristo. Por isso, convidamos você a organizar este evento e ser um representante da causa da Igreja Perseguida.
Por ser um dia todo separado ao propósito de apresentar a realidade vivida por cerca de 100 milhões de cristãos ao redor do mundo, várias atividades podem ser elaboradas para chamar a atenção dos membros de sua igreja.
Ano passado, 4.200 congregações participaram do DIP. Para 2010, estamos aguardando que mais igrejas estejam à frente desse importante evento de conscientização para os cristãos brasileiros.

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Nós, da Igreja Cristã Ibero-Americana já estamos dentro. Mobilize sua igreja! Cadastre-se e participe!

CONGRESSO DE JOVENS - ENCERRAMENTO

OSSOS DO OFÍCIO - V


Muitos pastores partirão para a eternidade, e outros já partiram levando consigo impressões do ofício pastoral que jamais confiariam a alguém. Então, sem nenhuma presunção, permitam-me ser a voz destes que sofreram calados, confinados muitas vezes na gruta da solidão, ou simplesmente resignados por conta da incompreensão que cerceia nosso direito de expressar os sentimentos mais secretos e mais sofridos.
Para se ter uma idéia da magnitude da solidão a que os ministros são submetidos, nem mesmo entre nós, colegas de ministério, encontramos facilmente parceiros que nos compreendam e que sejam realmente leais, confiáveis e empáticos – um exemplo claro disto vivido por mim nos últimos anos, e que figura entre minhas maiores decepções e frustrações em relação a pessoas, recai sobre quatro pastores (um deste até a presente data está afastado do ofício há vários anos), destes três deles eu mesmo conduzi e levei ao sacerdócio! Todos eles foram amigos próximos, hoje em dia são estranhos distantes, indignos de minha confiança.

Mas, verdade seja dita, percebi que ser pastor não era tarefa nada fácil logo no começo. Como não possuía o preparo adequado tive que me “adequar” aos trancos e barrancos (esta é a história de grande parte dos ministros na Igreja Evangélica brasileira que é imensamente falha, omissa e incompetente para formar seus obreiros).
Lembro-me uma série de episódios relacionados à minha saúde que ficaram gravados na memória. Ainda não tinha chegado aos trinta anos quando sofri uma espécie de pane física e mental, que resultaram em hipotensão (pressão baixa), taquicardia (alteração nos batimentos cardíacos) e hipoglicemia (baixo nível de açúcar no sangue). Neste tempo ainda dividia meu tempo entre trabalho secular e uma pequena (mas problemática como todas as outras) igreja local. Jamais teria coragem de atribuir ou relacionar aquele estado em que me encontrava à dinâmica da igreja, ou às atitudes bizarras que algumas pessoas promovem em nossos redutos. Porém, um médico me pôs a pensar seriamente sobre o assunto quando, ao me examinar, travou um rápido diálogo para ajudar em seu diagnóstico:
─ “O que você faz?”
─ “Trabalho no serviço de coleta de um laboratório.” – Respondi.
─ “Mais alguma coisa?” – Retrucou o doutor.
─ “Também sou pastor. Cuido de uma igreja.” – Resmunguei.
─ “Xi! Deixa este negócio de ser pastor pra lá. Gente dá muito trabalho!”

Ele tinha razão. Gente realmente dá muito trabalho! E como... Falando nisto, quero aproveitar a palavra “trabalho” para dizer que há uma nítida divisão na igreja, no que tange às pessoas em relação a esta palavra. Aliás, um dos maiores problemas que os pastores enfrentam nas suas comunidades está relacionado com a questão de que uma minoria é realmente engajada e trabalhadora, enquanto a esmagadora maioria é formada por meros espectadores de cultos, cujas posturas são muito semelhantes aos adeptos de qualquer outra religião – se doeu esta afirmativa é por que tinha que doer mesmo!
Particularmente divido a igreja entre os que trabalham; os que fazem algum trabalho; os que fingem trabalhar e os que não trabalham (estes últimos são os que mais dão trabalho e atrapalham). Quem trabalha alivia o fardo dos pastores – lamentavelmente esta qualidade é encontrada numa espécie de crente cada vez mais rara em nossas congregações; os que fazem algum trabalho – e que igualmente só fazem alguma falta, com toda franqueza; os que fingem trabalhar – que perdem no fingimento, mas ganham na possibilidade de algum dia cair a ficha e assumirem uma postura menos demagógica e dissimulada. Por fim, existem os que assumidamente não trabalham – estes fariam um grande favor para nós e para si mesmos, se ao menos não nos atrapalhassem e não criticassem aqueles que fazem o que eles não tem a mínima vontade, capacidade ou disposição em fazer. - pr Aécio

quarta-feira, 24 de março de 2010

DO ALCORÃO À BÍBLIA - A CONVERSÃO DE UM PROEMINENTE FILHO DO HAMAS

Forte, comovente e altamente impactante é a história da conversão de Mosab Hassan Yousef publicada por Julio Severo. Leia um trecho:

"É uma história que muitos acham difícil de acreditar, ele reconheceu.

Mas o 'segredo é bem simples', disse Yousef, de 32 anos. 'Quando o amor de nosso Senhor está no coração de um homem, esse homem age de forma totalmente diferente'.
'Eles não querem admitir isso', ele disse dos que o menosprezam. 'Se eles admitirem que o que mudou minha vida foi Jesus Cristo, isso abrirá muitas indagações, e eles não querem chegar a esse ponto'.
Ele está agora vivendo no Sul da Califórnia depois de trabalhar junto com seu pai, o xeique Hassan Yousef, na cidade de al-Ghaniya, na Margem Ocidental, perto de Ramalá. Nesse tempo, ele abraçou de forma secreta a fé cristã e serviu como um dos principais espiões do Shin Bet, agência de segurança interna de Israel.
O Hamas rejeitou as afirmações dele como propaganda sionista, mas um de seus treinadores do Shin Bet confirmou o que ele disse para o jornal israelense Haaretz. Yousef foi recrutado pelo Shin Bet em 1996 com a idade de 18 enquanto estava num prédio de detenção do Complexo Russo de Jerusalém. Ele havia sido preso depois de comprar uma arma. Sua primeira prisão ocorreu quando ele tinha 10 anos, durante a Primeira Intifada, ou 'levante', por lançar foguetes contra colonos israelenses.
No começo deste mês, seu pai divulgou uma declaração a partir da prisão israelense de que ele e sua família 'renegaram completamente o homem que era nosso filho mais velho e que se chama Mosab'.
Logo depois de declarar publicamente sua fé cristã em agosto de 2008, a Frente de Mídia Islâmica Global — ligada a al-Qaida — divulgou uma declaração classificando-o como um infiel que está indo para o Inferno e citando o profeta Maomé do islamismo: 'Matem quem mudar de religião'.

Leia texto na íntegra no Blog do Julio Severo

terça-feira, 23 de março de 2010

OSSOS DO OFÍCIO – IV

Pastores das mais diversas denominações têm caído em nossos dias, ou simplesmente desistido do ministério.
Muitas são as causas que levam um pastor a abandonar o púlpito, cometer pecados e protagonizar escândalos, porém, creio que há uma causa maior por trás destas causas: a falta de amizades, de acompanhamento, ou para ser mais atual e técnico, a falta de mentoreamento (não entender como monitoramento).
Quando um crente comum se sente tentado e pressionado a cometer pecados sabe que vai encontrar um pastor, em algum lugar que vai ouvi-lo, aconselhá-lo e orar por ele. Da mesma maneira, quando este crente sentir-se desanimado em razão das tribulações próprias da vida agitada que levamos hoje em dia vai bater na casa ou no gabinete de algum pastor – na imensa maioria das vezes. Mas, e quando o pastor se sentir atraído pelo pecado? E quando sua família estiver abalada? E quando ele estiver cheio de dúvidas e fraco na fé? Quem vai ouvir este de quem se cobra tanto, como se fosse intocável, imbatível?

Duas considerações importantes sobre este tema – ambas têm o mesmo peso de importância. A primeira diz respeito a urgente necessidade que a Igreja de nossos dias tem no cuidado integral do pastor, como pessoa, de carne e osso. Não basta apenas pagar salário para serviço integral e achar que estão fazendo tudo para seu obreiro-mor. Pastores têm necessidades que vão muito além do dinheiro do sustento. Os crentes reivindicam visitas pastorais, mas pouquíssimas pessoas nas igrejas se dispõem a visitar seus pastores para saber como andam seus filhos, esposas; sua situação física (saúde) e financeira, etc. Reivindicam também a atenção e o carinho dos pastores antes, durante e depois dos cultos, mas quase nenhuma pessoa dá atenção e carinho para estes homens que terminam os cultos exaustos, sugados até o último física, emocional e espiritualmente.
Os crentes precisam oferecer mais ajuda aos seus pastores. Alguns estão magoados com as igrejas que lhes cobram mais desempenho, mais criatividade ou mais presença, quando estes já estão a um passo da queda.
Especialmente os obreiros que estão ao redor dos pastores como auxiliares precisam se interessar mais por estes homens como seres humanos, os quais sofrem terrivelmente e guardam suas dores para si por terem a certeza de que ninguém os compreenderá se disserem que estão magoados, com medo ou com alguma dúvida – já disse anteriormente que aquela imagem que o pessoal de igrejas do tipo Universal, Internacional da Graça, Mundial ou Renascer pintam na TV são imagens falsas de obreiros, ninguém deve levar em consideração aquelas posturas caricaturais, midiáticas, achando que pastores estão sempre pra cima e de bem com a vida. Há momentos que os pastores (me incluo nesta lista) estão debaixo de tanta pressão interna e externa que querem jogar tudo para o alto, outras vezes querem se jogar com tudo lá do alto!
A segunda consideração trata das famílias propriamente ditas dos pastores. Essas famílias são altamente negligenciadas, mas, em contrapartidas são ultra exigidas e tratadas com muitas exigências preconceituosas (às vezes ridículas). Mulheres e filhos de pastores, se não tomarem cuidado, transformam-se meras extensões ministeriais de seus esposos ou pais. Há em nosso meio aquelas falas do tipo “isso porque é mulher de pastor”, “isso porque é filho de pastor”, etc., que transformam mulheres de pastores em sombras de seus maridos e fazem com que muitas crianças e adolescentes odeiem ter nascido em um lar pastoral. A solução para isto é mais simples do que se imagina: As igrejas devem tratar as famílias dos pastores da mesma maneira como gostam que eles tratam suas famílias! Basta lhes oferecer cuidado, atenção, carinho e assistência. – pr Aécio

OSSOS DO OFÍCIO - III

Na lida do ministério pastoral temos que acostumar com todo tipo de gente. Pessoas bem intencionadas, outras nem tanto. Por mais incrível que possa parecer tem quem gosta de se aproximar dos pastores com as intenções mais absurdas. Desde o clássico puxa-saco, ao interesseiro em tirar proveito para se promover em algum cargo ou função ministerial, encontramos de tudo.

Nos anos em que sirvo ao Senhor – mais da metade da minha vida – confesso que de todas as pessoas que conheci, muitas das mais perversas, falsas e traiçoeiras conheci por conviver com elas no mesmo ambiente (da igreja). Aprendi a ter medo (leia-se excesso de cautela) das pessoas de tanto ouvir juras de amizade, lealdade e companheirismo que não passavam de meras retóricas demagógicas. Aliás, nem o diabo oferece tanto perigos aos pastores como as pessoas mal intencionadas, mal resolvidas! Esta frase é muito forte? Perto do que elas são capazes de fazer nem um pouco!

Dentre estes estão alguns que vi nascer para a fé, crescer e se tornarem obreiros. Hoje não tenho nem prazer em cumprimentá-los de tanto mal que causaram a mim e ao povo que deixaram para trás sem ao menos um “tchau”! É por estas e outras que digo que, enquanto muita gente conta ovelhas para o sono chegar, a gente (os pastores) torce para que não apareça nenhuma ovelha na hora da gente deitar!

Entendo com muito mais profundidade quando a Bíblia nos exorta como pastores, a não colocarmos nossas expectativas de recompensas aqui, mas aguardar o prêmio de reconhecimento somente na eternidade. Tapinha nas costas, elogios por algum feito, festa do dia do pastor, presentes de aniversário e outras formas de nos agradar são até boas (não sou muito fã de festas), entretanto, nenhum pastor deve trabalhar motivado por isto, nem definir seus relacionamentos à partir disto, pois muitas das pessoas que estarão nestes eventos puxarão o tapete ou acusarão seus pastores na primeira oportunidade, quando forem confrontadas por causa de seus pecados, ou questionados por suas posturas dúbias. Essa é, inclusive, uma das coisas que mais me incomoda na igreja de hoje. É a falta de respeito e obediência a que os crentes deveriam prestar àqueles que trabalham para garantir seu bem estar espiritual – isto é uma epidemia.

Estudo de caso real: Há pouco mais de um ano, por exemplo, alguns membros do grupo de louvor da igreja que pastoreio foram corrigidos em razão de condutas duvidosas, os quais se transformaram numa espécie de rebeldes sem causa. Os leitores não podem imaginar a dor de cabeça, a celeuma, o tsunami que isto causou. O que parecia um rebanho de ovelhas se transformou numa manada de búfalos arrebentando o que vinha pela frente... Sobrou para a liderança, para os pastores, para a igreja e para todos quantos não concordassem com suas posições obtusas e rebeldes. Quando falei em disciplina para confrontar o caráter de uma das moças membro do grupo em questão, então, ela quase repetiu a história de Hiroshima e Nagazaki (desculpem a ironia!). Por fim, até hoje estamos (a igreja) esperando um “muito obrigado”, um “tcahuzinho”, um “a gente se vê”, mas parece que o orgulho, a insensatez ou a “burrice espiritual” como prefiro chamar algumas grosserias evangélicas, os impedem. Como se não bastasse, as tais pessoas não cansam de pixar e falar mal de onde saíram (para justificar suas saídas insensatas, é claro), fazem o possível para arrancar seus familiares e amigos mais chegados, como se fosse uma espécie de revide. Lamentável, mas estas coisas também são ossos (duros de roer) do ofício pastoral. - pr Aécio

domingo, 21 de março de 2010

AGENDA IBERO - 22 À 28 DE MARÇO DE 2010

Nossa agenda esta semana está agitadíssima! É que no final de semana (26, 27 e 28) acontece o Congresso de Jovens... Igrejas e Bandas de várias denominações, além de apresentações de teatro, danças e muito, muito mais!!!
Imperdível!

Você que acessa o Blog da Ibero e tem curiosidade em nos conhecer já está mais que convidado!

sábado, 20 de março de 2010

O MAIOR PROJETO DE ENSINO DA PALAVRA DE TODOS OS TEMPOS: A ESCOLA DOMINICAL


ESTA MATÉRIA CONSTA NO SITE http://www.cacp.org.br/

O termo "Escola Dominical" foi primeiramente usado pelo jornalista evangélico Robert Raikes, na Inglaterra, a partir de 1780, quando começou a oferecer instrução rudimentar para crianças pobres em seu único dia livre da semana: domingo, pela manhã e à tarde, pois a maioria mesmo tendo pouca idade já trabalhava durante a semana. A Escola Dominical nasceu para servir como o ensino público gratuito, orientado pelos princípios da educação-cristã, vindo posteriormente o governo britânico e de outros países a oferecer o sistema de educação pública e a se responsabilizar oficialmente por ele. O movimento iniciado por Raikes é considerado o precursor desse sistema.

Portanto, a Escola Dominical do nosso tempo náo é o mesmo do britânico inicial, mas o tipo de escola que surgiu na América do Norte muito tempo depois oferecendo um conteúdo curricular bíblico não mais objetivando prioritariamente a aprendizagem da leitura e da escrita de seus alunos e sim o conhecimento bíblico, a edificação espiritual, o discipulado e a integração e a evangelização. Por isso, a Escola Dominical é o momento especial da semana para que todos que pertencem a uma igreja local (crianças, adolescentes, jovens, adultos, incluindo os novos convertidos), primeiramente, se reúnam para estudar a Palavra de Deus de forma pedagógica e metódica, e também promovam a comunhão, o discipulado e a integração de novos crentes e a evangelização, cooperando para o cumprimento da Grande Comissão de Jesus registrada em Mateus 28.18-20.

10 Razões porque devo participar da Escola Bíblica Dominical

1. Por causa do amor a Cristo e sua Palavra. (Jo 14.21)

2. Porque é dever do cristão crescer no conhecimento de Deus através do ensino saudável das Escrituras.

3. Para que não sejamos enredados pelas heresias e desvios doutrinários do nosso tempo. (Mt 22.29)

4. Porque a igreja se desenvolve de forma relacional, comunitária e intelectual através do estudo sistemático da Palavra de Deus.

5. Porque o ensino da Palavra de Deus proporciona a elevação do nível de maturidade da igreja local.

6. Porque a Escola Bíblica Dominical é um excelente meio de evangelização.

7. Porque a Escola Bíblica Dominical é um lugar propício para a descoberta, crescimento e capacitação de novos ministérios.

8. Porque a Escola Bíblica Dominical fortalece a família promovendo o entrelaçamento dos relacionamentos familiares.

9. Porque o estudo sistemático da Palavra nos desperta a uma vida de santidade.

10. Porque a Escola Bíblica Dominical é uma profícua fonte de avivamento e despertamento espiritual para a igreja.

Pense nisso!

Pastor Renato Vargens

PARE COM TUDO E OUÇA ISSO!

Faça como eu, ponha o volume das caixas no último e ouça isso!
Perto do que vai ouvir, as mensagenzinhas daqueles programas de TV são esterco, um monte de lixo inútil mesmo!
Deus já está levantando homens que vão calar as bocas dos falsos pastores, falsos profetas, falsos missionários e falsos apóstolos que estão arrebanhando multidões no Brasil! Está chegando a hora de vermos envergonhados aqueles que fizeram da Igreja um grande negócio, que transformaram a pregação em marketing e o povo de Deus em massa de manobra... Glórias a Deus por isto! - pr Aécio

OSSOS DO OFÍCIO – II

Pode parecer uma compreensão meio melancólica, romântica e até rancorosa, mas ser pastor não é um mar de rosas. Muitos de nós convivemos (os pastores) com tristezas e decepções profundas, marcas indeléveis que carregamos com um pesado fardo. Muita gente se engana quando julga o pastor apena pelo ângulo da posição que ocupa na igreja.
Ocupar o púlpito e pregar belos sermões não são sinônimos de satisfação e felicidade. Não poucas vezes, pastores vão a tribuna com seus corações em retalhos e ali sufocam suas dores sem que ninguém perceba; aconselham pessoas carregado de dúvidas sobre si mesmo, sua família e seu futuro.
O que se vê televisão em matéria de ministério pastoral não passa de caricatura do que este ofício é realmente. Se os televangelistas parassem um pouco para pensar sobre o mal que provocam ao tentar mostrar a falsa imagem de obreiros triunfalistas e requintados, teriam vergonha de encarar seus milhares e milhares de colegas que trabalham todos os dias nas pequenas e dificultosas congregações, onde não há câmeras nem luzes... Só a ação!
Ver os pregadores da moda na telinha vociferando mensagens de triunfo e vitória financeira, diante de uma multidão de “clientes” é uma coisa, lidar com as misérias das pessoas no dia a dia é outra completamente diferente. Pregar em estádios lotados é até fácil, se comparado ao ato de ministrar para uma igrejinha de final de rua de um bairro pobre é totalmente diferente. Quem olha para o pregador de multidões pode dizer “puxa que fé”, mas cá entre nós, e por experiência própria, acho que ele não teria tanto peito, ânimo e nem paciência para encarar um minúsculo público de pessoas realmente ávidas pela Palavra de Deus. Em resumo, não gosto da maneira como os expoentes das igrejas da moda pregam, nem como se dirigem às pessoas e muito menos do estilo “celebridade” com que se apresentam – acho-os narcisistas e pervertedores das virtudes típicas do ofício pastoral em razão da arrogância, petulância e outras “ânsias” (o trocadilho foi proposital) encontradas neles.

Mas não é sobre estes “caras” (desculpem chamá-los de “caras”, mas é que eles me aborrecem!) que quero continuar falando – eles vão dar contas a Deus de suas falácias e falcatruas. Quero expor os nervos e as veias do ofício pastoral para consolar os que labutam na santa vocação; para exortar aqueles que a pervertem e para mostrar aos que estão de fora que há um lado sombrio, cinzento e nada glamoroso nos bastidores das vidas de quem foi chamado para servir como ministro do púlpito e do povo de Deus.
Na experiência do Apóstolo Paulo (apóstolo de verdade – não confundir com os “genéricos” que estão na praça) tudo o que tenho escrito tem fundamento. Ele encarnou e construiu um ministério realmente preocupado com as pessoas. Aliás, Paulo não tirou proveito das pessoas, ao contrário, fez seu ministério proveitoso para as elas; Paulo não enricou às custas das pessoas, ele as enriqueceu com sua pregação e ensino; Paulo não alcançou fama montado no infantilismo das pessoas, mas esforçou-se para que seus discípulos se tornassem maduros na fé; etc. Tudo isso ele fez com sofrimento e perseguição; com atitude de abnegação e entrega. Aliás, Paulo nos faz ver que sucesso ministerial não tem nada a ver com a venda de milhões de livros ou DVD’s, audiência e nome escrito nas fachadas das igrejas. Sucesso ministerial depende da capacidade de manter o foco nas pessoas, e de conduzi-las a uma fé segura – estas devem ser as preocupações básicas dos pastores, custe o que custar. - pr Aécio

quinta-feira, 18 de março de 2010

OSSOS DO OFÍCIO - I

O ministério pastoral é algo incrivelmente desafiador. Há um dualismo nesta experiência que só consegue entender e descrever quem viveu ou quem vive a saga daquele que foi chamado para este ofício.
Há muitas especulações e polêmicas sobre o pastorado. As especulações são resultantes da ignorância típica de quem não se imagina na pele daqueles que muitas vezes levam as cargas de muitas pessoas, enquanto não têm quem ajude a carregar suas próprias cargas. As polêmicas relativas ao ministério pastoral são próprias dos impiedosos e cruéis, e se fundamentam quase sempre sobre falhas de caráter ou pecados – por vezes podem ser meras leviandades. Tanto as especulações, quanto as polêmicas em torno do santo ofício podem surgir de fora pra dentro, ou de dentro pra fora da igreja – lamentavelmente existem muitos crentes que gostam de mandar “fogo amigo” pra cima de seus próprios pastores.
Ser pastor é um caso de amor e ódio. É mesmo! Num momento somos aclamados, amados e reverenciados. Noutro, somos execrados e hostilizados.

Pastores nunca serão figuras de consenso – eu, por exemplo, há muito me conformei com a idéia de que jamais agradarei a todos e nem me esforço para tal. O juízo que se faz sobre os comportamentos destes homens é mais ou menos assim:


• Quando são sérios, correm o risco de serem taxados de grosseiros, mas se forem muito alegres e extrovertidos, podem ser inconvenientes;
• Pastores ricos despertam a desconfiança e o estigma aproveitadores, mas se forem pobres são miseráveis;
• Quando investem na aparência e gostam da moda são vaidosos, quando não, são relaxados;
• Se a pregação é profunda, é exibicionista, mas quando prega o trivial é simplista;
• Pastores que exortam são exigentes, se mais tolerantes são covardes.

Estas e muitas outras considerações sobre a falta de consenso a que os pastores estão sujeitos, fazem daquilo que já é difícil se transformar às vezes numa missão quase impossível!
Apesar de saber lidar muito bem com essa sensação (horrível!), minha opinião é a de que ser pastor é estar em uma enorme, desconfortável e frágil vitrine. Nela somos julgados e avaliados por olhares que mais buscam motivos para a censura do que inspiração em nossos modelos de vida.

Inúmeros pastores se sentem solitários. Pouca gente consegue se aproximar do pastor e enxergar além do pastor, do sacerdote. Poucos têm a capacidade de ver que pastores precisam de amigos, de pessoas que não queiram só suas orações e conselhos – mas sim de suas companhias e amizades. As pessoas precisam tratar os pastores como seres de carne e osso, não como se fossem anjos.
Muitos pastores terminam suas pregações e as pessoas dizem “boa palavra, pastor”, “fui muito edificado, pastor”, etc. Mas eles ficariam muito mais felizes se perguntassem como anda a saúde deles, como está a sua família ou se ainda lhes prometessem uma visita pra tomar o chá da tarde e jogar conversa fora! – pr Aécio

*SÓ PARA PASTORES: SE QUISEREM COMPARTILHAR SUAS EXPERIÊNCIAS PESSOAIS, ESCREVAM-ME SERÁ MANTIDO ABSOLUTO SIGILO, SE ASSIM O QUISER. ELAS ME AJUDARÃO A COMPOR A SÉRIE DESTAS POSTAGENS E PODERÃO SE TRANSFORMAR EM UMA FORMA DE INTERAÇÃO. ESCREVA PARA am3q@uol.com.br CITANDO O TÍTULO DA MENSAGEM NO "ASSUNTO". - (pastor Aécio)

terça-feira, 16 de março de 2010

MENSAGEM DURA OU CRENTES MOLES?

É parece que hoje resolvi "pegar no pé" mesmo! Mas, é que de vez em quando alguém critica minhas pregações (meu teto também é de vidro e amo as críticas... vocês não sabem como!) referindo-se ao teor ou a forma como elas são aplicadas dizendo: "Sua pregação é muito dura!". Confesso que no início estas falas me deixavam meio pra baixo, mas depois entendi que minha pregação e meu ministério eram uma coisa só: Um chamado para chacoalhar aqueles que estão muito confortáveis na zona do conforto!

Jesus também se deparou e confrontou gente "mole" também dizendo "duro é este discurso, quem pode ouví-lo?" (Jo 6.61).
por acaso, encontrei um vídeo com o John Piper falando sobre seus escritos e qual é o tema? "O ANTÍDOTO PARA O CRISTIANISMO MOLE"... Aleluia! Que bom saber que não estou sozinho!
O vídeo está em inglês, mas a legenda resolve o problema. Por favor, são pouco mais de seis minutos. Não deixe de ouvi-lo até o fim! - pr Aécio


VALE A PENA LER DE NOVO: VOCÊ É CRENTE?

"Até o diabo é!” – esta máxima está valendo mais que nunca!

Já foi o tempo em que ser crente era sinônimo de honestidade, simplicidade e humildade (não confundir com estupidez e mediocridade). Já foi a época em que bastava dizer que o sujeito era crente para ser no mínimo poupado de algumas manifestações ou brincadeiras maliciosas, por exemplo.

Hoje em dia ser crente é ser matéria prima para piadas prontas. Nem mesmo os próprios crentes poupam seus co-participantes da fé. Nós fazemos piada com nossa própria desgraça, não é irônico?!

Não sei se a palavra certa é esta, mas a culpa recai sobre aqueles que usam das prerrogativas da sua crença para tirar proveito de determinadas situações, ou sobre aqueles que de crente só tem o nome mesmo, porém, seu proceder é mais ou menos do tipo “faça o que mando, mas não faça o que faço”.

Existem muitos crentes que não valem nada! Não valem mesmo! Dentre os que menos gosto (ou melhor, não suporto) são os de caráter dúbio; os de vida suja; aqueles promotores de contendas (vulgo “barraqueiros”); os de temperamento grosseiro; os mentirosos de carteirinha; os “traíras” por formação e mais um bocado de pessoas que se assemelham a estas péssimas qualidades desagradáveis.

Muitos crentes gostam de cuidar da aparência... Mas aparências enganam! Jesus deu uma bronca numa classe de judeus de sua época que adorava mostrar por fora o que não era por dentro: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que limpais o exterior do copo e do prato, mas o interior está cheio de rapina e de iniqüidade... Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda a imundícia.” – Mateus 23.25 e 27

O apóstolo Paulo ironizou aqueles que discursavam uma coisa, mas praticavam outra em Roma. No pensamento do apóstolo está embutida uma dura e ácida crítica sobre aquela postura tipicamente “crentesca” de julgar e condenar os outros, enquanto se mantêm práticas (públicas ou ocultas) iguais ou piores do que as que são criticadas: “Tu, pois, que ensinas a outro, não te ensinas a ti mesmo? Tu, que pregas que não se deve furtar, furtas? Tu, que dizes que não se deve adulterar, adulteras? Tu, que abominas os ídolos, cometes sacrilégio? Tu, que te glorias na lei, desonras a Deus pela transgressão da lei? Porque, como está escrito, o nome de Deus é blasfemado entre os gentios por causa de vós.” – Rm 2.21-24

Os crentes brasileiros estão celebrando efusivamente o número crescente de pessoas que abarrotam as igrejas evangélicas. Amém... Mas, número só não basta! É preciso vida transformada e condizente com a Palavra de Deus – soou meio arcaico, retrógrado ou legalista, mas é isso mesmo! De nada adianta igrejas cheias de pessoas interessadas em bênçãos, curas, milagres e outras “ofertas”, se estas pessoas não forem nascidas de novo, se não forem de fato convertidas e transformadas. Como diria determinado pastor de uma denominação respeitada no Brasil “existem igrejas cheias de gente vazia”.
Antigamente ser crente era só ser crente, sem adjetivos adicionais. Muitos hoje são conhecidos com crentes mentirosos; crentes ladrões; crentes caloteiros; crentes fornicários; crentes adúlteros; crentes falsos; crentes marginais; crentes violentos; etc. (a lista é imensa).

E você? É crente?


- pr Aécio - 

segunda-feira, 15 de março de 2010

PROGRAMAS EVANGÉLICOS DA TV, DO RÁDIO E DEMAIS MÍDIAS QUASE SEMPRE SÃO AS PIORES OPÇÕES

Não sou de todo contra os programas evangélicos de Rádio e Tv, etc., – mas, diga-se de passagem: a maioria deles são extremamente toscos, não são? Muitas das atrações evangélicas transmitidas pelos veículos de comunicação trazem músicas horrorosas, pregações idem e muita, muita apelação mesmo (principalmente quando o assunto é dinheiro e venda de livros que nem sempre trazem uma teologia confiável!).
Creio que podemos validar a contribuição evangelística de alguns ministros que se utilizam destes meios, aqueles mais esforçados e sinceros; creio também que alguns até se esforçam para edificar e suprir a carência daqueles que não tem tanta disponibilidade de ir à igreja, ou até mesmo as daqueles cujas igrejas não são muito atraentes no louvor, ou mesmo daquelas que são incompetentes no ensino e na pregação.

Se fôssemos elencar os piores programas evangélicos ficaríamos meio confusos, porque a maioria deles são as piores coisas que se têm na mídia, quer seja em horário nobre ou em horários alternativos. Por exemplo, quando me dá na telha assisto entrevistas do Jô Soares, mas nada e nem ninguém me fará jamais assistir ao tal do "Fala Que Te Escuto" de novo... Gente, ninguém merece esse negócio, é uma espécie de suicídio intelectual!
Ver alguns pastores e pastoras pregando, falando como se fossem representantes de todos os evangélicos pode chegar ao nível do deprimente – como no caso daquele que adora “angu com taioba”, que pensa ser a última bolacha do pacote e dono de franquia do poder de Deus!
Já não agüento mais a versão gospel do Sílvio Santo na Band e acho que aqueles programas da Universal são verdadeiros atos de atentado à razão e ao bom senso!
Os programas com ênfase em suas denominações e seus respectivos líderes são um caso à parte. Quando começam a elogiar suas histórias e a exaltar seus fundadores e atuais líderes... Aff!
Os responsáveis pelos eventos mais acalorados dos movimentos pentecostais deveriam ser mais sensatos e se esforçarem para não deixar, sob nenhuma hipótese ou motivo, que cenas como a de irmãos mais assanhadinhos e espirituoso fossem parar no Youtube – lembra daquele que ficou conhecido na rede como “Pastor Pilão” e outras coisas não menos bizarras? Lembra das patacoadas do Benny Hinn e de outros ministros que se sentem dotados de super poderes ao mandarem pro chão os “receptores” da “nova unção”?
Dependendo do cantor evangélico que aparece na Televisão já fico apreensivo quanto o que vão pensar de nós, os crentes. Que vocês me perdoem, caso sejam fãs, mas é um mico lascado (usando e abusando de uma das expressões de minha terra) ouvir um irmão cantar algo como “E determine, determine, determine, determine, determine, determine, determine, determine, determine...” (voz e performance horríveis), ou assistir a cantores evangélicos em programas seculares sendo acompanhados pelas bailarinas que coreografam suas baladas gospel!

Programas de rádio evangélicos de qualidade são raridade. Quem mora em Sampa vai lembrar do “Que saudade de você” (nem sei se ainda existe, mas tratava-se de um programa estilo trash, super deprê que usava de cartas enviadas pelos ouvintes e lidas com uma carga imensa de emocionalismo, para causar comoção e chororô na audiência). Pois é, existem versões evangeliquesas deste negócio por aí... E tem quem goste (fazer o que?).
Ouvir locutores por vários minutos seguidos falando em línguas estranhas, e até mesmo atenderem a telefonemas “em línguas” é algo sem explicação... É estranho! – Nem vou gastar tempo com isto.
Ouvi outro dia um em que o apresentador liberava profecias e revelações ao vivo, bastando que dessem alguns dados, como data de nascimento e RG... Complicado, né?!
Tudo bem, nem tudo está perdido. Mas tem que garimpar. Embora, dependo do lugar em que esteja, e do horário em que bata a vontade de encontrar alguma coisa evangélica de qualidade não encontrará nada proveitoso mesmo.

Quanto a mim, só me encanto e me satisfaço com a sempre generosa igreja local – suas reuniões, a escola bíblica, relacionamentos, etc. Amo o bom e velho púlpito. Gosto de ouvir as pregações compartilhando das emoções dos preletores bem de perto. Gosto de sentir o prazer que é cantar os hinos e desfrutar das músicas que são entoadas nos cultos. Prefiro os cultos nos lares e ao ar livre, onde podemos interagir e compartilhar com os irmãos. Divirto-me conversando nas pequenas rodas dos pós-cultos! Estas coisas sim fazem falta... Programas de TV, rádio e demais mídias, ainda que sejam evangélicos, nem um pouco!
Antes que venha o questionamento, caso um dia tenha a oportunidade de usar dos recursos dos quais falei, mesmo assim eles jamais serão substitutivos daquilo que afirmei gostar e amar!
Para os crentes “viciados” em TV, rádio e outras mídias, fica o conselho: Vá para a igreja! Faça do ato de congregar um acontecimento único cada vez que pisar lá! Vá para os cultos nos lares; freqüente a escola bíblica; deseje os encontros de oração; junte-se para os trabalhos de grupos, ofereça-se para os serviços etc. Isto sim é impagável! – pr Aécio

*HÁ LUGARES NO MUNDO QUE SÓ PODEM SER ACESSADOS POR ESTRATÉGIAS DE MÍDIA.

quinta-feira, 11 de março de 2010

ALGO COERENTE SOBRE O "CREPÚSCULO"


Vez por outra, sou procurado para dar alguma opinião sobre assuntos relacionados à adolescência. Não é segredo que tenho uma obra direcionada a este público, comento lições de Escola Dominical para a faixa etária e, além de ser educador, sou pai de uma pré-adolescente. O jornalista Ivan Carlos, da Revista GeraçãoJC, enviou-me algumas perguntas para a matéria de capa da nova edição do periódico. Confira minha opinião sobre a "nova febre" dos teens.

Você é pai de uma adolescente e sabe o quanto são curiosos. Como você lida com essa questão em casa?

Essa é uma pergunta bastante pessoal e, por isso, talvez não se aplique a outros casos. Em relação à minha filha, por mais que alguém ache que seja retrógrado pensar assim, ela conhece limites. Não tenho nenhum receio em dizer “não” para ela. Afinal, ela só tem 11 anos e não pode decidir (inclusive legalmente) por sua vida. Agora, é lógico, entendo que não basta simplesmente dizer “não” sem que a situação sirva de experiência, ou seja, não a deixo sem razões. A ideia de limite, disciplina ou coisa parecida, precisa ter uma função pedagógica. Assim, o “não”, geralmente é seguido de “para que”. Algo que quero deixar claro é que não educo minha filha como se estivesse em uma redoma ou bolha, pois tal empreendimento é uma fuga temporária que fragiliza, imediatamente, a vida espiritual e, posteriormente, a vida adulta. Eu e a minha esposa sempre trabalhamos bem o fato de que se Deus nos criou, Ele é quem determina como devemos viver e não as convenções sociais ou os modismos. Por isso, não temos grandes problemas com esses assuntos, pois com pouco diálogo, a Céfora logo conclui que aquilo não é para alguém que conhece a Deus, logo, não é para ela! Sinceramente, existem coisas que, a priori, ela mesma não quer nem saber. Pode estar todo o mundo inclinado para o negócio que ela faz questão de ir na contramão. Alguém poderia alegar que ela assim procede apenas para agradar aos pais, entretanto, existem aqui também duas coisas importantes: caráter e sensibilidade espiritual. São coisas que ela precisa ter, pois não dá para forjar por tanto tempo.

Qual conselho daria para os pais?

É difícil, mas procurem fazer o mesmo. Conversem com os seus filhos, tenham diálogo. Não há receita de bolo (algo que funcione exatamente da mesma forma para todos os casos). Sejam os primeiros e maiores amigos de seus filhos, sem necessariamente serem cúmplices aceitando tudo que eles fazem ou querem. Agora é claro, tudo vai depender do tipo de criação que esse adolescente teve. Entre a repressão despropositada e a restrição consciente há uma grande distância. Outro cuidado extremamente necessário de se ter é não criar o filho em uma redoma, pois quando ele se deparar com o “mundo real” (sem o protecionismo ou a blindagem moral dos pais), não saberá como se comportar.

Qual conselho daria para os adolescentes?

Ele não é cristão porque é diferente, mas exatamente o contrário. É preciso que entenda que não é ele que está errado, mas os outros é que não estão sendo o que foram criados para serem! É por isso que, desde muito cedo, entendi que não adianta ensinar um monte de regras de “pode” ou “não pode”, pois elas se desgastam. O ideal é ensinar princípios e discutir o propósito da nossa existência: “Por que existimos?” “Para que fomos criados?” Essa é a metodologia adotada na educação de nossa filha e a mesma que utilizei na ficção O Mundo de Rebeca. É altamente eficaz, esclarecedora e oferece a possibilidade de o adolescente decidir, por si mesmo, o que deve ou não fazer.

A Bíblia diz que tudo me é lícito, mas nem tudo convém. Eu pergunto. Convêm ao adolescente assistir esse tipo de filme?

Depende. Minha filha, por exemplo, assistiu o Crepúsculo juntamente comigo (Afinal de contas como é que eu iria criticar o filme ou o livro sem ter ao menos algum contato com o material?). Ela não gostou da mensagem do filme e eu fiz questão de apenas observar alguma coisa depois que ela fazia a crítica. Várias vezes ela parou o filme, e fez comentários extremamente maduros. Isso me alegra. Lamentavelmente, sei que essa não é a realidade da maioria dos lares cristãos. Assim, se os pais não possuem o costume de fazer um exercício crítico das programações televisivas e, de toda a cultura popular, é aconselhável aprofundar-se com literatura séria e, quem sabe, iniciar essa atividade a partir desses filmes. Por último, é importante observar a motivação com a qual o adolescente cristão quer assistir. Se caso a sua postura for de encanto, admiração ou mesmo simpatia, é preciso que, com o exercício crítico realizado juntamente com os pais, o adolescente cristão passe a, definitivamente, não gostar desse tipo de filme, ou seja, é preciso que ele tenha uma mudança de atitude.

Como o adolescente deve se portar com os amigos da escola, se ele não viu o filme e os amigos assistiram? Deve agradar os amigos para ser aceito naquele grupo?

Definitivamente não. Primeiro porque ele não é obrigado a ser como os demais, massificado. Para isso, volto a destacar, é importante que ele tenha tido uma boa formação familiar. Por outro lado, não recomendo que ele tenha uma postura antagonista ou legalista. Acredito que se o adolescente cristão estiver realmente preparado, pode até pregar o evangelho a partir do assunto do filme. Ele pode questionar alguém que não acredita em Deus, mas que, paradoxalmente, acredita nas ficções que envolvem ocultismo, superstições crenças e religiosidade. Tudo, repito, vai depender da capacidade e do conhecimento do adolescente cristão. Se ele foi ensinado e instruído na Palavra, é um assíduo aluno da Escola Dominical (uma que tenha qualidade, é claro), com certeza terá possibilidade de assistir, não ser influenciado e ainda usá-lo como ponto de partida para falar de Jesus.

No filme existem vários pontos que vão contra nossa crença, por exemplo, a traição. Como mostrar para o adolescente que isso é errado, pois os filmes mostram que isso é comum?

Permita-me uma correção: a traição não é apenas contra a nossa crença, mas contrária aos bons princípios que até mesmo as pessoas não-crentes possuem. Esse é outro cuidado que precisamos ter ao tratar com os adolescentes cristãos. A traição não é errada somente para quem serve a Deus, mas para qualquer pessoa! E talvez seja exatamente nesse ponto que a gente mais erra. É preciso reconhecer uma coisa: o filme e os livros sabem passar sua ideologia de forma muito criativa e sutil. O nosso problema é que achamos que as coisas certas, ou seja, os bons valores e princípios devem ser ensinados com a testa franzida, a voz grave e em tom ameaçador. Em outras palavras, significa que eu não posso ser simplista e ensinar aos adolescentes cristãos que a traição é um pecado e que sua prática leva à pessoa ao inferno (apesar de isso ser verdade). É preciso acrescentar que ser íntegro é obrigação do ser humano, independentemente de sua crença. Por isso, não canso de insistir, tudo passa pela formação familiar do adolescente. Se ele tem essa boa formação, com certeza ela se refletirá em todos os momentos de sua vida, ou seja, ela servirá como um “filtro moral”, fazendo com que o adolescente rejeite tudo aquilo que não condiz com a ética, a boa moral, os bons costumes e valores e, acima de tudo, com a Palavra de Deus.

Muitas meninas, evangélicas, começaram a sonhar (no sentido de dormir e ter um sonho) com o galã (vampiro), depois de assistir o filme. Como lidar com essa situação?

Sinceramente, não sei. Ouvi de minha filha um relato de uma colega de sua classe que estava sonhando com o Edward (vivido pelo ator Robert Pattinson). Não creio que isso tenha alguma relação com a espiritualidade ou algo equivalente. Acredito que o excesso de concentração, a fase da vida em que a imaginação encontra-se muito fértil, faz com que o muito pensar (sobre os livros) ou lembrar-se dos filmes provoque esse fenômeno. Minha recomendação é que os pais instruam as filhas (se elas assistiram as películas ou leram os livros), a não ficarem encabuladas, achando que encontrarão um “Edward” por aí, colocando a imagem dele no celular ou no computador, pois isso provoca um excesso de imagens mentais que, após irem para o inconsciente, ressurgem na forma de sonhos.

Qual o prejuízo para nossos jovens e adolescentes assistir filmes que trazem vampiros como mocinhos?

A ideologia que a trama consegue passar. Esse aspecto para mim é o mais pernicioso. O existencialismo (com sua indiferença e irresponsabilidade quanto às consequências das más ações), ou mesmo o ceticismo, aparecem em diversos momentos. Só um exemplo, tem uma cena em que Bella (a atriz Kristen Stewart) e Edward chegam ao colégio onde ambos estudam. Devido ao fato de o Edward nunca ter sido visto com garota alguma, todo mundo fica olhando para eles. Ela então diz: “― Estamos quebrando todas as regras”, ao que ele responde: “― Não tem importância, eu vou para o inferno mesmo”. O momento é supervalorizado e não a eternidade. Se as pessoas que assistem soubessem da realidade do inferno, aí sim sentiriam arrepios. A Bíblia revela algo sobre este lugar que nenhum filme de terror pode reproduzir. No entanto, da forma como a ficção mostra, o inferno pode se tornar interessante em virtude da criatividade com que toda a trama se desenrola (nos livros ou nos filmes). Não saber distinguir a realidade da ficção, no sentido de aferir as consequências de determinados atos, é algo extremamente perigoso. Se em minha época de adolescência (final dos anos 80 e início dos anos 90), o conde Drácula era assistido ― e temido! ―, no enredo da autora Stephenie Meyer, os vampiros são “legais” e atraentes, além de cavalheiros. A principal mensagem do filme é que é possível o autodomínio, a autossalvação. Os vampiros, sem a ajuda de ninguém além de si mesmos, foram capazes de dominar seus impulsos grotescos. Isso é autorredenção. Observe a mensagem para o cristão: Somente através do novo nascimento é que recebemos uma nova natureza implantada em nós através do fruto do Espírito. Na trama vampiresca, não há necessidade alguma de intervenção divina, você mesmo se autorredime!

Caso queria acrescentar algo fique a vontade.

Acrescentaria apenas que não adianta “espiritualizar”, dizendo que os filmes e os livros são um sucesso porque foram oferecidos a Satanás. É preciso que abramos os olhos para a realidade. Os livros, todos eles, indistintamente, possuem entre 380 a 580 páginas. Tem adolescente que conseguiu ler em um dia! É preciso que pensemos sobre o fato de que o adolescente gosta de ler. Acho que o que está faltando é produzir literatura que faça sentido para o adolescente cristão que vive no mundo pós-moderno. Não adianta insistir que eles não gostam de ler, quando conseguem “devorar” um livro de quase quatrocentas páginas em um único dia! É preciso que nos despertemos. Produzindo material com conteúdo cristão que faça sentido e seja interessante, instigador. C. S. Lewis afirmou certa vez que não precisamos de mais livrinhos sobre o cristianismo, mas de livros sobre outros assuntos e das mais variadas categorias literárias com o nosso cristianismo latente. Foi justamente o que tentei fazer em O Mundo de Rebeca.

Pastor César Moisés - Pedagogo, escritor, articulista e conferencista. Atualmente trabalha como Chefe do Setor de Educação Cristã da CPAD e professor da FAECAD (Faculdade Evangélica de Ciências e Tecnologia da CGADB - Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil).  

DICA LEGAL


quarta-feira, 10 de março de 2010

VEM AÍ: CONGRESSO DE JOVENS NA IBERO!

FIQUE DE OLHO NAS INFORMAÇÕES E CHAMADAS PARA ESTE EVENTO QUE VAI CONTAR COM A PARTICIPAÇÃO DE VÁRIAS IGREJAS (DE VÁRIAS DENOMINAÇÕES); BANDAS E PRELETORES DE PRIMEIRA!
COMO DIZ A EV. SIMONE "VAI SER SHOW DE BOLA!!!"

UM MÊS PARA VIVER

É o título do livro de Kerry & Chris Shook (prefaciado por Rick Warren) sobre a vida, sob a perspectiva da certeza da morte. Transcrevi um pequeno trecho da introdução - o suficiente para refletirmos sobre o que de fato é prioritário, imprescindível para viver bem enquanto vivermos. - pr Aécio

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"Seu tempo na terra é limitado.
Isso é um fato, por mais que esta idéia o perturbe. Não importa quem você é, qual sua idade, qual o grau de seu sucesso ou onde vive: a mortalidade continua sendo o grande nivelador. A cada tique-taque do relógio, um momento da vida fica para trás. Enquanto lê este parágrafo, os segundos que passam nunca serão recuperados. Seus dias estão contados, e cada um que passa vai embora para sempre.

Se você é como eu, talvez se sinta tentado a considerar essa realidade dura e inoportuna, com o poder de nos vencer e paralisar. Mas, esse não é meu propósito ao escrever este livro – aliás, é exatamente o oposto. Estou convencido de que, em vez de nos inibir e forçar a viver na defensiva, aceitar que nosso tempo na terra é limitado tem o incrível poder de nos libertar. Se soubéssemos que teríamos apenas um mês para viver, viveríamos de maneira mais diferente. Seríamos mais autênticos e teríamos mais ousadia na forma como gastamos o tempo. Mas essa reação contraditória levanta uma questão: o que nos impede de viver dessa maneira agora?
Minha motivação para encontrar a resposta – e, melhor ainda para vivê-la e ajudá-lo a vivê-la – nasceu da experiência no ministério. Nessa função, tenho tido o privilégio de passar algum tempo com pessoas próximas do fim da vida. Enquanto várias delas lutam com os diferentes estágios da agonia da morte – choques, negação, barganha, culpa, ira, depressão, aceitação -, a maioria faz mudanças radicais quando descobre sua condição terminal. Dão-se o direito de dizer o que de fato sentem e de fazer aquilo que realmente querem. Pedem perdão e perdoam. Não pensam mais apenas em si mesmas, mas procuram aqueles que amam e lhes dizem o quanto realmente significam. Assumem riscos que jamais correriam antes e deixam preocupações de lado, aceitando com gratidão cada novo dia. Parece que adquirem uma nova percepção em relação às prioridadesdes, como o relacionamento com Deus e o propósito de deixar legados que perdurem."


UM MÊS PARA VIVER - TRINTA DIAS PARA UMA VIDA SEM ARREPENDIMENTO / PÁGS. 18 E 19 - ED. MUNDO CRISTÃO

terça-feira, 9 de março de 2010

VALE A PENA LER DE NOVO

A seguinte mensagem traz uma reflexão "apimentada" sobre um comportamento horroroso, porém, muito comum entre nós: a hipocrisia. Pelo teor sempre polêmico e atual, vale a pena ler de novo!


“OBSERVANDO HIPÓCRITAS…”



Amo a Igreja, amo as pessoas da Igreja, mas detesto a hipocrisia que se encontra vez por outra em nossos arraiais. Desde muito cedo tive de aprender a lidar com os cristãos falsos e dissimulados que recheiam nossas comunidades e, sempre que podem, tornam ambientes que deveriam ser apenas de amor e comunhão em lugares de disputas, fofocas e outras perturbações do gênero. Como são terríveis os hipócritas! Eles ocupam cargos e desenvolvem funções eclesiásticas – no sacerdócio, entre os músicos e espalhando-se feito ervas daninhas em ministérios, departamentos, etc. Dê qualquer nome para eles e não será suficiente para descrever o potencial nocivo que os hipócritas possuem. Pode chamar um hipócrita de fariseu, traíra, vira-casaca ou qualquer outro adjetivo parecido que não será suficiente, pois eles são tudo isto e muito mais.

Uma definição bíblica bem simples, porém exata do hipócrita: “Um hipócrita é uma pessoa que finge e exibe uma religião sem servir a Deus de coração. Mateus 23 fala do povo que limpava o exterior da taça, mas deixava o interior sujo. Eles eram como sepulcros caiados, que pareciam belos e adornados, mas por dentro estavam cheios de ossos de mortos e imundície. Jesus disse, 'Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas, por dentro, estais cheios de hipocrisia e iniqüidade' (Mateus 23.28). Há muitos religiosos hipócritas, homens que tentam impressionar os outros com uma fina camada externa de santidade, mas se o interior for visto, ali há pensamentos impuros e motivos impróprios. A religião hipócrita não alcança favor diante de Deus. - por Gary Fisher

Viu? O hipócrita tem só uma maneira muito peculiar de praticar sua religião, ele tem sua própria religião, que é a da aparência. Assim convivi (são estas pessoas que tenho em mente agora e alguns tive o desprazer de conviver por até mais de 15 anos!) e infelizmente ainda conheço alguns que não só enganaram a mim e a igreja sob meus cuidados, mas até hoje tentam justificar sua perversão de caráter acusando, difamando e caluniando (característica sui generis). Hipócrita é um tipo de gente horrível!

Mas, há outra definição para hipócrita: “A hipocrisia é o ato de fingir ter crenças, virtudes, idéias e sentimentos que a pessoa na verdade não possui. A palavra deriva do latim hypocrisis e do grego hupokrisis ambos significando a representação de um ator, atuação, fingimento (no sentido artístico). Essa palavra passou, mais tarde, a designar moralmente pessoas que representam, que fingem comportamentos.
Um exemplo clássico de ato hipócrita é denunciar alguém por realizar alguma ação enquanto realiza a mesma ação.
O cientista cognitivo Keith Stanovich fez uma carreira do estudo da hipocrisia. Ele a vê como surgindo da incompatibilidade de tais coisas como o interesse próprio e os desejos com crenças de ordem mais alta na moralidade e na virtude. As únicas pessoas que não são hipócritas são a minúscula e talvez não-existente minoria que é tão santa que nunca se entregam a seus instintos mais básicos e o grupo maior que nunca tenta viver segundo os princípios da moralidade ou virtude. Ele dessa forma defende que os hipócritas são na verdade a classe mais nobre das pessoas.
François duc de la Rochefoucauld revelou, de maneira mordaz, a essência do comportamento hipócrita: 'A hipocrisia é a homenagem que o vício presta à virtude'. Ou seja, todo hipócrita finge emular comportamentos corretos, virtuosos, socialmente aceitos.
O termo 'hipocrisia' é também comumente usado (alguns diriam abusado) num sentido que poderia ser designado de maneira mais específica como um 'padrão duplo'. Um exemplo disso é quando alguém acredita honestamente que deveria ser imposto um conjunto de morais para um grupo de indivíduos diferente do de outro grupo.
Hipocrisia é pretensão ou fingimento de ser o que não é. Hipócrita é uma transcrição do vocábulo grego 'hypochrités'. Os atores gregos usavam máscaras de acordo com o papel que representavam numa peça teatral. É daí que o termo hipócrita designa alguém que oculta a realidade atrás de uma máscara de aparência.” – Wilkipédia

Pela convivência e decepcionantes experiências com a hipocrisa de algumas pessoas que conheci ao longo de minha vida cristã, desenvolvi uma espécie de "faro" que hoje me ajuda a detectar um potencial hipócrita – não é nada científico, nem sempre acerto 100%, mas tem ajudado e me prevenir das noites mal dormidas, dos acessos de raiva e outros sentimentos nada agradáveis. Este "faro" na verdade, é fruto das amargas experiência (como já disse) e das observações daquilo que chamarei de "sinais", ou "códigos" comuns emitidos pelos hipócritas. Eis alguns:

1. Demagogia – Todo hipócrita é puxa-saco, mas todo cuidado é pouco porque sempre agrada pela frente, censura, critica e tripudia por trás.
2. Dissimulação – O hipócrita é adepto da postura do Chaves – sempre faz as coisas “sem querer querendo”.
3. Politicagem – Todo hipócrita é um bom articulador, por conveniência e por necessidade, pois gosta de se meter em qualquer questão, mesmo sem ser convidado.
4. Solicitude – Hipócrita é aquele que tem por hábito prometer mundos e fundos, e de se comprometer a realizar coisas sem ter a capacidade ou disposição de fazer um décimo do que propõe.
5. Covardia – O hipócrita é o covarde por excelência, pois foge da confrontação como o “diabo foge da cruz”, escorrega como quiabo quando o assunto é colocar as questões em pratos limpos.
6. Dupla (ou tripla) personalidade – O hipócrita tanto pode evidenciar nos primeiros momentos seu poder de camuflar os sentimentos e preferências, como pode escondê-lo por longos períodos.
7. Inconstância – Na maioria das vezes o hipócrita é extremamente instável e, movido por sua volubilidade, se desloca procurando outro território para ludibriar novos incautos ou novos grupos, sempre que for desmascarado ou se achar ameaçado.
8. Vingança – Hipócrita de carteirinha não tem nenhum escrúpulo quando decide liquidar aqueles que são contrários às suas práticas perversas. Ameaçam, mentem, criam boatos, etc.
9. Pieguismo – Quando um hipócrita se vê sem saída, pode usar truques apelativos do tipo chorar, contar misérias pessoais ou colocar suas “boas ações” na mesa para lançar uma cortina de fumaça.
10. Egocentrismo – Além de si mesmo, o hipócrita não ama e nem perdoa a ninguém – por isso é o que é. Ele descarta as pessoas como descarta lixo.


Vou continuar amando a Igreja e as pessoas da Igreja, mas continuar detestando e repudiando a hipocrisia! Não tenho medo de hipócritas, nem da hipocrisia deles, no entanto, vou continuar a evitá-los onde quer que os encontre; quando depender de mim, farei o possível para não dividir o mesmo espaço e ambiente onde os tais estiverem. Afinal, a cura da hipocrisia depende do arrependimento sincero e decisão espontânea para a reformulação de hábitos, conceitos e posturas que afetam os indivíduos que assim procedem - o que nem sempre acontece. - pr Aécio

segunda-feira, 8 de março de 2010

A IGREJA QUE DEUS JAMAIS DESEJOU - PARTE 4

A igreja que Deus jamais desejou é auto centralizada. Nela, a palavra omissão é insuficiente para definir a postura daqueles que transformaram a Grande Comissão em “grande omissão”. Nela o que antes era o povo do caminho (At 19.23 e outras refs.), se ajunta o “povo do cantinho”. Nela, os outrora chamados para fora estão cada vez mais voltados para dentro, acomodados fisicamente, “sentados eternamente em bancos esplêndidos”; acomodados espiritualmente ao som das pregações chulas de prosperidade e outras efemeridades; acomodados emocional e sentimentalmente pelos hinos-mantras que mais abalam os tímpanos do que o inferno!
Missões e evangelização na igreja que Deus jamais desejou não é prioridade – é opção de agenda quando convém. E, mesmo quando há surtos de missões e evangelização, tudo o que se faz, faz-se na base do proselitismo barato, com ênfase no que batizei de “igrejismo”; faze-se com a característica peculiar da concorrência do livre mercado (de igrejas e da fé).

Poucos crentes sabem que a igreja evangélica em nosso país conta com algo em torno de três mil missionários transculturais espalhados pelo mundo. Isto, se comparado ao oceano de crentes atualmente no Brasil, é uma gota. Com licença, mas devo ressaltar que o que se gasta com missões por aqui é uma verdadeira miséria, se compararmos os gastos astronômicos com organizações de congressos e demais eventos que são ótimos para produzir barulho e atrair mídia, péssimos, porém, para produzir frutos para a eternidade.
O que me constrange é saber que em nosso Brasil evangélico valoriza-se muito mais a cantores e preletores nacionais e internacionais, pagando verdadeiras fortunas a eles para entreterem públicos de crentes ávidos por “novidades gospel” – perdoem-me a franqueza mais o que tem de lixo sendo cantado e pregado por aqui não é brincadeira. Em contrapartida, como são desvalorizados aqueles que abortaram seus próprios sonhos para realizar o “grande sonho” de Deus, que é de ver todas as nações da Terra alcançadas para Sua glória.
Nossos missionários são muitas vezes tratados como mendigos, ainda insistindo na comparação com os VIP’s da elite gospel nacional e internacional. Aqueles, em muitos casos, quando muito, recebem “ofertinhas”, arrecadações resultantes de bazares ou festas beneficentes, estes grandes e vultosos cachês. Aqueles, humildes como são, hospedam-se nas casas de quaisquer irmãos que lhes abrirem as portas de suas casas, estes outros exigem acomodações à altura de seu sucesso. Aqueles comem o que lhes oferecerem, estes escolhem o cardápio. Aqueles não reclamam se tiverem de andar de Fusca ou Kombi, estes exigem ar-condicionado. Aqueles servem ao Reino, estes se aproveitam da fama.
Incluo neste “pacote” os salários altíssimos destinados aos pastores em várias igrejas que, se comparados às ofertas mensais de próprios missionários, estas não passam de gorjeta. Salários superfaturados e quantias absurdas mais têm contribuído para transformar estes homens em profissionais de tribuna do que qualquer outra coisa. Sei que podem me odiar por isso, mas na igreja que deus jamais desejou os pastores e lideranças são empregados bem pagos, enquanto na Igreja-Noiva, eles são servos gratos e obedientes ao seu chamado.

Outro aspecto não menos intrigante na igreja que Deus jamais desejou é o fato dos gastos com as construções dos templos faraônicos, nos quais os gastos são astronômicos. Aí, sim é que gostaria de saber quais serão as explicações que os grandões das lideranças darão ao Senhor, no dia da prestação de contas. Como justificarão investimentos absurdos em templos luxuosos e requintados, símbolos de suas extravagâncias, em detrimento às necessidades de investimentos em projetos missionários estratégicos, ou da implantação e manutenção de projetos comunitários tais como escolas, creches e outros serviços comunitários.

domingo, 7 de março de 2010

AGENDA IBERO - 08/03 A 14/03/2010

Não perca esta semana... Além de todas as programações, teremos ainda: Vigília e Ceia do Senhor!
Você que já é membro da Ibero venha prestigiar nossos cultos semanais, que estão cada vez melhor!
Presenteie-nos com sua visita, você que está na Zona Leste de São Paulo!

A IGREJA QUE DEUS JAMAIS DESEJOU – PARTE 3

A igreja que Deus jamais desejou é marcada por escândalos promovidos na maior parte das vezes por aqueles que deveriam ser exemplos dignos de ser imitados. Paulo escreveu aos crentes de Corinto para que fossem seus imitadores, assim como ele imitava a Cristo (I Co 11.1) – muitos cristãos e líderes cristãos em nossos dias mais causam vergonha que honra! Jesus deu um recado muito pesado para os promotores de escândalos: Seria melhor que vocês amarrassem uma pedra bem grande no pescoço e se atirassem em alto mar, antes de escandalizar qualquer um que creia em mim (esta é uma livre interpretação de Marcos 9.42; por favor, não cometa suicídio, converta-se!).
Os mártires da igreja que Deus jamais desejou são contraditórios, polêmicos, obscuros, melindrosos, narcisistas e outros adjetivos não menos funestos. Eles protagonizam cenas e casos bizarros sem remorso e sem pena de quem irá se frustrar com suas demonstrações megalomaníacas.
Muitos dos mártires da igreja que Deus jamais desejou se orgulham de seus pecados e de suas conquistas duvidosas – para eles Deus é escravo de seus prazeres. A Igreja para estes é um meio de se manterem no pedestal e no domínio de pequenos impérios. Arrependimento para os tais é argumento para os mais fracos. Humilhar-se, então, impossível, visto que ditam e são a lei, mesmo vivendo sem ela!

Ser mártir na igreja que Deus jamais desejou é ser lançado na arena da mídia; é ser perseguido por papparazzis algozes ávidos pela execução pública do povo de Deus; é ser alvo de críticas e não ter argumentos para se defender; é ser réu e não poder contar com a defesa daquele que é Advogado por excelência: Jesus.

Diferentemente dos mártires cristãos da antiguidade que morriam pela e em nome da fé, os mártires na igreja que Deus jamais desejou são capazes de ir até as últimas conseqüências em nome do status quo, do poder e de seus pequenos impérios. Aqueles deixavam seus bens temporais em busca daquilo que é eterno e mais valioso, estes agarram-se com unhas e dentes aos seus cargos, títulos e fortunas. Aqueles amavam o Senhor acima de suas próprias vidas, estes são “...amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela...” (II Tm 3.2-5).

sábado, 6 de março de 2010

A IGREJA QUE DEUS JAMAIS DESEJOU – PARTE 2

Dois assuntos intrigantes gostaria de enfocar nesta parte. O primeiro trata das disparidades absurdas que podem ser constatadas entre as denominações cristãs evangélicas, as quais podem confundir e chocar até a nós mesmos. A segunda vai de encontro a um dos temas mais controversos, dentre todas as controvérsias que fazemos o possível para esconder em nossos armários de hipocrisia: a unidade.
Liturgias centenárias, ritos alienados de fundamento bíblico e demonstrações performáticas vazias do Espírito e cheias de emocionalismo transformam igrejas de todo o mundo em nichos atraentes para determinadas e específicas preferências. Denominações inteiras se erguem sobre fundamentos frágeis, como o da lei da oferta e procura – e prosperam. É fato notório que existem igrejas modernas querendo público que lhes rendam clientes, não salvos. Isto explica, inclusive, a multiplicidade denominacional observada principalmente no mundo livre. A onda da igreja à moda da casa já está sacramentada e arraigada de tal maneira que até mesmo os crentes ficam confusos ao se depararem com certas mensagens, louvores e estilos de cultos - imagine então como fica a cabeça do não crente!
Em determinada denominação é possível assistir em tempo real a uma entrevista com um suposto “encosto”; noutra a banda entra no palco (antigo púlpito) sob uma simulação de fumaça e jogo de luzes, como aqueles efeitos verificados em shows artísticos.
Se insistir na peregrinação em busca da “verdade”, é possível que uma pessoa sequiosa pela verdade entre em um lugar e se depare com uma multidão segurando garrafinhas de “água ungida”, esperando a benção final do pregador messiânico. Mas, se esta mesma pessoa quiser tirar a prova dos nove, poderá ouvir outro pregador, em outro lugar, empunhando a mesma Bíblia que foi usada para justificar a fé de quem se utiliza daquele artifício, afirmando em alto e bom tom que depositar a fé em garrafinhas com água supostamente ungidas é paganismo, e que pregadores messiânicos se multiplicam feito uma praga em nossos dias. Estas e outras variantes fazem com que a igreja que Deus jamais desejou se revele de maneira cada vez mais intrigante, confusa e polêmica. Nela não há consenso, nem meios termos, pois cada um tem e prega seu próprio evangelho; cada um tem seu culto e quem quiser que faça sua escolha.

Unidade? Em segundo lugar, na igreja que Deus jamais desejou a unidade não é um assunto muito importante. Aliás, há que se assumir perante toda a opinião pública que a igreja evangélica no Brasil e em grande parte do mundo não sabe o que é e nem procura de fato vivenciar a unidade. Há surtos de unidade, eventuais, sazonais – poderia dar exemplos, mas no momento não vem ao caso.
A comunicação entre as denominações, por exemplo, se processam quase sempre em esferas formais, orbitando em torno de interesses muito peculiares e particulares. “Quanto e o que ganho com isso” é a filosofia que norteia os chamados “congressos”, “conferências” e demais eventos que presunçosamente chamamos de eventos para a unidade da igreja. No geral, nada sai de graça!
A chamada “unidade” pode ser a maquiagem-plataforma para conchavos políticos ou o expediente útil para a projeção de um novo (muitas vezes patético) artista gospel, banda ou outra novidade qualquer; pode ser a oportunidade de arrecadação financeira para algum "projeto vindo de Deus" (muitos destes jamais beneficiarão de forma direta aos membros das igrejas), ou a simples demonstração do poder de atração que determinadas lideranças exercem sobre o povo.
Na Igreja-Noiva, a unidade não é forjada pelos mórbidos interesses humanos, é confirmada pelo amor, amor sacrificial. - pr Aécio

Qual é a sua igreja? Será que você faz parte da igreja que Deus jamais desejou?