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quarta-feira, 20 de julho de 2016

NEM CÉLULA, NEM CELULITE

Existe um fascínio terrível pelas novidades que os movimentos de crescimento de igreja propõem - e isso já não é novidade. É cada coisa mais bizarra que a outra! As igrejas brasileiras estão infestadas de babaquices novidadescas desnecessárias. São fórmulas mágicas de multiplicação que enchem os olhos dos pastores que só pensam naquilo: NÚMEROS e OSTENTAÇÃO. Relatórios com um certo número de "células" espalhadas pelos bairros, frequentados por tantos "fiéis", que gerem um tanto de dinheiro e que encham com um tanto de eventos mirabolantes (alguns ridículos, desculpem!) pra cativar a galera... Aff! Meu Deus, meu Deus... Quantas invencionices nesses redutos que se multiplicam, se multiplicam, se multiplicam e assombram os ministros e ministérios sérios, feito as indesejáveis celulites que assombram em especial as mulheres!

O tanto de heresias que isso está produzindo é impressionante! O tanto de "líderes" desprovidos de preparo, convicção de chamado ou vocação para o ministério, então, só Jesus na causa!

Outra coisa, sinceramente acho que nesse negócio estão confundindo "koinonia" com "koinonite"... Afinal, comunhão não tem muito a ver com muita ou pouca gente, se estamos num espaço grande ou pequeno, se na casa da irmã Mariquinha ou num imenso salão ou templo. Comunhão tem a ver com uma vida rendida a Cristo e com o fato de ser ou não parte do Corpo d'Ele, a Igreja.

Mas, querem saber o que mais me incomoda? É ver o pessoal que está hipnotizado por esses movimentos acharem que eles descobriram o fogo ou inventaram a roda. Mais ainda, me incomoda perceber que pra muitos deles, nós que optamos por não entrar, não concordar e não aceitar tais "movimentos" somos arcaicos e nossas igrejas obsoletas, ultrapasadas e fadadas ao desaparecimento. Mas não tem nada não... Nada como o tempo pra mostrar que modismos acabam enjoando com o passar dos dias, meses ou poucos anos, enquanto as tradições tendem a resistir séculos e séculos.

Pra terminar, sou conservador, sim. Sou tradicional, sim. Não gosto de modismos, não. Não dependo de novidades também não. Amo a simplicidade do Evangelho e a delicadeza sutil da Noiva de Cristo. Não suporto o "evangelho ostentação" e nem me deixo levar pela extravagância das novas propostas pseudo evangélicas.

Faz tempo que isso estava engasgado. Pronto falei!

Que Deus abençoe Seu povo.

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