E A MOBILIDADE EXAGERADA
Publicado em 12/07/2011
Fonte: http://institutojetro.com
A fórmula monástica básica Ora et Labora (Oração e trabalho) ajudou a formar a consciência de que vocação, serviço e dedicação a Deus durante o III e IV séculos, era algo sério entre os cristãos. Um dado interessante da vivência monástica era o esforço pessoal de cada monge em copiar o livro dos Salmos para conseguir orar com toda a comunidade.
Além dessa "obrigação" de copiar os Salmos, havia um "voto de estabilidade", onde se comprometiam a não abandonar o convento em que tinham ingressado. Medidas assim, como um esforço pessoal de leitura e escrita bíblica, a fim de orar com a comunidade e, um compromisso, a fim de evitar aquilo que Trevisan chamou de "época de sobressaltos e mobilidade exagerada" , ajudaram a estabelecer uma disciplina e espiritualidade que marcaram época!
E a nossa espiritualidade cristã contemporânea? Quais são suas marcas e influências na sociedade de consumo hipermoderna? Não estaríamos vivendo uma "mobilidade exagerada"? Será que não ajudaria uma releitura bíblica de "todos" os salmos (e não apenas alguns) a fim de desenvolvermos uma vida de oração menos utilitarista e individualista? Uma espiritualidade mais condizente com a piedade do reino de Deus é compatível com mobilidade sem limites?
De volta aos conventos?
Não estamos propondo um retorno aos muros medievais ou mesmo um engessamento acrítico das estruturas que impedem a leveza e a mobilidade do Espírito entre nós. Contudo, cremos que estamos com mobilidade excessiva e leveza insustentável! Há muitos "itinerantes espirituais" entre nós, fugindo do confronto com suas carnalidades aqui e acolá, avessos a prestação de contas e da necessária submissão as autoridades como convém aos santos e as santas.
Não precisamos de novos conventos e nem de inéditos eventos para defender a igreja ou o nome de Deus. Precisamos sim, voltar nossos olhos para a Palavra e para a História da Igreja e, num processo crescente de revisão e reflexão, resgatar os valores perdidos do Ora et labora e do pacto da mobilidade não exagerada.
Além dessa "obrigação" de copiar os Salmos, havia um "voto de estabilidade", onde se comprometiam a não abandonar o convento em que tinham ingressado. Medidas assim, como um esforço pessoal de leitura e escrita bíblica, a fim de orar com a comunidade e, um compromisso, a fim de evitar aquilo que Trevisan chamou de "época de sobressaltos e mobilidade exagerada" , ajudaram a estabelecer uma disciplina e espiritualidade que marcaram época!
E a nossa espiritualidade cristã contemporânea? Quais são suas marcas e influências na sociedade de consumo hipermoderna? Não estaríamos vivendo uma "mobilidade exagerada"? Será que não ajudaria uma releitura bíblica de "todos" os salmos (e não apenas alguns) a fim de desenvolvermos uma vida de oração menos utilitarista e individualista? Uma espiritualidade mais condizente com a piedade do reino de Deus é compatível com mobilidade sem limites?
De volta aos conventos?
Não estamos propondo um retorno aos muros medievais ou mesmo um engessamento acrítico das estruturas que impedem a leveza e a mobilidade do Espírito entre nós. Contudo, cremos que estamos com mobilidade excessiva e leveza insustentável! Há muitos "itinerantes espirituais" entre nós, fugindo do confronto com suas carnalidades aqui e acolá, avessos a prestação de contas e da necessária submissão as autoridades como convém aos santos e as santas.
Não precisamos de novos conventos e nem de inéditos eventos para defender a igreja ou o nome de Deus. Precisamos sim, voltar nossos olhos para a Palavra e para a História da Igreja e, num processo crescente de revisão e reflexão, resgatar os valores perdidos do Ora et labora e do pacto da mobilidade não exagerada.
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