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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

O CASO ELOÁ: QUE HORROR!

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Era 13 de Outubro de 2008, e estava num quarto de hotel, durante o intervalo de uma conferência missionária, quando liguei a televisão enquanto os trabalhos não reiniciavam. Dei de cara com a chamada de “EXCLUSIVO” (que de exclusivo não tinha nada) no canto da tela, num daqueles programas onde apresentadores às vezes narram flagelos do nosso cotidiano como se narrassem uma partida de futebol. Logo me interessei pelo assunto, acompanhando-o nos demais intervalos, e assistindo ao que todo mundo viu: O desfecho de um romance que terminou em tragédia!

De imediato, fiquei horrorizado ao saber que o que motivou o rapaz de 22 anos a cometer esta barbárie foi o rompimento do relacionamento com a Eloá, iniciado quando esta tinha apenas aos 12 anos – uma criança!
Não menos assustador, foi saber que ao todo eram quatro jovens potencialmente candidatos à morte eminente, mantidos em cativeiro sob a mira de um revólver – os outros três jovens (dois meninos e uma menina) eram amigos de da Eloá, com os quais se reunia para um trabalho de escola.

Foi um horror ver o sofrimento da mãe gritando “Vem minha filha, vem!”, e o pai desmaiado, sucumbindo ao poder da descarga emocional. Depois fiquei horrorizado por saber que este se tratava de um (também!) assassino procurado.

A cada cena que tive oportunidade de assistir, durante as quase 100 horas do cativeiro, crescia em mim a sensação de que as coisas não terminariam nada bem.
Com a saída dos três amigos de Eloá, quis acreditar que poderia estar errado, e que a despeito do sentimento pessimista, no fim o rapaz libertaria a moça e se entregaria à polícia. Entretanto, pouco tempo depois, aquela sensação ruim voltou a crescer quando Nayara, a amiga que já havia sido libertada voltou para dentro do apartamento a pedido da polícia, para “ajudar” nas negociações.

A horrível fala do rapaz em rede nacional, onde afirmava que escutava – em outras palavras – um “anjo” e um “capetinha”, falando em seus ouvidos o que devia ou não fazer, e que o “capetinha estava vencendo”!

Arrisco em dizer que todos os que formaram a audiência, por qualquer que tenha sido o meio, se sentiu horrorizado com as cenas da Eloá na janela de seu cativeiro soltando a “tereza”* para puxar comida, ou quando simplesmente aparecia pedindo calma. Não menos apavorantes eram as entrevistas por celular, com as falas desencontradas do rapaz que, de tanto amar (?) se dispunha a matar a quem declarava amar, e depois se matar ao vivo!

Enfim, fiquei chocado ao ver o desfecho que chocou os milhões que assistiram as cenas da jovem amiga ensanguentada, alvejada no rosto, e da Eloá, martirizada na flor dos anos. Foi como assistir a mais um daqueles filmes previsíveis que terminam deixando a gente revoltado – acho que a maioria de nós já assistiu a um filme que classificou de “horroroso”, só porque não terminou como gostaríamos. Pois é, foi horrível ouvir o som da bomba na porta, aqueles tiros... Ver a correria da polícia, dos paramédicos; o desespero dos familiares e do público que estava nas imediações do prédio, etc.

Que horror a notícia oficial da morte da menina... Que horror!

Hoje, três anos depois, e acompanhando o desfecho do longo julgamento do algoz de Eloá, aquelas cenas de horror voltaram a ocupar quase todas as mídias, como naqueles sonhos ruins em que a gente acorda e volta a sonhar de novo. Mas, que horror: Não foi um sonho, não é um sonho, é vida real... Foi morte na vida real, é morte na vida real!  -  pr Aécio
[“corda improvisada com lençóis ou cobertores, usada para fuga ou como meio de comunicação” (Dicionário Houaiss)]

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