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terça-feira, 21 de janeiro de 2014

O HUMOR SELETIVO DOS "BONZINHOS"

FONTE: Veja (Coluna Rodrigo Constantino)

 

A coluna do filósofo Luiz Felipe Pondé na Folha hoje está excelente, para não variar, e toca em um ponto fundamental da hipocrisia de nossa esquerda caviar: o humor seletivo que toleram. São sempre adeptos do velho duplo padrão moral, utilizam dois pesos e duas medidas.

Fazer humor com Maomé é “ofensivo” para os islâmicos, então é o chargista dinamarquês que acaba condenado pela sanha dos “bonzinhos” – aqueles ícones do politicamente correto. Já mexer com Jesus não tem problema algum, pois é lugar-comum e não exige nem mesmo um pingo de coragem – há a certeza de impunidade. Pondé diz: [...] por que alguns acham politicamente incorreto fazer piadas com negros, índios, gays e nordestinos (e julgam justificados processos legais contra quem faz tal tipo de piada), mas julgam correto fazer piada com os ícones do cristianismo?

Claro, quem pratica esse tipo de critério, com dois pesos e duas medidas, é gente boazinha e com opiniões corretas. Defendem a própria liberdade, mas negam imediatamente a liberdade de quem os aborrece. O nome disso é incoerência. A democracia só vale para quem nos irrita, mas os bonzinhos não pensam assim.
Não me surpreende a incoerência dos bonzinhos, porque o que faz alguém ser bonzinho hoje é a falta de caráter. Ser do “partido dos bonzinhos” hoje dá dinheiro, ganha editais, cargos no governo, fotos em colunas sociais, convites e prêmios culturais. Identificar um bonzinho hoje em dia como resistente ao poder é uma piada e tanto! Eles estão no poder até no RH das empresas e na magistratura. 

Atacar com o humor as religiões islâmicas, africanas, indígenas ou budistas é indelicado, ofende as “almas sensíveis”. Atacar os cristãos é aceitável. Pondé dá uma lista dos temas proibidos: “jornadas de junho”; moçadinha que quer salvar o Ártico; gente que vive falando mal da polícia, mas treme de medo e chama a polícia logo que sente sua propriedade privada em risco; o movimento estudantil; intelectual que glamoriza os “rolezinhos”; as feministas; ateus militantes; o exército da salvação PSOL e PSTU; quem diz que bandidos são vítimas sociais.

Com esses grupos ninguém tem coragem de fazer humor. O time das “minorias oprimidas” não deve ser alvo de piadas. Já o homem, branco, ocidental, heterossexual e cristão, esse é o câncer da humanidade e podem ridicularizá-los à vontade com piadas, de preferência bem pesadas!

PS: Justiça seja feita, já vi um vídeo ironizando as mulheres com burca, e um vídeo satirizando uma típica esquerdista caviar que descrevia o bandido como uma “vítima social”, da turma da Porta dos Fundos.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

(DESFAZENDO) O MITO DO PASTOR PERFEITO




Já escrevi muito, e algumas vezes de forma confessional, sobre as mazelas do ofício pastoral.

Desprovido de qualquer paixão ou ressentimento, tenho como premissa a ideia de mostrar às pessoas que leem minhas matérias que nós, os pastores e ministros evangélicos, somos pessoas comuns em todos os aspectos. Ainda que alguns colegas queiram posar de “anjos” e outros de “semideuses”, somos de carne, ossos e imperfeições.

Uma das coisas que tem causado muita confusão e gerado falsas expectativas no público em geral, naquilo que tange ao ministério pastoral, é essa midiatização exagerada de obreiros que querem passar a imagem de imbatíveis ou intocáveis. Ledo engano.

Mesmo que muitos queiram suprimir ou não admitir, nós pastores somos tão humanos, tão gente como qualquer um e, portanto, fracos, carentes, volúveis, enfim, portadores de todas as mazelas comuns aos pobres mortais. Pastores se desesperam, se irritam, se enfurecem, têm ressentimentos (podem odiar até), se enfermam (física, psíquica e espiritualmente), se deprimem, sentem solidão, se frustram, têm dúvidas e possuem incontáveis medos.

Se a essa altura você imagina que quero justificar ou explicar pecados ou escândalos que pastores promovem por aí, está redondamente enganado. Também não desejo massacrar minha classe, como se eu mesmo estivesse imune às coisas que repudio, censuro e ataco com a veemência que me é peculiar. Muitíssimo pelo contrário. Os pecados e os escândalos protagonizados por alguns de nós só endossam minha tese aqui. Geralmente o problema é que do lado de cá – é o que penso – observo que existe uma buliçosa tendência (ou uma tentação?) de nos deixarmos levar pela falsa sensação de segurança produzida pelo status de liderança; além de sublimarmos a possibilidade de cometer os pecados mais horrendos. Da mesma forma, podemos subestimar os demais perigos que nos rondam, aumentando exponencialmente os riscos de cair nas armadilhas de um mundo tão corrompido, moral e eticamente falando.

Após mais de vinte anos de exercício pastoral, e conhecendo minhas imperfeições quero fazer dois pedidos aos leitores que tiverem a oportunidade de ler essas poucas linhas. Primeiro, peço aos familiares, vizinhos, amigos, frequentadores e membros de igrejas que lidam ou conhecem algum pastor ou ministro do evangelho que não projetem neles expectativas que jamais serão satisfeitas – como aquelas em que pastor deve estar sempre sorrindo e de bom humor; sempre de bem com a vida e pronto para ajudar ou atender um pedido de socorro; sempre em “consagração”, orando ou lendo a Bíblia; etc.

O outro pedido é para meus companheiros de ministérios, amigos, chegados (ou não), conhecidos e desconhecidos: Por favor, não caiam na armadilha de achar que são como anjos. Assumam sem medo sua humanidade. Afinal, a humildade em assumir nossas imperfeições pode ser o início de uma jornada rumo à perfeição almejada por Aquele que nos chamou.

 “Não que já a tenha alcançado, ou que seja perfeito...”  -  Paulo, o apóstolo, em Filipenses 3.12

Um abraço!

- pr Aécio -

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

SER FELIZ EXIGE, TAMBÉM, COMPROMISSO E RESPONSABILIDADE

Isso mesmo... Essa afirmação precisa ser levada a sério, pois há quem pense que ser feliz é apenas uma questão de sorte, azar ou destino.

Felicidade, ou realização plena é algo que todo mundo deseja, nasce e morre correndo atrás. Porém, percebo que muita gente se esquece de que nossas ações, ou melhor, os resultados de nossas ações influenciam diretamente na “contabilidade” da vida. Ser feliz ou não é, também, resultado direto de nossas decisões, escolhas, relacionamentos, preferências, hábitos e todas as demais experiências. Adotar a postura de vítima de sua própria história é típico daqueles que não querem assumir sua parte quando as coisas dão erradas, por exemplo.

Sempre que me flagro querendo reclamar da vida lembro-me de pelo menos dois versículos Bíblicos, um do Antigo e outro do novo Testamento, que me trazem de volta ao centro da razão:

“De que se queixa, pois, o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus pecados.”  -  Lamentações 3.39

“... porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará.”  -  Gálatas 6.7

Obviamente que não temos o controle de todos os acontecimentos e fatos da vida, entretanto, muitas coisas simplesmente não teriam um desfecho desagradável se fossem observadas algumas regras de conduta, se houvesse mais prudência.

Não só no novo ano que se inicia, mas durante toda a vida, aconselho para quem quer ser feliz, que observe as regras da vida – das mais simples às mais complexas. Regras relacionadas a si mesmo, tais como o cuidado integral (corpo, alma e espírito); regras relacionadas às pessoas, tais como a arte da boa convivência; regras relacionadas à coletividade, tais como cidadania e, sobretudo, regras relacionadas à fé, tais como manter um relacionamento saudável com Deus e Sua Palavra.

É o que penso!

Um abraço.

- pr Aécio -