Com a febre de glamour que afeta a igreja brasileira quase tudo parece se revestir de superlativos: “Grande astro da música gospel”, “mega templo”, “grande homem ou mulher de Deus” e blá, blá, blá... Nada mais incoerente (já ia escrevendo estúpido de novo!).
Mas,
graças ao bom Deus ainda mantenho minha cuca em ordem. Talvez nem tudo
esteja errado com a tal “febre”. Porém, nada daquilo (ou daqueles) me
atrai, nem faz minha cabeça a ponto de desmerecer ou desprezar aquelas
igrejinhas, daqueles pastorzinhos que estão nos fundinhos da
periferiazinhas. A bem da verdade, acho mesmo que é melhor uma igrejinha
saudável na favela, do que um igrejão perebento na avenida principal do
bairro chique!
Antes achava até que algo estava errado em mim por não sentir nenhum frisson quando
entrava nas igrejonas lotadas, ou quando me deparava com um “grande
este ou aquele”, mas não. Hoje entendo que desde cedo fui liberto desse
comportamento exibicionista que, para mim, parece estar se tornando um
fetiche na cristandade moderna.
Como
eu, a maioria maciça dos obreiros nacionais são pastorzinhos de
igrejinhas – modéstia a parte, sem estes a igreja brasileira entraria em
colapso! E é aí, entre estes mesmo, que a gente vê gente que rala pra
ver o povo são; que chora com o enlutado; que torce pelo novo discípulo;
que empunha a Palavra com firmeza pra livrar o rebanho do “coisa ruim” e
das coisas ruins; que vibra num batismo de um, dois ou três; que
celebra as mínimas conquistas; que não se rende às ofertas das
“terrorlogias” modernas; que vive o que prega; que visita a viúva; que
abraça o órfão; que entrega folheto com a mensagem da cruz; que vai no
mutirão da limpeza; que fica horas e horas escutando o lamento do outro;
que come nas casas sem se achar o bam-bam-bam; que não tem
pressa de ir embora depois do culto; que leva o doente ao médico; que
carrega o recém nascido no colo; que luta pela família; que não busca os
bens, mas o bem das pessoas; que se sente bem recompensado quando uma
ou duas vidas decidem por Cristo após seu apelo; etc.; et.; etc.
Não sei quantos “pastorzinhos de igrejinhas” vão ler esta mensagem – até pediria para se manifestarem de alguma forma.
Também quero que saibam que não foi desdenhando de vocês que escrevi o que escrevi. Esta foi uma forma de exaltar o trabalho e o testemunho de todos aqueles que estão espalhados pelas cidades e interiores, labutando para manter pequenos espaços, cuidando de pequenos grupos de pessoas e com pouquíssimos recursos: Vocês estão realizando uma grande obra, para um Grande Deus! Portanto, todos vocês, assim como seus respectivos trabalhos, possuem um inestimável valor diante d’Aquele que os chamou!
Também quero que saibam que não foi desdenhando de vocês que escrevi o que escrevi. Esta foi uma forma de exaltar o trabalho e o testemunho de todos aqueles que estão espalhados pelas cidades e interiores, labutando para manter pequenos espaços, cuidando de pequenos grupos de pessoas e com pouquíssimos recursos: Vocês estão realizando uma grande obra, para um Grande Deus! Portanto, todos vocês, assim como seus respectivos trabalhos, possuem um inestimável valor diante d’Aquele que os chamou!
“Em
verdade vos digo que, entre os que de mulher têm nascido, não apareceu
alguém maior do que João o Batista; mas aquele que é o menor no reino
dos céus é maior do que ele.” - Mateus 11.11
- pr Aécio, um pastorzinho-
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