O ideal seria que todo crente permanecesse em sua igreja o máximo de tempo possível, de preferência para sempre, mas...
Há um fenômeno cada vez mais comum em nossas igrejas que
vou chamar de “migração”. É um movimento cíclico dinâmico no qual os crentes
mudam de igreja (ou de congregação, ou de denominação, etc.) com uma frequência
cada vez maior – observações à parte, nada contra o fenômeno em si, visto que
considerável parcela entre aqueles que migram de uma igreja para outra
apresentam motivos mais que justificados e, em boa parte dos casos, é algo que se faz necessário.
Quase todos os anos entram e saem pessoas da igreja na
qual sirvo – demorei a entender esse negócio, mas, enfim, consegui assimilar
(aleluia!). Isso é tão interessante que arrisco em dizer que a maioria das igrejas
evangélicas brasileiras é formada de pessoas originárias das mais diversas
denominações, exemplo: Numa igreja batista tradicional é possível encontrar
ex-assembleianos, ex-presbiterianos, ex-metodistas, ex-neopentecostais, etc., e
assim sucessivamente.
Mas, mudar de igreja não é como mudar de roupa. Não pode
ser por capricho ou por mera vaidade.
Lembro-me quando há mais ou menos dez anos uma mulher,
mãe de uma adolescente me procurou e disse que iria sair da igreja e que já tinha
outra em vista. Apenas por uma questão de praxe indaguei sobre o motivo da
repentina mudança, e a resposta foi impressionante: “É que minha filha quer
congregar numa igreja que tenha ministério de danças, e aqui não tem!”. Essa é
apenas uma história dentre as dezenas que acumulo na memória. Eu mesmo fui
membro de outra denominação por cinco anos (de 1987 a 1992), logo, não pense
que estou querendo julgar, muito menos condenar fulano ou beltrano.
A propósito, como o assunto rende, quero terminar com
alguns conselhos fáceis para aqueles que consideram migrar para outro lugar
ou que um dia precisarão mudar de igreja:
- Certifique-se isso é realmente necessário, e se é a
melhor (única) opção;
- Ore até estar certo de que sua vontade está rendida à
vontade do Pai;
- Deixe seu pastor/líder participar de todo o processo;
- Não saia sem rumo ou sem destino certo;
- Tenha motivos, não desculpas;
- Não provoque ou cause motivos;
- Evite a lei do menor esforço;
- Não fuja de problemas, resolva-os;
- Deixe a porta aberta, para o caso de precisar voltar;
- Mantenha as amizades e conserve as boas experiências;
- Não difame pessoas, nem o lugar de onde saiu;
- Para onde quer que vá, seja uma bênção.
Por enquanto é só.
Um abraço.
- pr Aécio -
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