Mandou bem o querido amigo Lauberti Marcondes
A postura da população brasileira quanto à eleição deixa tão grande brecha para o aparecimento de personagens pitorescos no cenário político, que muitas vezes a maior parte das pessoas não percebem que trata-se apenas de uma manobra de marketing ter um candidato engraçado no partido.
Existe uma matemática desconhecida da maioria da população quando se trata de saber qual o número de votos que um candidato precisa para ser eleito e, principalmente, o que acontece com os “votos extras” que este candidato recebe. Por isso, os partidos não fazem questão de esclarecer o povo e ainda investem em figuras inusitadas e celebridades para “puxar votos” para a legenda, afim de conseguir eleger gente de quem o povo nunca ouviu falar.
É o tal do “quociente eleitoral”. Dividi-se o número de votos válidos pelo número de vagas da camara e obtém-se o a quantidade de votos para que um candidato seja eleito. Ultimamente, este número tem determinado o movimento de marketing dos partidos que deixam um grande espaço na propaganda eleitoral para um único candidato conhecido “puxar votos”, enquanto os outros apenas só aparecem como figurantes. Vocês não se lembram do “Meu nome é Enéias”, este senhor chegou a receber mais de 1 milhão de votos, fazendo com que um candidato de seu partido com 400 votos fosse eleito em São Paulo.
Hoje, estima-se que um deputado estadual em São Paulo precise de um pouco menos 100 mil votos para se eleger. Imagine que um único candidato consiga 500 mil votos, o que acontece com os 400 mil votos que ele recebeu além do necessário? São computados para a legenda e ajudam a eleger os demais candidatos do partido e/ou da coligação a que o candidato pertence.
Que piada de mau gosto. Isso mesmo, você votou no cara engraçado, bonito ou famoso e esqueceu de conhecer, além das propostas dele, as do partido e os demais candidatos da legenda. E o seu voto acabou naquele outro cara do qual nunca ouviu falar para realizar aquilo que o partido tem em seu programa, mas qua não tem nada com você. Humm... Agora, aplique isso ao “Fenômeno Tiririca” em São Paulo, que é candidato a deputado federal, quem vocês acham que esta rindo a toa? O Povo, o Tiririca, o Partido ou os candidatos que serão “puxados?
Abraços.
Lauberti Marcondes
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COMENTÁRIOS DO BLOG:
Você sabia, que "tiririca" é o nome de uma uma erva daninha que pertence a família das ciperáceas e alastra-se com grande facilidade? Deus nos guarde de "tiriricas"!
Paz, Pr Aécio e irmãos.
ResponderExcluirÉ triste, mas este senhor alcançou cerca de 1,35 milhões de votos e sozinho "puxou" 4,5 parlamentares para sua coligação.
Com os números e os aprovados disponíveis, agora fica ainda mais fácil entender a conta e para quem foram os "votos extras" do Tiririca.
Deêm uma olhadinha neste novo artigo.
Abraços
Lauberti Marcondes
Igreja O Brasil Para Cristo em Jd. Iguatemi
http://diaconia-integral.blogspot.com
Oi, Lauberti!
ResponderExcluirPaz!
Olha, querido, num país onde já se elegeram um macaco e um hipopótamo, eleger um palhaço sem graça(com todo respeito à classe)não me admira muito.
Cumpri meu dever cívico, mas votei em branco, como já havia dito. Sei que este gesto é repudiado por muitos, mas não fui o único que quis mostrar a insatisfação com o sinismo que está aí (somando brancos e nulos temos quase 10 milhões).
Quanto ao Tiririca, aos artistas e atletas (boa parte deles decadentes ou no ostracismo) no pleito eleitoral é apenas um sintoma do câncer que corrói por dentro nosso sistem político-partidário.
Respondendo ao jargão do próprio,com pessoas como ele ocupando cadeiras nas câmaras e Senado tudo fica muito pior. Para se ter uma idéia, olha a celeuma que ele está causando por conta das dúvidas que pairam sobre sua candidatura... Imagina o que vem por aí!
Obrigado Lauberti!
pr Aécio