Nesta etapa da mensagem quero tocar numa das feridas mais sensíveis que enferma a liderança evangélica brasileira: o corporativismo e as grandes armações para eleger políticos. Aproveito para "sentar o reio" nas costas daqueles que usam e abusam das suas posições para obrigar seus fiéis súditos (o que deveriam ser ovelhas) a votarem em determinados candidatos ou partidos com uma única intenção: favores pessoais e regalias para suas próprias denominações. Justiça seja feita, embora existam, são raríssimos os pastores éticos, que respeitam os parâmetros da democracia e que estão sinceramente preocupados em indicar ou instruir os crentes de suas igrejas a votarem de maneira consciente e cristã. Existem sim, pastores que sabem dialogar com as mais diferentes correntes políticas e respectivos representantes políticos e daí extraem o que é justo, coerente e aceitável para os padrões cristãos.
Não falo apenas do que ouço ou leio, mas já tive nojo e sai de cultos quando vi o púlpito sendo pisado por políticos que odeiam crentes e fazem pouco caso tanto da Igreja, como da palavra de Deus, entretanto, na hora do voto nos cumprimentam com a “Paz do Senhor” e falam como se fossem teólogos! Já me estressei o bastante por ver pastores presidentes organizarem recepções demagógicas para fazer alianças com políticos famintos por votos. Desta forma profanam a Obra de Deus com as intenções mais absurdas, algo como facilidades, concessões e outras negociatas.
O mais ridículo em tudo isso é que os púlpitos são vendidos a preço de banana! A “jogação” de confetes e puxa-saquismo chega às raias da insanidade e da falta de bom senso – em certas igrejas pentecostais, por exemplo, seus candidatos têm direito à profetadas e tudo... Deus me livre!
Em determinada ocasião fui convidado para pregar numa igreja que não só tinha um político convidado, o próprio “bispo” líder da igreja era candidato a deputado federal, em plena campanha! Nem preciso dizer que ele se deu muito mal comigo quando quis usar passagens bíblicas como a história de José e de Davi para explicar seu “chamado para a política”... Para encurtar a história, ele não foi eleito. Na apuração dos votos, o número correspondente aos seus eleitores não alcançava nem metade dos membros de sua igreja – Glórias à Deus!
Crente nenhum está obrigado a votar em candidatos indicados por seus pastores. Já fui induzido por pastores da denominação a que fiz parte votando em quem não queria – isso se deu no início de minha fé. Os mesmos pastores daquela denominação que há quase duas décadas diziam que o Lula seria o anticristo, e que o PT era do diabo, hoje “babam ovo” pra ele e fazem aliança com seu partido (aliás existem até obreiros da tal denominação filiados ao PT!). Recentemente os tais induziram (de novo) os membros das suas congregações na região em que moro a votar na candidata do mesmo partido. Para se ter uma dimensão mais precisa da coisa, foi uma tietagem desenfreada quando os crentes souberam que a candidata, então derrotada, iria aparecer no culto – quebraram a cara... Ela perdeu feio! ... Acho que Deus deve ter ficado muito envergonhado daquele povo!
Costumo dizer que política e religião são como água e óleo (podem estar juntos, mas não se misturam), então, aproveito para aconselhar especialmente os cristãos leitores do Blog a não cederem ou vincularem seu direito de voto à membresia de sua denominação (voto é um ato da consciência e não patrimônio da religião), quero deixar uma palavra de exortação e repreensão aos líderes evangélicos para que tenham o cuidado de não manipularem os crentes sob seus cuidados:
“Mas estes, como animais irracionais, que seguem a natureza, feitos para serem presos e mortos, blasfemando do que não entendem, perecerão na sua corrupção, recebendo o galardão da injustiça; pois que tais homens têm prazer nos deleites quotidianos; nódoas são eles e máculas, deleitando-se em seus enganos, quando se banqueteiam convosco; tendo os olhos cheios de adultério, e não cessando de pecar, engodando as almas inconstantes, tendo o coração exercitado na avareza, filhos de maldição; os quais, deixando o caminho direito, erraram seguindo o caminho de Balaão, filho de Beor, que amou o prêmio da injustiça; mas teve a repreensão da sua transgressão; o mudo jumento, falando com voz humana, impediu a loucura do profeta. Estes são fontes sem água, nuvens levadas pela força do vento, para os quais a escuridão das trevas eternamente se reserva. Porque, falando coisas mui arrogantes de vaidades, engodam com as concupiscências da carne, e com dissoluções, aqueles que se estavam afastando dos que andam em erro, prometendo-lhes liberdade, sendo eles mesmos servos da corrupção. Porque de quem alguém é vencido, do tal faz-se também servo.” – 2 Pedro 2.12-19
- pr Aécio -
Não falo apenas do que ouço ou leio, mas já tive nojo e sai de cultos quando vi o púlpito sendo pisado por políticos que odeiam crentes e fazem pouco caso tanto da Igreja, como da palavra de Deus, entretanto, na hora do voto nos cumprimentam com a “Paz do Senhor” e falam como se fossem teólogos! Já me estressei o bastante por ver pastores presidentes organizarem recepções demagógicas para fazer alianças com políticos famintos por votos. Desta forma profanam a Obra de Deus com as intenções mais absurdas, algo como facilidades, concessões e outras negociatas.
O mais ridículo em tudo isso é que os púlpitos são vendidos a preço de banana! A “jogação” de confetes e puxa-saquismo chega às raias da insanidade e da falta de bom senso – em certas igrejas pentecostais, por exemplo, seus candidatos têm direito à profetadas e tudo... Deus me livre!
Em determinada ocasião fui convidado para pregar numa igreja que não só tinha um político convidado, o próprio “bispo” líder da igreja era candidato a deputado federal, em plena campanha! Nem preciso dizer que ele se deu muito mal comigo quando quis usar passagens bíblicas como a história de José e de Davi para explicar seu “chamado para a política”... Para encurtar a história, ele não foi eleito. Na apuração dos votos, o número correspondente aos seus eleitores não alcançava nem metade dos membros de sua igreja – Glórias à Deus!
Crente nenhum está obrigado a votar em candidatos indicados por seus pastores. Já fui induzido por pastores da denominação a que fiz parte votando em quem não queria – isso se deu no início de minha fé. Os mesmos pastores daquela denominação que há quase duas décadas diziam que o Lula seria o anticristo, e que o PT era do diabo, hoje “babam ovo” pra ele e fazem aliança com seu partido (aliás existem até obreiros da tal denominação filiados ao PT!). Recentemente os tais induziram (de novo) os membros das suas congregações na região em que moro a votar na candidata do mesmo partido. Para se ter uma dimensão mais precisa da coisa, foi uma tietagem desenfreada quando os crentes souberam que a candidata, então derrotada, iria aparecer no culto – quebraram a cara... Ela perdeu feio! ... Acho que Deus deve ter ficado muito envergonhado daquele povo!
Costumo dizer que política e religião são como água e óleo (podem estar juntos, mas não se misturam), então, aproveito para aconselhar especialmente os cristãos leitores do Blog a não cederem ou vincularem seu direito de voto à membresia de sua denominação (voto é um ato da consciência e não patrimônio da religião), quero deixar uma palavra de exortação e repreensão aos líderes evangélicos para que tenham o cuidado de não manipularem os crentes sob seus cuidados:
“Mas estes, como animais irracionais, que seguem a natureza, feitos para serem presos e mortos, blasfemando do que não entendem, perecerão na sua corrupção, recebendo o galardão da injustiça; pois que tais homens têm prazer nos deleites quotidianos; nódoas são eles e máculas, deleitando-se em seus enganos, quando se banqueteiam convosco; tendo os olhos cheios de adultério, e não cessando de pecar, engodando as almas inconstantes, tendo o coração exercitado na avareza, filhos de maldição; os quais, deixando o caminho direito, erraram seguindo o caminho de Balaão, filho de Beor, que amou o prêmio da injustiça; mas teve a repreensão da sua transgressão; o mudo jumento, falando com voz humana, impediu a loucura do profeta. Estes são fontes sem água, nuvens levadas pela força do vento, para os quais a escuridão das trevas eternamente se reserva. Porque, falando coisas mui arrogantes de vaidades, engodam com as concupiscências da carne, e com dissoluções, aqueles que se estavam afastando dos que andam em erro, prometendo-lhes liberdade, sendo eles mesmos servos da corrupção. Porque de quem alguém é vencido, do tal faz-se também servo.” – 2 Pedro 2.12-19
- pr Aécio -
A Paz de Cristo Pastor, como vai?
ResponderExcluirOlha esse problema é complicadíssimo, essa idéia-força de entregar os pulpitos para pseudopastores canditatos, prostitutos políticos transformando a vida eclesial numa prosmiscuidade eclesial é patológico. Tem alguns que transformaram o evangelho de cristo em "evangelhoduto" nos períodos das eleições, fazendo negociatas espúrias para arrecadar fundos para as suas igrejolas que mais parecem latifundios eclesiais, são verdadeiros propineiros de plantão que não perdem a chance de se beneficiarem com as eleições.o maior problema pastor é que quase que não existe mais o trabalho pedagógico nas igrejas, ora nos tempos de hoje da ecomomia glogal, da bolsa de valores, do sueravit primário, do capital sem pátria, da telemática, da arregimentação global de um exército de reserva subempregado e sugado até a ultima gota, da inresposabilidade global das grandes empresas que sequestram o estado e tem os paises nas suas mãos a ponto de conduzir os rumos da política, dos nossos representantes que se aliaram as elites internacionais para se manterem 200 anos no poder ou mais, dos propinodutos de Brasília, o discurso da maioria de nossos líderes evangélicos deveria ser pedagógico, para instruir, para plantar a semente da lucidez e da reflexão. As vezes acredito que ainda estou na idade média do cristianismo em que o mundo era visto como uma fábula para a amioria dos fieis, já que a igreja detinha sobre o seu controle a mente deles, pois os mesmos viviam ilhados na ignorância induzida pelos seus lideres, só que hoje mesmo com a telemática e os satélites geoestácionários e as inumeras antenas de teve a cabo ou parabólica a maioria dos os evangélicos continuam enfiados na caverna do medo e da ignorância, a midiatização da vida cristã tem tragado a espiritualidade e uma atitude coerente em relação a vida política. O trabalho pedagógico dentro das igrejas parece que é lixo já que ele liberta a menta, e mentes libertas são mais exigentes em relação a vida política e sobretudo em relação a vida cristã.