Quando escuto alguém falando mal de igreja já fico de orelhas em pé. Logo vêm algumas perguntas à mente: que tipo de pessoa está falando? Qual seu caráter? Será que tudo o que está dizendo procede, ou são mentiras e desculpas para esconder sua falta de conversão?
Caráter é a palavra chave. Há quem não seja bem sucedido na vida cristã em razão de não ser verdadeiramente honesto, justo e sincero. As igrejas não estão isentas de que circulem em seus ambientes muitos “irmãos” que sejam péssimos como empregados, patrões, membros de família e cidadãos, logo, não é de se esperar que sejam bons crentes.
A vida cristã não se faz apenas de cultos aos domingos, ofertas e dízimos. Se não houver o compromisso em viver de forma íntegra (o que chamamos normalmente de “bom testemunho”) nenhuma pessoa terá êxito na prática de sua fé.
O que também tenho observado em várias pessoas insatisfeitas com igrejas (e que já devo ter comentado nas mensagens anteriores), que optam em deixarem suas igrejas à procura de um lugar ao qual julgue perfeito, ou em se afastarem definitivamente do convívio com outros crentes é que escondem a falta de disposição em ter seu caráter tratado e seus pecados confrontados. Neste meio há muitos rebeldes, insubmissos, trambiqueiros, caloteiros, adúlteros, fornicários, beberrões, etc.
É fácil dizermos que nunca mais vamos colocar o pé em uma igreja e blá, blá, blá... É fácil colocarmos a culpa em pastores e irmãos. Difícil é assumirmos que não estamos dispostos a mudar de vida, que não queremos submeter-nos à autoridades (leia-se lideranças) eclesiásticas e que não queremos viver em comunidade de tal forma que nossas atitudes não violem a consciência e o bem estar do outro – há quem julgue a igreja como um lugar ruim por que todo mundo quer se intrometer em sua vida, mas acho que vale a velha máxima “quem não deve, não teme”.
Há milhões de crentes fora das igrejas no Brasil. Em nome de suas frustrações, decepções e experiências mal sucedidas, cultivam e defendem a idéia de que a melhor coisa é não fazer parte de comunidade nenhuma e, quando muito, buscar refúgio em movimentos alternativos. Outros simplesmente resolvem a equação indo esporadicamente a um culto qualquer (e de vez em quando), em qualquer lugar e quando bem entender, sem compromisso.
Mas, no meu entendimento, qualquer membro fora do corpo é uma aberração, uma anomalia... Um monstro!
Vocês se lembram daquela mãozinha horrível do filme (também horrível!) família Adams? Já imaginou dar de cara com um membro andando, se mexendo fora do restante do corpo? Pois é, têm um monte de mãozinhas, pezinhos, orelhinhas, etc., andando por aí, assustando a quem encontrarem pela frente! Afinal, vida fora do corpo, é vida que assusta, é vida com cara de morte, com cara de monstro, um horror. Crente sem comunhão com o Corpo é crente que assusta, é crente com cara e jeito de morte, é monstruoso, é horroroso! – pr Aécio
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