Dos jargões “evangeliqueses” que me provocam ojeriza, um dos mais toscos e que mais detesto é o tal do “Determine sua vitória irmão!” – ao lado do “Tá amarrado!” não sei qual dos dois indica mais estupidez no ranking das baboseiras neopentecostais.
Causa dó e espanto pensar que muitas pessoas pelo mundo afora passam a pronunciar estas frases burras e absurdas como uma espécie de “abracadabra”, crendo que seus problemas desaparecerão num passe de mágica.
Mas, quero propor que os crentes determinem sim. Aproveito a ocasião para reafirmar alguns valores que há muito estão desaparecendo da prática evangélica brasileira, cedendo lugar ao misticismo e à superstição. Se for para determinar, então, proponho que cada leitor cristão que acessar esta mensagem determine:
- Que jamais irá subestimar a soberania de Deus, achando que o céu é como a “casa da mãe Joana”, e que os anjos são como mordomos prontos para satisfazer os desejos humanos mais mesquinhos.
- Que jamais se dobrará à famigerada teologia da prosperidade, a qual reduz o Evangelho da Salvação eterna em subterfúgio para salvação da conta bancária.
- Que jamais seguirá os mercenários donos das “emprejas”, esbanjadores que lucram e enriquecem mais e mais cada vez que abrem uma nova franquia, ou despejam seus produtos heréticos no mercado.
- Que fará da Bíblia sagrada única fonte de inspiração e devoção, desprezando quaisquer pregações, ensinos, livros, etc., que não forem originadas e fundamentadas em suas páginas.
- Que jamais olhará para a igreja como um espaço de recreação ou passatempo, mas sim como um lugar onde prestamos culto, consagramos dons, e dedicamos talentos para comunhão e edificação de todos os que nela se abrigam.
- Que será um instrumento de Deus contribuindo ativamente com suas orações e finanças para que o Evangelho chegue aos não alcançados.
- Que não resistirá ao chamado, caso seja movido pelo Espírito Santo para ser uma testemunha entre povos de outras nações.
- Que não se deixará enganar pelas propostas modernas dos pregadores que deturpam a mensagem da cruz, reduzindo-a a mera retórica cultural, desprovida do poder libertador que afasta o homem do pecado.
- Que honrará seus pastores e líderes locais, os quais dão a vida para pastorear rebanhos hoje cassados e acossados pelos chacais disfarçados e autodenominados apóstolos, bispos, patriarcas e missionários.
- Que não depositará sua fé nas idolatrias das campanhas e correntes supostamente evangélicas, bem como nos objetos sincréticos (chamados também burramente de "ungidos) distribuídos em muitas delas (sal grosso, rosa, lenço, água, óleo e outros artefatos místicos).
- pr Aécio -
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