Oswaldo Luiz Gomes Jacob
FONTE: INSTITUTO JETRO
Ser sincero é ser autêntico, verdadeiro, sem máscara, sem hipocrisia, sem fingimento. Do latim: ‘sinceru' "sem mistura, sem malícia; puro, verdadeiro, autêntico" (Aurélio). Na verdade é ser você mesmo como é em casa, pois é na família que revelamos quem realmente somos, não é verdade? Não deve ser assim, pois autenticidade deve ser revelada em qualquer lugar e em quaisquer circunstâncias.
Jesus era assim. Dizia o que pensava. Ele condenou veementemente a hipocrisia dos escribas e fariseus. Para o Senhor, a religião mecânica era um solo muito fértil para o crescimento e a colheita da insinceridade, do fingimento, enquanto o evangelho é o solo fértil que revela quem realmente somos, a nossa sinceridade.
O evangelho nos expõe de forma muito clara. A sinceridade é um traço marcante do líder cristão autêntico, daquele que nasceu de novo, pois "se alguém está em Cristo nova criatura é; as coisas velhas já passaram e eis que tudo se fez novo" (2 Co 5.17). O evangelho enseja a troca do coração de pedra pelo coração de carne - o coração da incredulidade pelo coração da fé.
Vivemos numa sociedade doente, estigmatizada pelos vícios de linguagem e comportamento. Uma sociedade marcada pela aparência. Mente-se com naturalidade, inclusive membros de igreja e até ‘pastores'. A marca da sociedade é a inversão de valores. Fala-se a mentira como se fosse verdade e vice-versa. Somos conhecidos como o povo do jeitinho. Agir com sinceridade num mundo de engano é uma atitude de nadar contra a maré. Precisamos ser sinceros em todas as áreas de nossa vida. Cada dia nossa fibra moral como líderes deve ser fortalecida pela ação do Espírito Santo em nós.
Como falei anteriormente, o Senhor Jesus é o nosso modelo de sinceridade a toda a prova. Em nenhum momento Ele negociou a Sua sinceridade e os valores do Reino de Deus. Nunca se curvou diante dos poderes romano e judaico. A Sua sinceridade revelou-se na contundência de Sua pregação contra toda a sorte de erro dos religiosos e dos não religiosos. Em todo o tempo orientou os discípulos a não se contaminarem com o fermento da religião de aparência. Ensinou que o que contamina o homem sai do coração, revelando a velha natureza ainda presente nele. "Porque do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias. São estas coisas que contaminam o homem" (Mt 15.19,20). Tenhamos muito cuidado como líderes vocacionados pelo Senhor!
Mas a sinceridade é o imprimatur do verdadeiro líder cristão. Ele sempre dirá a verdade em amor. João Batista era um líder comprometido com a verdade e chamou os religiosos judeus de ‘raça de víboras'. Denunciou o pecado de Herodes Antipas com Herodias, mulher de seu irmão. Exortou aos soldados para não se corromperem, mas se contentarem com o seu soldo. João era um profeta comprometido com o Senhor. Líder corajoso que nunca negociou os princípios do Pai. Morreu de coerência profética. Morreu porque era sincero.
Como líderes, sejamos autênticos em todo o nosso proceder. Firmes em nossas convicções. Não percamos de vista Aquele que morreu por nós na cruz para que sejamos sinceros até as ultimas conseqüências. Não tenhamos medo de revelar o que realmente somos. Andemos com Cristo em sinceridade de coração. Sinceros sempre, testemunhando do evangelho de Cristo e para a Glória de Deus Pai.
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