Em sua mais extrema aflição Jó
clamou ao Senhor. O supremo desejo de um aflito filho de Deus é, uma vez mais,
ver a face de seu Pai. Sua primeira oração não é, “Ah, se eu pudesse ser curado
da enfermidade que agora enche meu corpo de chagas!” nem, “Ah, se eu pudesse
ver meus filhos trazidos de volta das profundezas da morte e minhas
propriedades mais uma vez reavidas das mãos do espoliador!” mas seu primeiro e
mais profundo clamor é, “Ah, se eu soubesse onde encontra-lo – aquele que é o
meu Deus! – e pudesse chegar ao seu tribunal!”.
Os filhos de Deus correm para
casa quando chega a tempestade. É instinto natural de uma pessoa salva buscar
abrigar-se de todos os males sob as asas do Senhor. “Aquele que fez de Deus o
seu refúgio”, poderia servir como título para um verdadeiro crente. Um hipócrita,
quando sente que foi afligido por Deus, se revolta contra a aflição e, como um
escravo, foge de seu mestre que o açoitou; o mesmo, no entanto, não acontece
com um verdadeiro herdeiro do céu; ele beija a mão que o castigou e busca
abrigar-se da vara no seio do mesmo Deus que lhe havia repreendido.
Você perceberá que o desejo de
ter comunhão com Deus se intensifica devido terem fracassado todas as outras
fontes de consolação. Quando Jó viu seus amigos pela primeira vez a distância,
talvez ele tenha alimentado a esperança de que a ternura deles e seus conselhos
bondosos mitigassem sua dor, mas logo depois que eles falaram clamou com
amargura: “Todos vós sois consoladores molestos.”. Eles puseram sal em sua
feridas, agravaram sua tristeza, aumentaram censuras acrimoniosas ao amargor de
suas aflições. No calor do seu sorriso, anteriormente eles desejaram se
aquecer, porém agora ousam duvidar da sua reputação de forma mais injusta e
ingrata. Assim sendo, o patriarca volveu-se de seus amigos pessimistas e olhou
para o trono celestial, do mesmo jeito que um viajante se volta do seu cantil
vazio, indo às pressas para o poço. Ele descarta as esperanças terrenas e exclama:
“Ah, seu eu soubesse encontrar meu Deus!”.
Nada nos ensina melhor quão precioso é o Criador, do que a percepção da futilidade de tudo que nos cerca. Quando você se sente terrivelmente afligido pelo juízo, “Maldito o homem que confia no homem e faz da carne seu braço”, então você fruirá indizível doçura desta segurança divina: “Bem aventurado aquele cuja confiança está no Senhor e cuja esperança é o Senhor”. Afastando-se com desdenhoso amargor dos favos da terra, onde não encontrou mel, e sim afiados aguilhões, você se regozijará n'Aquele cuja palavra fiel é mais doce do que o mel ou o favo de mel.
Nada nos ensina melhor quão precioso é o Criador, do que a percepção da futilidade de tudo que nos cerca. Quando você se sente terrivelmente afligido pelo juízo, “Maldito o homem que confia no homem e faz da carne seu braço”, então você fruirá indizível doçura desta segurança divina: “Bem aventurado aquele cuja confiança está no Senhor e cuja esperança é o Senhor”. Afastando-se com desdenhoso amargor dos favos da terra, onde não encontrou mel, e sim afiados aguilhões, você se regozijará n'Aquele cuja palavra fiel é mais doce do que o mel ou o favo de mel.
C.H. SPURGEON (EXTRAÍDO DO LIVRETO "ORAÇÃO EFICAZ")
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