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sábado, 15 de setembro de 2012

ORAÇÃO EFICAZ

“Ah, se eu soubesse onde encontrá-lo, e pudesse chegar ao seu tribunal! Exporia ante ele a minha causa e encheria a minha boca de argumentos.” - Jó 23.3,4


 Em sua mais extrema aflição Jó clamou ao Senhor. O supremo desejo de um aflito filho de Deus é, uma vez mais, ver a face de seu Pai. Sua primeira oração não é, “Ah, se eu pudesse ser curado da enfermidade que agora enche meu corpo de chagas!” nem, “Ah, se eu pudesse ver meus filhos trazidos de volta das profundezas da morte e minhas propriedades mais uma vez reavidas das mãos do espoliador!” mas seu primeiro e mais profundo clamor é, “Ah, se eu soubesse onde encontra-lo – aquele que é o meu Deus! – e pudesse chegar ao seu tribunal!”.


Os filhos de Deus correm para casa quando chega a tempestade. É instinto natural de uma pessoa salva buscar abrigar-se de todos os males sob as asas do Senhor. “Aquele que fez de Deus o seu refúgio”, poderia servir como título para um verdadeiro crente. Um hipócrita, quando sente que foi afligido por Deus, se revolta contra a aflição e, como um escravo, foge de seu mestre que o açoitou; o mesmo, no entanto, não acontece com um verdadeiro herdeiro do céu; ele beija a mão que o castigou e busca abrigar-se da vara no seio do mesmo Deus que lhe havia repreendido.

Você perceberá que o desejo de ter comunhão com Deus se intensifica devido terem fracassado todas as outras fontes de consolação. Quando Jó viu seus amigos pela primeira vez a distância, talvez ele tenha alimentado a esperança de que a ternura deles e seus conselhos bondosos mitigassem sua dor, mas logo depois que eles falaram clamou com amargura: “Todos vós sois consoladores molestos.”. Eles puseram sal em sua feridas, agravaram sua tristeza, aumentaram censuras acrimoniosas ao amargor de suas aflições. No calor do seu sorriso, anteriormente eles desejaram se aquecer, porém agora ousam duvidar da sua reputação de forma mais injusta e ingrata. Assim sendo, o patriarca volveu-se de seus amigos pessimistas e olhou para o trono celestial, do mesmo jeito que um viajante se volta do seu cantil vazio, indo às pressas para o poço. Ele descarta as esperanças terrenas e exclama: “Ah, seu eu soubesse encontrar meu Deus!”.

Nada nos ensina melhor quão precioso é o Criador, do que a percepção da futilidade de tudo que nos cerca. Quando você se sente terrivelmente afligido pelo juízo, “Maldito o homem que confia no homem e faz da carne seu braço”, então você fruirá indizível doçura desta segurança divina: “Bem aventurado aquele cuja confiança está no Senhor e cuja esperança é o Senhor”. Afastando-se com desdenhoso amargor dos favos da terra, onde não encontrou mel, e sim afiados aguilhões, você se regozijará n'Aquele cuja palavra fiel é mais doce do que o mel ou o favo de mel.

C.H. SPURGEON (EXTRAÍDO DO LIVRETO "ORAÇÃO EFICAZ")

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