De tudo o que já li sobre ministério cristão destaco, dentre outros textos de minha preferência, a “ORAÇÃO DE UM PROFETA MENOR”, de A. W. Tozer. Acho este texto atualíssimo, apesar de ter sido concebido na década de 60, época em que não havia tanta bandalheira e safadeza como as que conhecemos em nossos dias, como as que estão sendo disseminadas na Seara do Mestre através de ministros cujas mensagens não passam pelo crivo bíblico. Pena que estes caras-de-pau não leem este tipo de literatura, e se o fazem, acho que estão com a mente embotada, ou cauterizada de tal maneira por Satanás, que não somente faz com que eles acreditam em suas mentiras, como também faz com que milhões de seguidores acreditem no que pregam e, assim, deixem de ser libertos de suas maliciosas intenções.
Minha oração constante é que Deus levante uma geração de líderes que
não repliquem o que a gente tem visto nos programas evangélicos trash da TV, nos púlpitos dominados pelos “senhores das igrejas”,
pela maldita teologia da prosperidade e demais teologias originadas no inferno
– lembre-se que qualquer teologia que não se sustenta pela argumentação do
Texto Bíblico é de origem demoníaca, logo, deduz-se que há pregadores em nossos
dias que são instrumentalizados pelo diabo ao disseminar aquilo que Deus não
disse, e que não está revelado em Sua Palavra (não existe meio termo, ou é, ou
não é).
Voltando ao que nos legou Tozer, selecionei um pequeno trecho o qual
acredito ser oportuno para reflexão e apreço. Lembro aos iniciantes que devem analisar
seus reais motivos e intenções ao ingressar no ministério sagrado, pois muitos
dos que se deixam levar por mera presunção correm sérios riscos de transformar
o que deveria ser apenas benção em condenação para si e para muitos dos que o
seguirão.
Caso não tenha convicção plena de que Deus o chamou, santificou e
comissionou para determinada tarefa em Sua obra, faça um grande favor para você
mesmo e para nós (a Igreja): Mantenha-se em seu lugar (longe dos seminários, dos
púlpitos, de cargos, etc.) até que isto aconteça! Aos veteranos, aos que labutam
por 10, 20, 30 anos ou mais na liderança da Igreja do Senhor, meu conselho é
que sejam sinceros e firmes na vocação e propósito, seguindo o exemplo de Paulo
que, ao término de sua carreira pôde dizer: “Combati
o bom combate, completei a carreira, guardei a fé.” (II Tm 4.7).
“Aceito
trabalho duro e pequenas compensações nesta vida. Não peço um cargo fácil.
Procurarei ser cego aos pequenos processos de facilitar a vida. Se outros
procuram o caminho mais plano, eu procurarei o caminho mais árduo, sem os
julgar com demasiada severidade. Esperarei oposição e procurarei aceitá-la
serenamente quando ela vier. Ou se, como por vezes sucede aos teus servos, o
teu povo bondoso me obrigar a aceitar ofertas expressivas de gratidão,
conserva-Te ao meu lado e salva-me da praga que a isso freqüentemente se segue;
ensina-me a usar o que porventura receber de tal modo que não prejudique a
minha alma nem diminua o meu poder espiritual. E se a tua providência permitir
que me advenham honras da tua Igreja, que eu não esqueça naquela hora que sou indigno
da mais ínfima das tuas misericórdias, e que, se os homens me conhecessem tão
intimamente como eu me conheço a mim próprio, me retirariam tais honrarias para
as darem a outros mais dignos delas.
E
agora, Senhor do céu e da terra, consagro-Te o resto dos meus dias, sejam eles
muitos ou poucos, consoante a tua vontade. Quer eu me erga perante os grandes
quer ministre aos pobres e humildes, essa escolha não é minha, e eu não a
influenciaria, mesmo que pudesse. Sou teu servo para cumprir a tua vontade. Ela
é mais doce para mim do que a posição, ou as riquezas, ou a fama, e escolho-a
acima de tudo o mais na terra ou no céu.”
- pr Aécio -
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