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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

O BEIJO DA MORTE

UMA BREVE REFLEXÃO SOBRE A TRAGÉDIA 
EM SANTA MARIA - RS

A essa altura, sei que tocar na ferida (ainda) exposta, resultante dos traumas provocados pela tragédia ocorrida na Boate Kiss (“beijo” em inglês), em Santa Maria (RS), pode causar mais dor, mais sofrimento e até revolta, dependendo de como se toca no assunto. Mas, quero tão somente fazer uma rápida abordagem reflexiva, que nos faça pensar um pouco mais sobre a brevidade e fragilidade da vida, e de como a morte pode chegar de forma tão traiçoeira, violenta e aterrorizante.

Das quase 240 vítimas fatais (número que pode subir em razão daqueles que ainda estão internados com risco de morte), todas, sem exceção, foram ceifadas repentinamente, sem nenhuma chance de ao menos pensar com clareza acerca do destino de suas almas nos últimos minutos entre a vida e a morte.

Não, não pensem que quero julgá-los, ou que pretendo sequer especular se foram ao céu ou ao inferno.

Desejo apenas propor aos leitores a importância de entender que a nossa existência é extremamente frágil; que independente do credo ou até da ausência de algum, pensar nisso pode nos tornar pessoas mais humanas e responsáveis aqui, é claro. Mas, mais ainda, pode despertar à consciência da nossa finitude aqueles que brincam, desdenham ou fazem pouco caso do assunto; pode fazer acordar para a realidade aqueles que desacreditam que chegará o dia em que todos teremos que encarar a morte de frente, selando de uma vez e sem volta nossa entrada na eternidade e posterior juízo. E isto pode ser da maneira mais irônica, mais traiçoeira, mais surpreendente... Numa balada... Num inexorável “beijo”!
 
 “...Louco! Esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?”  
 -  Lucas 12.20 - 

- pr Aécio -

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