Minha intenção com essa breve
reflexão não é de provocar celeuma, polêmica ou qualquer outro mal estar.
Também não quero dizer que ter posses e boa condição financeira é um mal por si
só. Quero tão somente oferecer mais uma alternativa, mais uma perspectiva para
que você, leitor, possa formar um juízo adequado sobre o assunto.
Já li muitas matérias sobre a
“benção da prosperidade” – obviamente quase sempre se referindo a posses
materiais, status quo e afins. Muitas dessas matérias eu pude até aproveitar, outras
nem pensar. No entanto, tais leituras no geral me deixam mesmo é preocupado com
o rumo que a cristandade está tomando. Essa, por sua vez, parece não perceber que
muita teologia ruim está sendo produzida sobre o tema, e despejada
indiscriminadamente em nossos púlpitos.
A propósito, prosperidade no
sentido estritamente material nem sempre é sinônimo de felicidade ou realização plena. Nem todo mundo sabe lidar com dinheiro, bens ou alto padrão de vida.
Pelo contrário, para alguns, a pior coisa que já aconteceu em suas vidas foi
ter alcançado (por qualquer motivo ou circunstância) o status de vida regalada
na qual puderam, enfim, se cercarem de luxos e regalias que antes eram meras
utopias.
Há inúmeros relatos de
casamentos desfeitos e famílias destruídas exatamente no auge da chamada prosperidade.
Exemplos de maridos e esposas que se tornam infiéis, que passam a trair seus
cônjuges após adquirirem hábitos ou a frequentarem ambientes que outrora “não
cabiam em seus bolsos” são muito comuns. Na mesma toada, há situações em que os
filhos (inclusive de crentes) igualmente se perdem, ao se enredarem pelos caminhos
tortuosos das baladas, dos shows e das aventuras que antes só viam no programa “Malhação”
ou nos ilusórios seriados da Disney.
Poderia relatar também casos
de pessoas com as quais convivi ao longo da minha vida cristã, vitimadas pelo
que chamei de “maldição da prosperidade”. Pessoas outrora humildes que, de
repente se tornaram arrogantes, metidas a socialites emergentes; de pessoas
antes super ativas na igreja, mas assim que a riqueza chegou ficaram tão presas,
tão ocupadas em suas novas e intensas atividades sociais, nos excesso de lazer
e de trabalho, etc., que já não podiam mais congregar, participar dos serviços
da comunidade ou mesmo ter comunhão com os irmãos com os quais mantinham
intensas relações de amizade.
Nem mesmo obreiros escapam
dessa teia, se não prestarem atenção. Vi muitos desses caírem simplesmente por
não conseguirem mais administrar a prosperidade financeira e a vocação
conferida por Deus e reconhecida na igreja.
Não, não quero que você pense
caro leitor, que é pecado almejar prosperidade ou mesmo querer ser rico. Mas,
por favor, reflita bastante nestes dois versículos a seguir – prestando atenção
nos grifos. Tema e trema diante da possibilidade de um dia abandonar sua fé,
seu chamado, ou mesmo de perder sua família e amigos. Lembre-se que o melhor da
vida é e está nas coisas mais singelas, nas impagáveis situações do dia a dia
que podem nos trazer imenso prazer sem gastar um centavo!
“Mas os que querem tornar-se
ricos caem em tentação e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas,
as quais submergem os homens na ruína e na perdição.” - 1
Timóteo 6.9
“Amado, desejo que te vá
bem em todas as coisas, e que tenhas saúde, assim como bem vai a tua alma.” - 3
João 1.2
Um forte abraço,
pr Aécio
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