Sou do tempo em que os filhos
compreendiam os pais apenas pelo olhar deles – graças a Deus, que tempo bom
aquele!
Vivo num tempo em que os filhos
desprezam e desonram em quase tudo os pais – Deus tenha misericórdia desse
tempo, desses filhos!
Parece que as coisas vão de mal a
pior em matéria de educação de filhos. Há pelo menos duas coisas que contribuem
para que não vislumbremos um horizonte muito animador: A primeira é a blindagem
que o hiper protecionismo, que as leis e estatutos oferecem aos mesmos, como em
algumas abordagens do ECA, por exemplo; a segunda recai sobre os pais mesmo: Pais
frouxos, cúmplices dos erros dos filhos e ausentes no que tange à disciplina
dos mesmos. Tudo isso resulta na soma geral dos fatores que contribuem para a
formação de indivíduos descomprometidos com os valores éticos e morais mais
básicos. Como resultado último, o que se deve esperar é uma sociedade mergulhada
no caos – que é exatamente o que estamos presenciando em nosso dia a dia.
Já vi criança dar tapa na cara da
mãe em fila de supermercado; já presenciei cena de filho mandar pai e mãe
“praquelelugar”; já vi filho fazendo pai e mãe corarem de vergonha ao exporem
publicamente assuntos que deveriam ser mantidos entre as paredes da casa; já
ouvi adolescentes vociferando “cala a
boca idiota” para a mãe; já ouvi filhos fazendo comentário sobre a mãe
chamando-a de “burra” e comparando o pai a um “cavalo”, etc. – escreveria mais
algumas páginas só das coisas que vi ouvi, além das que me contaram.
Por outro lado, vejo sociólogos, filósofos, psicólogos, pedagogos, professores e outros estudiosos responsáveis pela formação dos futuros cidadãos às voltas, na tentativa de darem respostas sobre o que anda acontecendo com as gerações mais novas. Porém, nem eles mesmos conseguem chegar a um consenso, a um diagnóstico preciso, algo que explique com exatidão os “por quês” de comportamentos assustadores tais como:
·
Aumento do consumo de álcool e drogas;
·
Promiscuidade e perversão sexual;
·
Vandalismo e violência gratuita;
·
Incursão prematura no mundo do crime;
·
Desrespeito a tudo e a todos, inclusive às leis
e às autoridades;
·
Indiferença aos estudos e aversão à religião;
·
E outros.
Se nem os especialistas conseguem
achar respostas necessárias, quem sou eu para arriscar?! Contudo posso
especular, conjecturar, supor e propor minhas opiniões, mesmo que isso me custe
algumas críticas.
A princípio, penso que a deseducação verificada nas crianças e jovens hoje é, em grande parte, um problema que começa em casa, fruto da ausência de posturas mais enérgicas ou restritivas no ambiente familiar. Há muitos lares onde quem manda, quem dita as regras são os filhos – principalmente aqueles que são cobertos de mimos e privados de obrigações e responsabilidades; que comem o que querem, quando querem, do jeito e onde querem; que bagunçam tudo e não precisam arrumar o que desorganizam; que não são retaliados em suas malcriações e grosserias; que desobedecem pelo simples prazer de desafiar os pais; etc.
A princípio, penso que a deseducação verificada nas crianças e jovens hoje é, em grande parte, um problema que começa em casa, fruto da ausência de posturas mais enérgicas ou restritivas no ambiente familiar. Há muitos lares onde quem manda, quem dita as regras são os filhos – principalmente aqueles que são cobertos de mimos e privados de obrigações e responsabilidades; que comem o que querem, quando querem, do jeito e onde querem; que bagunçam tudo e não precisam arrumar o que desorganizam; que não são retaliados em suas malcriações e grosserias; que desobedecem pelo simples prazer de desafiar os pais; etc.
Outro aspecto importante, penso,
é a decadência das instituições e dos governos em geral. Por exemplo, ambientes
escolares antigamente eram redutos de extrema confiança. Lugares aonde a moral,
a ética e os bons costumes vinham acompanhando a busca pelo saber. Hoje em dia
nem mesmo as escolas são seguras para a formação integral dos indivíduos.
Muitos que iniciam a vida sexual aos 12, 13 anos, ou tomam o primeiro gole de
bebida alcoólica, ou fumam o primeiro baseado, em boa parte dos casos o fazem a
partir de influências no próprio espaço escolar! Fora isso, vemos péssimo exemplo
das autoridades constituídas, estas que vez por outra aparecem nas mídias,
protagonizando os mais diversos escândalos de corrupção, de abuso de poder ou que
simplesmente governam para seus próprios interesses.
Um abraço!
pr Aécio
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