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sábado, 26 de dezembro de 2009

“APARTAI-VOS DE MIM, VÓS QUE PRATICAIS A INIQÜIDADE.” (MT 7.23) - V


Dizem que minha pregação é dura demais. Sempre respondo com um questionamento: “A pregação é dura ou o povo é que está cada vez mais mole?”.
Na verdade, o problema é que a cada nova geração os cristãos estão mais frouxos – desculpem-me a franqueza, mas esta não é uma dedução à revelia. Basta ler a história da igreja, nas biografia, ou sentar com veteranos para ouvir relatos sobre aqueles que nos antecederam e que vivenciaram períodos críticos da Igreja. Por exemplo, se formos voltar nosso foco para a liderança evangélica, onde encontrar heróis da fé em nossos dias? Há uma escassez de heróis da fé! Há sim grandes construtores de templos; podem até existir produtores de grandes eventos do tipo “Marcha Para Jesus” ou ainda ícones pop do televangelismo, porém, quase nenhum deles inspira ou imita a santidade, a sabedoria, o sacrifício ou mesmo a bravura de homens como John Wesley, Willian Carey, John Knox, etc. – óbvio que no cenário da história da Igreja Evangélica Brasileira existem nomes dignos de serem citados: Manoel de Melo, Enéas Tognini, Paulo Leivas Macalão, etc.

Voltando ao que comecei escrevendo, nem os obreiros atuais escapam da minha análise de que há uma enorme frouxidão entre os cristãos modernos. A propósito, é exatamente entre eles que a situação se complica, e posso testemunhar que ao longo da minha vida e carreira cristã me deparei com inúmeros frouxos e covardes (líderes, diáconos, presbíteros e pastores) que até hoje sinto vergonha em tê-los conhecido, por suas atitudes de covardia.
Sem mais, nem menos, inúmeros obreiros todos os anos estão deixando seus postos ou funções sob as mais estúpidas alegações. Vejam algumas:

1. O ministério é incompatível com a vida familiar.
2. Tive muitas experiências frustrantes.
3. O ministério é pesado demais.
4. Não sei se é isso que quero.
5. Já dei o que tinha que dar.
6. Já sou muito velho.
7. Sou novo demais para assumir um compromisso tão grande.
8. Meu cônjuge não concorda.
9. Tem muita gente melhor que eu.
10. É muita responsabilidade para uma pessoa.
11. Uma pérola que recebi recentemente: “Sinto um peso sobre mim!”.
12. Preciso pensar no futuro dos meus filhos.
13. Não sou capaz.
14. Conheço muita gente que se deu mal.
15. Preciso de confirmação.

Não iria fazer isso, mas vou refutar a cada uma das bobagens acima de maneira um pouco descontraída:
1. Mentira! Deus ama a família e a usa para solidificar qualquer ministério.
2. E daí? Quem é sábio aprende em qualquer experiência, os tolos as usam como desculpas.
3. Claro que é, mas quem disse que carregamos sozinhos?
4. Acho que há uma confusão de verbos aí: Não é querer, é obedecer!
5. Só um defunto poderia usar esta frase, como defunto não fala...
6. Até obreiros jubilados ou aposentados podem usar seus conhecimentos e experiências para inspirar e motivar as novas gerações em classes, palestras, etc.
7. Deus usa e chama a quem quer e quando quer, o resto é especulação.
8. Lamento, mas comece com o ministério da evangelização: Ganhe seu esposo ou esposa para Jesus!
9. É claro que tem, e pior também!
10. Quem disse que a obra é só sua?
11. Há, há, há... desculpem, mas esta só rindo mesmo.
12. Ainda bem que só tenho cinco filhas!
13. Quem disse que precisa? É Ele quem capacita!
14. Se continuar pensando assim vai ser o próximo!
15. Ok! Leia mais a Bíblia. Desta vez, faça-o com um coração de servo.
- pr Aécio -

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