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domingo, 24 de junho de 2012

SOBRE A ORAÇÃO


 
Encerrei hoje um ciclo de matérias de nossa classe na EBD sobre este que é um dos assuntos mais controversos – não deveria, mais é: A Oração.

Quanto a oração, a impressão que tenho é que a grande maioria dos cristãos evangélicos demonstram atitudes repletas de distorções em relação ao assunto. Outros simplesmente o ignoram e bem poucos compreendem, amam e fazem deste um hábito de primeira necessidade, como aqueles presentes em nosso cotidiano (alimentar-se, banhar-se, etc.).

Nas distorções mais evidentes, cito aquela em que aprendemos (e ensinamos) que o ato de orar é algo estritamente litúrgico, não um desfrute da presença abençoadora do Criador, nosso bom e amoroso Deus que, como um pai, deseja estar, interagir, dialogar e sentir seus filhos queridos.

Embora o aspecto religioso ou espiritual na oração seja o mais relevante ou evidente, orar deveria ser um sentimento de nós, criaturas, querermos, desejarmos se relacionar com Ele.
Quando a gente fala “vamos orar”, por exemplo, parece que em nosso íntimo se traduz mais ou menos “vamos começar pedir gente”! E não é só isso!

Oração nem sempre é pedir! Aliás, acho que o ideal da oração seria pedir o mínimo possível para alcançar o máximo da companhia de Deus, visto que quando estamos pedindo toda a atenção se volta pra nós mesmos, não é?! Em contrapartida, quantas vezes nos retiramos a um lugar solitário para apenas sentir o tremendo amor de Deus? Quase nunca, na verdade! Estamos sempre pedindo, pedindo, pedindo... Querendo, querendo, querendo...

Sei que Deus não tem nenhum problema de ego, mas como seria interessante se nossos corações se assemelhassem aos corações dos salmistas, como aqueles da Bíblia que exaltavam os feitos, as maravilhas e a pessoa do Criado em suas canções e versos. Mas, nossos corações têm mais dos pedintes e menos dos salmistas!

Outra distorção não menos grave é aquela em que fazemos da oração uma prática de socorro imediato. Para nós, oração é como se fosse o extintor que a gente só lembra que existe quando vê o fogo no motor do carro; ou ainda como se fosse o bote salva vidas que só tem a devida atenção quando o barco está afundando.  

Na maioria das vezes é assim que tratamos a oração: Uma coisa que só serve quando nos vemos numa necessidade repentina e, tão logo tenhamos o problema resolvido, voltamos a esquecer de orar.

Talvez, a mais terrível das distorções é aquela em que nos esquecemos de que a oração aparece em toda a Bíblia como um mandamento, uma ordem. Não orar, por si só, é rebelião! Cristãos que se privam da oração, inconscientemente afrontam o Criador que deseja interagir com Seus amados.

Negar ou negligenciar a prática da oração é como se Deus quisesse dialogar, conversar, estar conosco e simplesmente o desprezarmos. É como se estivéssemos dizendo “não Deus, eu não quero e nem preciso do Senhor”.

Pense nisto!

Um abraço!

- pr Aécio -

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