Translate

terça-feira, 13 de outubro de 2009

QUEM É CHEIO DO ESPÍRITO SANTO?

A confusão sobre este assunto é generalizada. Para os pentecostais ser cheio do Espírito é falar em línguas, profetizar, pular, urrar, etc. Mas o que é realmente ser cheio do Espírito?
Convivi num ambiente em que não se consagrava ou ordenava um indivíduo ao ministério se o mesmo não falasse em línguas estranhas! Isto choca frontalmente com a verdade das Escrituras, pois não há nenhum indício de que para se tornar ministro do Evangelho precisa ser credenciado pelos dons. Nas suas epístolas Paulo descreve as características que devem compor o perfil de um obreiro, as quais são estritamente de cunho ético e moral. A coisa piora com as ondas de “unções bizarras” propaladas por pregadores que baseiam suas prédicas em experiências supostamente sobrenaturais. Penso que precisamos rever princípios bíblicos que norteiam o assunto para não continuar pagando micos. - pr Aécio
Transcrevo abaixo o trecho do livro “Plenitude e Batismo do Espírito Santo – O Mover Sobrenatural de Deus” de John Sttot (Ed. Vida Nova – 2001):

“A segunda passagem do Novo Testamento dá ênfase à evidência da plenitude o Espírito Santo, apesar de também incluir uma ordem de ser cheio, que precisamos estudar com cuidado. Quais são as características de uma pessoa cheia do Espírito de Deus hoje? Não pode haver dúvidas de que a principal evidência é moral, não miraculosa, e reside no fruto do Espírito, não nos dons do Espírito. Já tivemos a oportunidade de constatar que os coríntios, que tinham sido batizados com o Espírito e ricamente dotados dos dons do Espírito, mesmo assim provaram ser cristãos “não espirituais”, porque lhes faltava a qualidade moral do amor (I Co 3.1-4). Eles se vangloriavam de uma certa plenitude, o que fez Paulo escrever-lhes com um toque de sarcasmo: ‘Já estais fartos’ (cheios, 4.8)! Mas não era a plenitude do Espírito Santo. Se eles estivessem cheios do Espírito, obviamente teriam estado cheios de amor, o primeiro fruto do espírito. Isto não ocorre somente porque sem amor os dons são sem valor (I Co 13), mas também porque o amor requer os dons como equipamento necessário para poder servir outros.”

Nenhum comentário:

Postar um comentário