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terça-feira, 22 de maio de 2012

DIVÓRCIO: O QUE EU PENSO



Hoje bem cedinho, enquanto garimpava e lia matérias da internet sobre o assunto, me deparei com o vídeo de um renomado pastor falando sobre divórcio. No vídeo, o tal pastor usava e abusava de todo o arsenal teológico e filosófico do qual podia lançar mão.
Em meio ao seu discurso recheado de fraseados bem compostos, politicamente corretos e preocupados em agradar um público específico, ele contemporizou, contextualizou, gracejou e, para minha decepção, sacramentou o divórcio como uma possibilidade a ser considerada sem parcimônia, desde que “seja bom para ambos os lados” – em tempo: não pense que pretendo atacar ou "demonizar" divorciados aqui, porém, sacramentar, concordar com o divórcio: NUNCA!

Já faz algum tempo que tanto “renomados pastores”, como cada vez mais ministros e conselheiros cristãos baixam a guarda, afrouxando nas posições relativas a este mal terrível que, salvo raríssimas exceções, produz todos os dias milhares de pessoas amarguradas, infelizes, depressivas e complexadas.

Se prestar atenção no título da postagem, poderá deduzir que não pretendo escrever mais um comentário baseado neste ou naquele texto bíblico sobre o tema. Também não intenciono provocar nenhum embate ou guerra de ideias. Só quero expor meu pensamento, minha percepção como gente, como quem já “viu este filme” reproduzido inúmeras vezes entre casais parentes, amigos, vizinhos e irmãos na fé.

Inicialmente, penso que o divórcio não é um fato que explica por si só o rompimento de uma relação conjugal. É sim, a demonstração de que muitos casais já se "uniram" divorciados (nos sonhos, nos ideais, nos planos, nas prioridades, etc.). 
Para ficar mais claro meu pensamento aqui, creio que o divórcio não é outra coisa senão o fim desde o começo. Por isto insisto em fazer uma pergunta áurea quando jovens noivos me procuram dizendo que querem se casar: “Vocês estão dispostos a viverem juntos até a morte?” Se são sinceros ou não é um problema deles, mas a resposta a esta pergunta precisa ser a mais objetiva, sincera e apaixonante possível. Se aparecer um “se”, um “mas”, um “não sei” ou um “talvez”, digo que é mais aconselhável que nem continuem o relacionamento, para não correrem o risco de se casarem já divorciados!

O divórcio nunca foi e nunca será de todo bom para ninguém, pois só produz vítimas - até quem parece ser o "bandido" aqui é vítima de si mesmo!
Nem mesmo aquelas separações resultantes de convivências conturbadas, onde uma ou outra parte corre este ou aquele perigo, etc., são boas. Até o chamado “divórcio amigável” é uma péssima e detestável ideia independente das explicações e acordos entre as partes.
Todo divórcio impõe estigmas; mexe com as emoções; provoca sentimentos e pensamentos confusos; causa sensações de fracasso, de baixa auto estima e pode levar à depressão. Logo, o que há de bom nisto?

O caráter maléfico do divórcio nunca será menos tenebroso nem mesmo quando for a única ou última saída para se evitar tragédias passionais, por exemplo. Em última análise, no meu entendimento o divórcio nestes casos é “uma tragédia para evitar outra pior” e nada mais.

Pode ser que que você esteja pensando: “Mas, pastor, uma pessoa que vive super infeliz com outra, ou que corre risco de morte não deve se separar nunca!”. Não foi isto que quis dizer! Minha proposta não é defender, sugerir ou forçar que as pessoas sejam mantidas prisioneiras em relacionamentos conjugais falidos e perigosos. Por outro lado, não posso permitir que ninguém, sob nenhuma alegação venha tentar me convencer de que o divórcio é uma benção, porque para mim é e sempre será uma maldição!

- pr Aécio -

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