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quarta-feira, 30 de maio de 2012

QUANDO SER CRISTÃO NÃO FAZ DIFERENÇA



Há algumas semanas um jogador de futebol comemora o final da partida que conferiu ao seu time o título de campeão com uma faixa na cabeça escrita “100% Jesus”. No final da madrugada do dia seguinte, o mesmo jogador sai da festa que patrocinou com direito a open bar, “10 mulheres pra cada homem”, baixarias e tudo o mais.

Dizem por aí que o tal atleta frequenta uma igreja evangélica de vez em quando. E daí? Até o diabo apareceu de “penetra” numa reunião que Deus fez com os anjos (Jó 1.6)!

Como aquele rapaz, outros tantos – celebridades e anônimos – fazem com que o testemunho cristão seja considerado por muitos dos que estão do lado de fora algo meio “água de salsicha”!
Não, não pense que estou com a imagem de um santarrão com a Bíblia debaixo do braço, de terno e gravata e com cara de delegado. Aliás, tem muita gente que não presta usando fantasia de crente e carteirinha de membro de igrejona.

Meu desafeto é saber que há muitos entre nós que nem se incomodam com o fato de que seus testemunhos incomodam até aqueles que jamais sonharam um dia ser cristãos. Por exemplo, já citei algumas vezes aquela frase atribuída a Ghandi, que deveria ser suficiente para ao menos corar todo aquele que professa, mas não leva o Evangelho a sério: “Eu gosto de Cristo. Eu não gosto de vocês, cristãos. Vocês cristãos são tão diferentes de Cristo.”.

Ser cristão é ser como, é ser parecido com Cristo.
Quando os crentes foram chamados pela primeira vez de cristãos foi porque os de fora identificaram neles o "jeitão" daquele em quem afirmavam crer, e que diziam seguir. Ou seja, eles reproduziam em suas vidas a vida de seu Mestre (At 11.26).

Ser cristão é ser imitador de Cristo.
Paulo chamou os crentes de Corinto para serem imitadores de Cristo, assim como ele mesmo o era (I Co 11.1).

Enfim, por mais que a gente não queira lidar com esta ideia, ser cristão é no mínimo ser diferente do mentiroso; é ser diferente do “boca suja”; é ser diferente do malicioso; é ser diferente do hipócrita; é ser diferente do fofoqueiro; é ser diferente do bêbado; é ser diferente do adúltero; é ser diferente do viciado nisto ou naquilo; é ser diferente do briguento; etc.

Tudo isto não tem nada a ver com religiosidade, com fanatismo ou caretice, etc. Tem a ver com o caráter do que cremos; tem a ver com o compromisso do que pregamos e cantamos. Tem a ver com a verdade da fé que abraçamos e pronto!

- pr Aécio -

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