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quarta-feira, 14 de julho de 2010

CHAMADOS PARA O EXTRAORDINÁRIO – PARTE I


Muitos pensam nos líderes como se eles fossem seres extraordinários, mas na verdade, a única coisa de extraordinário nestes homens e mulheres é que se trata de pessoas comuns. Ou melhor, os líderes, embora comuns, são pessoas dispostas a conviver com as obrigações e cobranças típicas de qualquer ser humano e que ainda são capazes de assumir responsabilidades que vão além de suas agendas e interesses estritamente pessoais, corriqueiros. Some-se a isto, a capacidade de driblar circunstâncias adversas; superar limites; desafiar perigos e enfrentar toda e qualquer oposição e, então, o que temos são pessoas que passam a impressão de estarem fora do padrão ou do ordinário mesmo.
Numa explicação mais breve fica assim: Líderes são pessoas comuns que sentem-se à vontade fazendo coisas incomuns. Basta ler sobre aqueles que marcaram a história mundial para concordar com isto.

A Bíblia está repleta deles, os registros históricos seculares também.
Todos os homens e mulheres que foram eternizados por seus feitos, quer seja nas grandes descobertas ou conquistas de territórios, nos grandes feitos políticos, nos avanços tecnológicos ou nas descobertas científicas foram tão gente como qualquer um de nós.

Hoje conheço bem os dois lados, o de quem admirava os líderes achando que eram uma espécie de super-heróis e o de estar na pele de mais um deles, convivendo com a dura realidade de ser humano, pai e cidadão. Dividindo e concorrendo com o espaço de ser o homem-pai-cidadão, está o pastor que todos equivocadamente acham que não sente medo, dor, angústia ou qualquer outra sensação própria dos pobres mortais.
Lidar com este dualismo não é nada fácil. Aliás, cada vez mais sinto a necessidade de que as pessoas a quem pastoreio e lidero estejam cientes de minhas fraquezas e demais contradições. Quero que elas sintam minha solidão, minhas mágoas, minhas frustrações e decepções, enfim, quero que elas saibam que sou comum. Ceio que assim suas expectativas são conduzidas ao lugar certo e eu não corro o risco de ser tomado pela síndrome da infalibilidade ou pelo complexo de superpoderoso chefão – comportamentos típicos de vários líderes do passado e do presente, que muitas vezes os levaram e os levam à degeneração moral, culminando em quedas luciferianas. – pr Aécio

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