Matéria completa na Folha em 26/07/2010
Enviada ao Congresso no começo deste mês, a proposta "estabelece o direito da criança e do adolescente de serem educados e cuidados sem o uso de castigos corporais ou de tratamento cruel ou degradante".
Disseram ser contra o projeto de lei do presidente Lula 54% dos 10.905 entrevistados, enquanto 36% revelaram concordar com a mudança. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.
Segundo o levantamento, meninos costumam apanhar mais, e as mães (69%) batem mais do que os pais (44%). No total, 72% disseram ter sofrido castigo físico -- 16% afirmaram que isso acontecia sempre.
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COMENTÁRIO DO BLOG
Cá entre nós: Confundir e comparar palmadas e outras formas de correção por parte de pais e mães com violência é, no minimo, falta de bom senso. Afirmar que estas coisas ensejam uma espécie de "cultura de violência" é que é uma violência contra a inteligência - há quem nunca tenha apanhado dos pais e, no entanto, são extremamente violentos, por exemplo.
Pais e mães em sua esmagadora maioria usam do expediente das palmadas ou de outro procedimentos corretivos, quando o diálogo ou chamadas de atenção já não dão mais resultados.
Aqueles que acham ou sugerem que pais e mães que corrigem seus filhos precisam de repreensão ou orientação psicológica estão esvaziando e subestimendo seus deveres e direitos, ao passo em que "inflam" e superestimam direitos dos filhos.
Quando se trata de correção, a regra não é agressão gratuita, muito menos violência, mas a simples intenção de moralizar, impor limite e formar caráter.
Sou de uma família de oito irmãos, todos nós apanhamos sempre que se fez necessário. Pode ter havido algum exagero aqui ou ali, porém, não julgo ter sido alvo ou vítima de violência - afinal de contas não fui nenhum "anjinho" na minha infância. Todavia, sou muito grato por tudo o que minha mãe fez por mim, inclusive pelas muitas palmadas que não só ajudaram na formação do meu caráter, mas também preveniram e me livraram de cada encrenca!
Fanalmente, fico muito decepcionado e frustrado com a maneira quase ditatorial com que estas "regrinhas" com cara de protecionismo, oriundas algumas de algumas entidades surgem, se instalam e viram leis do dia pra noite. Por quê não ampliar o debate? Por quê não levar para as ruas num PLEBISCITO? Aliás, estamos tratando de nossos filhos, então, queremos e temos o direito de opinar! Vai, governo, manda paras as ruas... Deixa a gente participar! - pr Aécio
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