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quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

O ENTRA E SAI DE CRENTES DAS CONGREGAÇÕES: A DANÇA DAS CADEIRAS SOB A REGÊNCIA DOS CAPRICHOS, DA REBELDIA E DO DESPREZO À COMUNIDADE

Na chegada do fim do ano, mesmo que a gente não queira, incia-se em nossas mentes um processo involuntário de reflexão, retrospectiva e avaliação de fatos, acontecimentos e tudo o mais que fez parte de nossas experiência no período que o antecede. Dentre as coisas que tenho remoído, algo me incomoda de uma maneira especial: As atitudes nada cristãs e desumanas de várias pessoas que deixaram a congregação na qual sou ministro e, sem nenhuma razão aparente, não voltaram sequer para dizer “adeus” ou para agradecer aqueles que os apoiaram, amaram e lhes prestaram algum serviço. Amizades rompidas, ausência de respeito para com seus pastores, falta de sensibilidade ao acusar e levantar calúnias, além de outras formas contundentes abaixo do nível humano em lidar com as pessoas e suas emoções. Sempre entendi que a igreja local é um corpo vivo (como todo o Corpo de Cristo) e, por ser vivo é dinâmico, logo, é natural que haja esse movimento de pessoas chegando e outras saindo. Tenho pregado e ensinado que nenhuma pessoa é patrimônio tombado das denominações e que todos têm a livre escolha de freqüentar a igreja que melhor atender suas expectativas, e de sua família. Entretanto, a maneira como muitos entram e saem das congregações podem indicar – para nós ministros – se é parte do processo natural deste dinamismo no qual o próprio Deus está envolvido, ou se há a rebeldia humana e/ou o dedo do diabo nisso. Aproveito o ensejo para dar uma chamada de atenção nos colegas de ministério por este comportamento de receberem pessoas que chegam de outras igrejas ou denominações em suas membresias sem ao menos questionarem, ou procurarem saber os reais motivos da saída de suas antigas igrejas ou denominações – pode ser que sejam motivos justos, pode ser que não; pode ser que estejam recebendo ovelhas, pode ser que não! Ainda neste pensamento, lamento que alguns ministros de determinadas denominações querem mais é número mesmo, não importando se sua audiência compõe-se de cristãos comprometidos com os princípios éticos da Palavra ou não. Quanto a mim, ainda adoto a velha e saudável prática de receber pessoas na congregação sob meus cuidados de preferência com carta de recomendação. Caso contrário, a mesmas passarão por períodos de exame, discipulado e entrevistas até serem efetivamente aceitas na comunidade como membros em plena comunhão – se é arcaico ou não este procedimento, isto fica para a análise de cada um, mas se trás segurança para o restante do rebanho, disto não tenho dúvidas.
Para minha alegria e para confirmação de que não sou o único a pensar da maneira que penso, em relação ao que estou compartilhando com os leitores, fui presenteado pela Editora Fiel com um livro do pastor Mark Dever (“O que é uma Igreja Saudável?” – pág. 51, 52), onde são abordados estes e outros assuntos de uma maneira prática, bíblica e direta – eu recomendo.

“Breves conselhos se você está pensando em deixar sua igreja...

Antes da decisão final,
1. Ore
2. Informe seu pastor o que você está pensando, antes de mudar para outra igreja ou tomar sua decisão de mudar-se para outra cidade. Peça-lhe conselhos.
3. Analise seus motivos.Você deseja sai da igreja por causa de conflito pessoal e pecaminoso ou desapontamento? Se for por causa de razões doutrinárias, essas doutrinas são questões importantes?
4. Faça tudo que puder para restabelecer qualquer relacionamento rompido.
5. Assegure-se de levar em conta todas as ‘evidências da graça’ que você tem visto na igreja – ocasiões em que a obra de Deus é evidente. Se você não pode observar qualquer evidência da graça de Deus, talvez deva examinar outra vez seu próprio coração (Mt 7.3-5).
6. Seja humilde. Reconheça que você não dispõe de todos os fatos e avalie amavelmente as pessoas e as circunstâncias (proporcione-lhes o beneficio da dúvida).
7. Não divida o corpo.
8. Tenha muito cuidado para não mostrar descontentamento mesmo entre seus amigos mais chegados. Lembre-se: Você não quer nada que obstrua o crescimento espiritual deles na igreja. Rejeite qualquer desejo por fofoca (às vezes referida como ‘expressar seus pensamentos’ ou ‘dizer como se sente’)
9. Ore em favor e abençoe a igreja e sua liderança. Descubra maneiras de tornar isso prático.
10. Se você foi magoado, perdoe, assim como você foi perdoado.”
- pr Aécio

2 comentários:

  1. MUITO INTERESSANTE PR. AÉCIO E, INFELIZMENTE, MUITO COMUM.

    VIVEMOS NUMA ÉPOCA EM QUE É SÓ ATRAVESSAR A RUA PARA MUDAR DE IGREJA.

    ENTÃO, PRA QUE TER O TRABALHO DE CONFRONTAR, PERDOAR, REFLETIR, SUBMETER, CONFESSAR, ETC.

    É BEM MAIS FÁCIL ATRAVESSAR A RUA E NÃO OLHAR PRA TRAS.

    ABRAÇOS

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  2. Oi, Lauberti! Paz!

    Saudades de vocês!
    Bom, lembro-me de uma frase do Linus, amigo do Snoopy mais ou menos assim: "Gosto da humanidade, o que não gosto são as pessoas". Outra frase do Ghandi: "O cristianismo tem um problema: os cristãos."
    Minha frase: "Amo a Igreja, destesto os comportamentos que deturpam sua razão de ser e existir."

    A questão é que são cerca de 23 anos na igreja, 16 só no pastorado e as coisas só pioram! Então, resolvi confrontar a canalhice dos chamados "irmãos", para ver se contribuo com minha gota d'água neste incêndio de mal testemunho e vandalismo da fé.

    Um abraço!

    pr Aécio

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