O grande campo missionário desse século são as cidades. Eles necessitam cada dia de mais missionários e igrejas que estejam dispostas a gastar suas vidas em prol do resgate da cidade. O campo já está pronto para a ceifa, esperando os ceifeiros.
A igreja deve
servir a Deus na cidade com todas as suas forças e estruturas, pois só assim o Reino
divino será implantado e o Senhor será glorificado.
O que é preciso
nos dias de hoje para que a igreja realmente se envolva com a missão na cidade?
Falta, em um primeiro momento, uma real paixão por Cristo e por sua obra. Ao
mesmo tempo em que vemos um mundo carente de amor, a igreja padece na transmissão
desse, porque não tem uma experiência real e profunda com seu Noivo. O amor
pela obra parece, muitas vezes, superar o amor pelo Cristo ressurreto. Troca-se
a fonte do amor pela consequência desse.
E a paixão pela
igreja de Cristo? Paulo por muitas vezes tomou as dores de Cristo pela igreja. Essa
era uma preocupação do apóstolo resultado do grande amor por Cristo. Paulo deu
sua vida em prol da igreja porque se viu na obrigação de seguir os passos de
Jesus. Paulo era um verdadeiro interessado por tudo o que acontecia dentro da
igreja, onde quer que fosse. O que acontece
atualmente é que nos fechamos em “guetos” eclesiais, e o resto "não é da minha conta".
E o que a paixão
pela igreja de Cristo tem a ver com isso tudo? Tem tudo a ver. Quando somos verdadeiros
apaixonados pela igreja, tomamos suas dores e fazemos de tudo para tentar apresentá-la
a Cristo da melhor maneira possível. Nós nos tornamos instrumentos na mão do Mestre para
operar na igreja a plástica necessária para que ela seja sem mácula, ruga, ou coisa
semelhante.
Portanto, uma
pastoral relevante para o contexto urbano levará em conta uma vida cristã autêntica
e um testemunho poderoso em todas as esferas da cidade. Levará também em conta a
pregação das boas novas no poder do Espírito de Jesus, porque sem ele nada
podemos fazer (Jo 15.5). Em ação com o Espírito Santo, uma pastoral voltada
para as necessidades das pessoas da cidade, juntamente com princípios e métodos
de educação e instrução com objetivos bem definidos. Por fim, é necessário
realmente encarnar o ministério pastoral-eclesial na cidade. A igreja precisa
deixar de ver a cidade como antro e lugar profano, e passar a olhar com misericórdia. Na realidade
a cidade depende da igreja como agente transformador, pois ela é a resposta
de Deus para a cidade.
Por: Luis André
Bruneto Oliveira
(Extraído
do artigo “Elementos para uma missão urbana”)
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