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quinta-feira, 3 de junho de 2010

OS VAZIOS DAS IGREJAS PODEM DENUNCIAR O VAZIO NAS VIDAS DOS CRENTES



Enquanto as igrejas de mercados vivem abarrotadas de pessoas que se acotovelam em busca de suas bênçãos materialistas e milagres capitalistas, as igrejas sérias permanecem na maioria das vezes às moscas, em especial nos dias de semana. Grande parte dos cristãos evangélicos das tais igrejas se acomoda a uma prática religiosa muito conhecida de só ir à igreja (quando vão) aos domingos – são os já consagrados e conhecidos “domingueiros”.
O desinteresse pelos cultos onde a Palavra é pregada e onde não se verifica shows e falcatruas do tipo “universal” é algo que demonstra a fragilidade na práxis cristã dos crentes outrora ávidos pela presença de Deus, mas agora aprisionados nas preferências por novelas, DVDs, Internet e outras opções de lazer – não que estas coisas sejam ilícitas ou algo parecido, desde que não suprimam a outra parte.

Muitos pastores, assim como eu, precisam lidar com estes fenômenos com parcimônia e sabedoria para não pender e não cair na tentação de começar a tentar atrair as pessoas com campanhas, correntes e outras opções não menos estúpidas que acabam tornando os templos cheios sim, de gente vazia.
Os cultos mais sofridos hoje em dia são os de oração e os de ensino. Parece-me que a doença que abate a fé dos cristãos atuais (muitos em minha congregação sofrem disto) os tornam insensíveis à necessidade de orar, de buscar ao Senhor em santa devoção e contrição – aliás percebo que boa parte já nem ajoelha mais! Igualmente, percebo que muita gente que vai à igreja não tem mais paciência de ficar ouvindo um sermão de 40 minutos ou uma hora, principalmente quando estes sermões são exortativos e que chamam ao compromisso – dentre os poucos que se “aventuram”, há alguns que respondem seu interesse com roncos e expressões de impaciência!

As contradições que atestam o desinteresse dos crentes pelos cultos e demais atividades espirituais, principalmente nos dias de semana, surgem em atitudes quase imperceptíveis. Exemplo disto sãos os irmãos que alegam não poderem se deslocarem de suas casas para a igreja, ou fazerem o trajeto trabalho-igreja-casa, mas que não encontram nenhuma dificuldade em serem os primeiros a chegar e os últimos a sairem das festas ou churrascos nos mesmos dias de semana!
Igrejas vazias podem sim, dentre outras coisas, ser um sinal do vazio espiritual em que se encontram os cristãos.
Igrejas vazias podem atestar a dureza dos corações dos crentes e o apego pelas distrações e sutilezas do mundo.
Igrejas vazias podem refletir a frigidez espiritual comum aos que confessam o nome de Jesus por mera conveniência.
Igrejas vazias tornam-se vulneráveis, pois crentes mal alimentados e pouco comprometidos geram um corpo doente.
Se você é um crente e faz parte de uma igreja, não abandone sua congregação... Não a deixe vazia, não se torne vazio! - pr Aécio

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