SOBE MONTE, DESCE MONTE
Acho absurdo crentes pensarem que o fato de subirem a montes para orar de madrugada possa transformar suas orações em “super orações”. Pelo menos é neste tom que os adeptos desta prática mencionam suas idas aos “lugares altos”. Independente do lugar onde buscamos ao Senhor uma coisa só interessa: Se é em espírito e em verdade (Jo 4.24), o resto é mera especulação (e superstição?).
Em mais de duas décadas de fé jamais subi a um monte para orar ou para fazer retiro – não tenho a mínima curiosidade, nem tenho vontade pra isto. Definitivamente não acredito que orações se tornarão mais eficazes por desafiarmos a gravidade, enfrentarmos a escuridão ou se nos expusermos a alguns perigos. Na verdade, isto soa até meio ridículo, pra não dizer pagão mesmo.
Nem o alardear do poder de Deus em manifestações “sobrenaturais” do tipo “labaredas em forma de bolas de fogo”, “anjos” e outras “visões” me convencem, pois acho que Deus não é exibicionista, nem precisa de shows pirotécnicos para mostrar seu poder – aliás, muitas destas supostas visões não dizem nada com coisa nenhuma, de tão confusas que são.
Hoje em dia tenho aversão até àquelas vigílias pentecostais em que os “anjos desfilam” durante toda a madrugada, como se fossem um monte de seres ociosos, sem ter o que fazer. Não suporto aqueles “revelamentos” nos quais Deus mostra uma chave, um livro ou uma porta... Que tédio!
A bem da verdade, confesso que ainda novo convertido fui levado por veteranos a vigílias aqui e ali, onde ouvi algumas vezes que Gabriel e Miguel estavam com suas espadas desembainhadas, ou trazendo isto ou aquilo em resposta às orações e muitas outras falas desprovidas de nexo e de conhecimento bíblico – no caso de Miguel e Gabriel circulando em vigílias é um daqueles flagrantes “crimes teológicos hediondos", visto que ambos aparecem no texto sagrado desempenhando funções muito específicas relativas à Israel, logo, descarta-se a possibilidade de suas aparições em vigílias (podemos rir sem medo de quem afirmou que viu algum deles em vigílias ou montes por aí).
Mais tarde, já crescidinho fui voluntariamente a algumas igrejas que promoviam os tais movimentos, mas comecei a “sacar” os vícios praticados por pseudos profetas-reveladores e passei a evitá-los – atualmente sou extremamente seletivo e não é qualquer um que me convence a participar destas coisas.
Mais tarde, já crescidinho fui voluntariamente a algumas igrejas que promoviam os tais movimentos, mas comecei a “sacar” os vícios praticados por pseudos profetas-reveladores e passei a evitá-los – atualmente sou extremamente seletivo e não é qualquer um que me convence a participar destas coisas.
Há quem interprete certos versículos bíblicos isolados do contexto e agente cai naquela coisa terrível do “texto fora do contexto” e blá, blá, blá... Mas, se a gente for pegar a Bíblia para interpretar e inventar qualquer coisa para provar que a oração é mais ou menos forte aqui ou ali, assim ou assado, quero ver se vai aparecer alguém interessado em orar no ventre de um grande animal marinho (como Jonas) ou fazer um jejum prolongado numa jaula com leões (como Daniel)... Quem vai encarar?! – pr Aécio
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