Pode parecer uma compreensão meio melancólica, romântica e até rancorosa, mas ser pastor não é um mar de rosas. Muitos de nós convivemos (os pastores) com tristezas e decepções profundas, marcas indeléveis que carregamos com um pesado fardo. Muita gente se engana quando julga o pastor apena pelo ângulo da posição que ocupa na igreja.
Ocupar o púlpito e pregar belos sermões não são sinônimos de satisfação e felicidade. Não poucas vezes, pastores vão a tribuna com seus corações em retalhos e ali sufocam suas dores sem que ninguém perceba; aconselham pessoas carregado de dúvidas sobre si mesmo, sua família e seu futuro.
O que se vê televisão em matéria de ministério pastoral não passa de caricatura do que este ofício é realmente. Se os televangelistas parassem um pouco para pensar sobre o mal que provocam ao tentar mostrar a falsa imagem de obreiros triunfalistas e requintados, teriam vergonha de encarar seus milhares e milhares de colegas que trabalham todos os dias nas pequenas e dificultosas congregações, onde não há câmeras nem luzes... Só a ação!
Ver os pregadores da moda na telinha vociferando mensagens de triunfo e vitória financeira, diante de uma multidão de “clientes” é uma coisa, lidar com as misérias das pessoas no dia a dia é outra completamente diferente. Pregar em estádios lotados é até fácil, se comparado ao ato de ministrar para uma igrejinha de final de rua de um bairro pobre é totalmente diferente. Quem olha para o pregador de multidões pode dizer “puxa que fé”, mas cá entre nós, e por experiência própria, acho que ele não teria tanto peito, ânimo e nem paciência para encarar um minúsculo público de pessoas realmente ávidas pela Palavra de Deus. Em resumo, não gosto da maneira como os expoentes das igrejas da moda pregam, nem como se dirigem às pessoas e muito menos do estilo “celebridade” com que se apresentam – acho-os narcisistas e pervertedores das virtudes típicas do ofício pastoral em razão da arrogância, petulância e outras “ânsias” (o trocadilho foi proposital) encontradas neles.
Mas não é sobre estes “caras” (desculpem chamá-los de “caras”, mas é que eles me aborrecem!) que quero continuar falando – eles vão dar contas a Deus de suas falácias e falcatruas. Quero expor os nervos e as veias do ofício pastoral para consolar os que labutam na santa vocação; para exortar aqueles que a pervertem e para mostrar aos que estão de fora que há um lado sombrio, cinzento e nada glamoroso nos bastidores das vidas de quem foi chamado para servir como ministro do púlpito e do povo de Deus.
Na experiência do Apóstolo Paulo (apóstolo de verdade – não confundir com os “genéricos” que estão na praça) tudo o que tenho escrito tem fundamento. Ele encarnou e construiu um ministério realmente preocupado com as pessoas. Aliás, Paulo não tirou proveito das pessoas, ao contrário, fez seu ministério proveitoso para as elas; Paulo não enricou às custas das pessoas, ele as enriqueceu com sua pregação e ensino; Paulo não alcançou fama montado no infantilismo das pessoas, mas esforçou-se para que seus discípulos se tornassem maduros na fé; etc. Tudo isso ele fez com sofrimento e perseguição; com atitude de abnegação e entrega. Aliás, Paulo nos faz ver que sucesso ministerial não tem nada a ver com a venda de milhões de livros ou DVD’s, audiência e nome escrito nas fachadas das igrejas. Sucesso ministerial depende da capacidade de manter o foco nas pessoas, e de conduzi-las a uma fé segura – estas devem ser as preocupações básicas dos pastores, custe o que custar. - pr Aécio
Ocupar o púlpito e pregar belos sermões não são sinônimos de satisfação e felicidade. Não poucas vezes, pastores vão a tribuna com seus corações em retalhos e ali sufocam suas dores sem que ninguém perceba; aconselham pessoas carregado de dúvidas sobre si mesmo, sua família e seu futuro.
O que se vê televisão em matéria de ministério pastoral não passa de caricatura do que este ofício é realmente. Se os televangelistas parassem um pouco para pensar sobre o mal que provocam ao tentar mostrar a falsa imagem de obreiros triunfalistas e requintados, teriam vergonha de encarar seus milhares e milhares de colegas que trabalham todos os dias nas pequenas e dificultosas congregações, onde não há câmeras nem luzes... Só a ação!
Ver os pregadores da moda na telinha vociferando mensagens de triunfo e vitória financeira, diante de uma multidão de “clientes” é uma coisa, lidar com as misérias das pessoas no dia a dia é outra completamente diferente. Pregar em estádios lotados é até fácil, se comparado ao ato de ministrar para uma igrejinha de final de rua de um bairro pobre é totalmente diferente. Quem olha para o pregador de multidões pode dizer “puxa que fé”, mas cá entre nós, e por experiência própria, acho que ele não teria tanto peito, ânimo e nem paciência para encarar um minúsculo público de pessoas realmente ávidas pela Palavra de Deus. Em resumo, não gosto da maneira como os expoentes das igrejas da moda pregam, nem como se dirigem às pessoas e muito menos do estilo “celebridade” com que se apresentam – acho-os narcisistas e pervertedores das virtudes típicas do ofício pastoral em razão da arrogância, petulância e outras “ânsias” (o trocadilho foi proposital) encontradas neles.
Mas não é sobre estes “caras” (desculpem chamá-los de “caras”, mas é que eles me aborrecem!) que quero continuar falando – eles vão dar contas a Deus de suas falácias e falcatruas. Quero expor os nervos e as veias do ofício pastoral para consolar os que labutam na santa vocação; para exortar aqueles que a pervertem e para mostrar aos que estão de fora que há um lado sombrio, cinzento e nada glamoroso nos bastidores das vidas de quem foi chamado para servir como ministro do púlpito e do povo de Deus.
Na experiência do Apóstolo Paulo (apóstolo de verdade – não confundir com os “genéricos” que estão na praça) tudo o que tenho escrito tem fundamento. Ele encarnou e construiu um ministério realmente preocupado com as pessoas. Aliás, Paulo não tirou proveito das pessoas, ao contrário, fez seu ministério proveitoso para as elas; Paulo não enricou às custas das pessoas, ele as enriqueceu com sua pregação e ensino; Paulo não alcançou fama montado no infantilismo das pessoas, mas esforçou-se para que seus discípulos se tornassem maduros na fé; etc. Tudo isso ele fez com sofrimento e perseguição; com atitude de abnegação e entrega. Aliás, Paulo nos faz ver que sucesso ministerial não tem nada a ver com a venda de milhões de livros ou DVD’s, audiência e nome escrito nas fachadas das igrejas. Sucesso ministerial depende da capacidade de manter o foco nas pessoas, e de conduzi-las a uma fé segura – estas devem ser as preocupações básicas dos pastores, custe o que custar. - pr Aécio
Paz!
ResponderExcluirValeu pela participação Mauro.Tenho refletido muito sobre ser pastor. Acho que os anos e as experiências me mostraram que há algo muito mais valioso neste ofício do que a posição, sucesso e conquistas. Tudo isto vai passar, e só restará o que foi para a Glória d'Ele, nosso Senhor!
pr Aécio