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quarta-feira, 19 de maio de 2010

NEM SÓ DE PÃO... MAS DE CIRCO TAMBÉM

A Bíblia diz “que o homem não viverá só de pão, mas de tudo o que sai da boca do Senhor” (Dt 8.3). Jesus repetiu isso ao diabo ao ser tentado em Mateus 4.4 e, em muitas passagens, tanto no Antigo, como no Novo testamento, podemos verificar que a Palavra de Deus é suficiente para a garantia da vida vitoriosa em todos os aspectos, sem a necessidade de qualquer outro componente.
O Salmo 119, por exemplo – não por acaso o maior capítulo da Bíblia – faz uma celebração e a devida apologia no sentido de mostrar a grandeza e a suficiência da Palavra de Deus.
Reiteradas vezes Jesus publica a necessidade de crer, examinar e praticar as Escrituras.
Paulo, o apóstolo aos gentios não deixaria por menos. Em I Timóteo 3.16 ele também procura mostrar o que muitos pregadores (talvez movidos pelo diabo) tentam esconder em nossos dias: “Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça”.

Diz a história que foi no antigo Império Romano que, para driblar problemas de ordem social, o imperador mantinha as pessoas distraídas em espetáculos para depois lhes oferecer alimentos – nasce daí a famosa frase “política de pão e circo”.
Inevitavelmente tenho que comentar que muitas igrejas atuais querem viver assim, à base de “pão e circo”. Como se não bastasse esse “pão” não ser o genuíno Pão, que é a Palavra de Deus, oferecem inúmeras atrações que transformam essa geração de cristãos em pessoas ávidas por performances, espetáculos e shows que podem até transformar homens e mulheres em celebridades, mas não são suficientes para engrandecer o Reino.

Crentes e não crentes em todo o mundo estão sendo ludibriados por essa miserável estratégia de atrair multidões com pregações milimetricamente calculadas, elaboradas para persuadir multidões com técnicas de marketing, retóricas positivistas e promessas fundamentadas nas expectativas óbvias de todo ser humano de ter dinheiro, ser feliz e desfrutar de vida regalada.
Igrejas em todo mundo travestem-se de casas de espetáculos para atrair público. Grandes cultos do passado viram grandes shows para multidões, montados para exibir instrumentos e tecnologias de última geração, que deixam os antigos cabarés e casas de espetáculos no chinelo (desculpem a comparação, mas vou mantê-la). Tal fascínio me preocupa, pois milhares e milhares de pessoas que se deixam seduzir por esta onda crescente de exibicionismo e demonstração de grandeza, continuarão engodados, achando que podem alcançar o favor de Deus nos eventos e igrejas que vivem de pão e circo – o que é uma grande estupidez! - pr Aécio

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