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quinta-feira, 20 de maio de 2010

¿POR QUÉ NO TE CALLAS?

Todo mundo lembra do carão que o rei da Espanha (Juan Carlos) deu no falastrão medieval (Hugo Chávez), presidente da Venezuela. Virou piada em tempo real e vexame mundial em manchetes de jornais; engrossou a má fama do fulano bolivariano; fomentou comentários já não muito simpáticos sobre sua pessoa nas mídias e até se transformou em toque para celular – tudo isto porque aquele sujeito não conteve sua bocarra.
No livro de Provérbio, na Bíblia, encontramos uma coletânea de versículos que chamam a atenção dos linguarudos, bocudos e falastrões sem noção. Gosto destes: “O que guarda a sua boca e a sua língua guarda a sua alma das angústias” (21.23).

Em Eclesiastes 3 diz que há tempo de falar e de ficar “de bico fechado” (v. 7).
Jesus disse que seremos julgados pelas palavras frívolas, fúteis que saírem de nossas boca: “Mas eu vos digo que de toda a palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no dia do juízo.” (12.36).
Pelo código penal brasileiro aqueles que falam demais, atacando outras pessoas comprometendo sua moral ou levantando falso testemunho, cometem crimes contra a honra e correm o risco de serem levadas aos tribunais por calúnia, difamação ou injúria.
Enfim, quem fala demais tem que assumir o risco de sofrer as conseqüências, resultantes de palavras muitas vezes grosseiras, inadequadas, de duplo sentido, oportunistas ou simplesmente desnecessárias.

Nós temos o hábito de denunciar e julgar os pecados mais gritantes, escandalosos e classificá-los como horrendos, nojentos, etc. Mas, será que o fofoqueiro é menos pecador que o adúltero? O caluniador é menos culpado que o ladrão? A gula é mais pecado do que a acusação infundada?
Muita gente pode até se defender dizendo que não fuma, não bebe, não mata e não trai, mas será que estes mesmos poderiam dizer não murmuro, não blasfemo, não amaldiçôo e não falo mal de ninguém?!

Tiago diz que das nossas bocas podem proceder bênçãos e maldições (3.10), então, daqui pra frente prestemos mais atenção no que falamos. Lembremo-nos da “bronca” do rei da Espanha sempre que der aquela coceirinha na língua: ¿Por qué no te callas? - pr Aécio

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